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Analise Do Filme Uma Carta Para Deus

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Por:   •  18/10/2014  •  1.332 Palavras (6 Páginas)  •  1.658 Visualizações

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Análise do filme Carta para Deus

A palavra morte ainda é um tabu para muitas pessoas e falar ou pensar sobre ela ainda é uma forma negativa de perceber a vida, sendo a fuga o mais óbvio caminho a ser seguido. De acordo com Kluber (1969) “sobre a morte e o morrer” há muitas razões para fugir da morte e uma dessas razões é que ela é vista como triste demais e, sobretudo solitária, mecânica e desumana.

No filme carta para Deus o sentido para a morte vem de forma de esperança e coragem enfrentada por Tyler, um garoto de oito anos que encara uma batalha diária contra o câncer. Tyler é cercado por uma família que é cheia de amor o que é muito favorável o enfrentamento do adoecimento pelo o ambiente facilitador entre as figuras de apego, conforme se manifesta Bowlby em seu livro Teoria do apego.

Apesar do garoto enfrentar a doença com certo heroísmo, sua mãe não esconde a insegurança, o medo de perder o filho para a doença, vivendo de forma temerosa, conforme Bowlby (apud Worden, 1952) a formação do apego com pessoas significativas é considerada comportamento normal, não somente nas crianças mas nos adultos também e é compreensível a forte reação emocional ocasionada por ameaça ou rompimentos desses vínculos. (Bowlby, 1977). Toda doença é uma ameaça à vida e, portanto, pode aparecer como aceno à morte. (Kovács )

As orações de Tyler são feitas em forma de cartas que ele escreve e envia diariamente Para Deus, nessas cartas o garoto expõe todas as suas angustias e preocupações, para consigo mesmo, amigos e familiares. Léa Rosenberg enfatiza sobre o fator espiritual em relação às questões da dimensão humana precisam dessa dimensão espiritual para explicar para o ser humano a que ele veio fazer aqui neste universo, uma forma de se perceber pertencente a algo mais amplo e quanto mais satisfatória for a resposta que o individuo tem a essa busca espiritual, ele vai desenvolvendo, mais tranquilamente ele enfrenta a morte.

A família de Tyler se encontra em diversos momentos difíceis, principalmente o irmão adolescente que demonstra em alguns momentos irritação, stress e em outros momentos angustia, inconformismo e sentimentos ambivalentes em relação à perda do pai ainda não elaborada e a doença do irmão como: raiva, medo, frustração e sentimento de abandono . Em relação a estes sentimentos Worden (1996) diz que nem todas as pessoa vivenciam a mesma intensidade de sofrimento, nem sente a mesma forma, mas é quase impossível perder alguém, com quem se tem forte vinculo, sem sofrer em algum nível.

De acordo com Kubler (1996) naturalmente a adolescência já uma fase difícil e se a ela se acrescenta a perda de um dos pais torna-se muito para um jovem suportar.

Duas cenas do filme mostra o sofrimento e medo da perda atrelado ao sentimento de fracasso e impotência. Uma do carteiro Brady ao se angustiar com a perda judicialmente do seu filho e a outra é vivenciada pela mãe de Tyler em relatar como se sente em relação ao a doença do filho, o medo de não dar conta da situação (sentimento de desamparo) e ao mesmo tempo em que revive a perda do marido, afirmando que apesar de ter sido em situações diferentes, a morte do marido foi rápida e que teve que seguir em frente por causa dos dois filhos.

Conforme Worden (1996) O luto é um fenômeno social e a necessidade de compartilhar esse processo com outros é considerado fundamental, pois o grau de apoio emocional recebido tanto dentro quanto fora do seio familiar é significativo no processo de luto, que o que faz a mãe de Tyler ao desabafar ao amigo, sendo este mesmo suporte buscado e recebido por Brady. A mãe de Tyler neste momento se sente com uma sobrecarga que está além de suas forças. Conforme Kubler( 1996) a doença grave e a hospitalização pode causar mudanças radicais no lar as quais uma mãe é obrigada a se adaptar sem a presença do companheiro, agora falecido, podendo se sentir ameaçada pela perda de segurança, tendo que assumir sozinha funções antes desempenhada pelo o marido.

O carteiro Brady também vivencia a perda com muito sofrimento de seu filho, que após um acidente perde o direito judicialmente de vê-lo, onde se entrega ao álcool e ao desespero. Aberasty (1978 apud Kovásc 1992) denomina como micro-suicidio, pequenos atos autodestrutivos. Outra questão pertubadora de acordo com Kovásc (1992) é a perda de pessoas significativas, a separação, o abandono e o luto e podem ser sentidos como pequenas mortes, pois implicam na perda.

Tyler recebe a noticia da mãe de que precisa voltar ao hospital e fazer o tratamento e se angustia dizendo que preferia ficar em casa, este foi o único momento em que o garoto se entrega frente a sua doença. De acordo com Kovacs (1992) as crianças terminais, além do medo da morte, apresentam o medo do

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