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Analise critica do filme tempo de despertar

Por:   •  15/5/2017  •  Resenha  •  655 Palavras (3 Páginas)  •  7.689 Visualizações

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ANÁLISE CRÍTICA DO FILME:

“TEMPO DE DESPERTAR.”

O filme Tempo de Despertar, retrata fatos reais, mostrando a vida de Leonard, um garoto que sofre de uma doença desconhecida desde criança e a história do médico neurologista Sayer, contratado por um hospital psiquiátrico de Brox em 1969 para trabalhar na ala de doenças crônicas, onde os pacientes ficam “isolados”, vigiados por um sistema de registro permanente e constante, os sintomas dos internos são basicamente os mesmos, aparentemente com sintomas catatônicos. Os médicos colaboradores do hospital não acreditavam na recuperação dos pacientes, portanto não proporcionavam um tratamento adequado, realizavam apenas uma simples e rápidas visitas aos doentes crônicos, a incredibilidade dos demais médicos incomodava o Dr. Sayer, como vemos em Foucault que trabalha redimindo a loucura, rompendo a antipsiquiatria, na libertação do doente mental, possibilitando uma relação em que os outros participam em prol do indivíduo para libertação da doença mental.  

A primeira paciente foi a Lucy, que permanecia o tempo todo na cadeira de rodas, sem demonstrar nenhum movimento, D. Sayer o examina, mas quando vai prescrever seu parecer médico nota que a mulher está com a cabeça caída para frente. Relata o ocorrido aos demais médicos, mas esses dizem serem somente reflexos, o Dr. Sayer não concorda com isso e passa a acreditar que se os doentes fossem medicados corretamente iriam corresponder ao tratamento, portanto passou a se dedicar e se aprofundar sobre quais seriam os métodos de tratamentos adequados para que seus pacientes venham usufruir de uma vida em sociedade, começa a estimular os enfermos com músicas.

Nas concepções de Foucault sobre poder existe um soberano que constitui a autoridade nas instituições, por isso Dr. Sayer pede permissão para o diretor para fazer seus experimentos medicamentosos, este autoriza que apenas um dos pacientes seja submetido ao tratamento, o escolhido foi Leonard, que está aparentemente sem nenhuma reação a muito tempo, gradativamente o paciente começa a reagir bem ao tratamento, desse modo, utiliza o mesmo tratamento nos demais pacientes que também obtiveram resultados positivos ao tratamento. Ao constituírem movimentos após anos inabilitados os pacientes observam suas aparências envelhecidas e não conseguem identificar em que ano estão. Eventualmente o tratamento não foi completamente eficaz tendo que ser suspenso, por começar a apresentar vários efeitos colaterais, mas o interessante é que mesmo assim o doutor Sayer não desiste do seu trabalho e continua acreditando na recuperação dos seus pacientes e retoma o tratamento com Leonard, para que ele venha obter melhora e uma vida social, isso nos remete ao que aprendemos com Foucault, devemos ir sempre em busca do que não é visível, nessa autoconstrução humana sempre inacabada, sempre em movimento, suas concepções teóricas nos remete a ser o que não somos, constituirmos outras condições de vida.

        As situações nos manicômios são trágicas, superlotação, pessoas mal cuidadas, exalando mal cheiro, abandonadas, isoladas, a loucura foi emudecida, há que lhe dar voz, há que se libertá-la, dar-lhe cidadania, pois são vistos como algo negativo como um problema, portanto essas pessoas foram enclausuradas e excluídas da sociedade, o hospital de tratamento em regime fechado é contestado por sua ineficácia, por desumanizar a vida dos seus ocupantes, sendo essenciais reflexões sobre o paradigma da psiquiatria que não conseguem enxergar a evolução dessas pessoas, sendo também muito importante a dimensão sociocultural, para transmutar a concepção que a sociedade tem relação aos doentes mentais que são vistos como loucos, incapazes e perigosos, portanto não podem conviver socialmente. São exclusos do convívio social por ser considerados como diferentes, para separar os “estranhos’’ dos “normais”“. O doente mental precisa de atenção, de tratamento de forma ética, humanizada, a sociedade tem que aceitá-los com todo o respeito, precisamos reconhecer e respeitarmos as diferenças, pois todos nós diferentes, não somos todos iguais, mas é necessário sabermos conviver com as diferenças.

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