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Análise Do Texto - As Teorias Da Educação E O Problema Da Marginalidade Fazendo Um Paralelo Com O Filme: Pro Dia Nascer Feliz.

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Por:   •  2/3/2014  •  1.595 Palavras (7 Páginas)  •  1.420 Visualizações

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Análise do Texto - As Teorias da Educação e o Problema da Marginalidade fazendo um paralelo com o filme: Pro dia nascer Feliz.

Diante de um contexto não-crítico

Atualmente, a escola é uma das principais instituições sociais, pois tem se tornado a mediação entre o indivíduo e a sociedade. Os valores, conceitos e a aprendizagem que cada pessoa constrói e desenvolve ao longo de sua vida, se deve em grande parte ao que foi adquirido na escola.

Compreender os processos históricos das Teorias da Educação fazendo assim um paralelo com os Problemas da Marginalidade é entender de que forma os processos educacionais influenciaram os parâmetros da escola e dos alunos e realizar uma breve reflexão sobre quais influências estão presentes na nossa sociedade. Torna-se importante as concepções sobre a marginalização dos alunos, que ainda estão em um processo de discussão.

Uma das Teorias da Educação que tentaram explicar os processos da marginalidade são caracterizadas como as “teorias não-críticas”, segundo o autor são aquelas que desconhecem as determinações sociais do fenômeno educativo. Dentre elas, estão inclusas especificamente: a Pedagogia Tradicional, a Pedagogia Nova e a Pedagogia Tecnicista.

O primeiro sistema nacional de ensino foi denominado de Pedagogia Tradicional caracterizava-se principalmente por aspectos de um grupo, que no inicio do século XX estava em um processo de consolidação: a burguesia. Ela queria eliminar os ranços intelectivos do Absolutismo e da Igreja, enraizados na Idade Média, que pregavam uma outra forma de educação completamente diferente da qual se propunha. Esses sistemas pregavam um poder soberano, frente a seu povo e seus comandados.

A Pedagogia Tradicional acreditava que se poderia conseguir transformar camponeses em cidadãos, a partir do momento em que os todos os indivíduos tivessem acesso à educação, fazendo com que todos vencessem a barreira da ignorância, tornando-os esclarecidos. Nesse contexto a marginalidade é vista como a ignorância.

A figura do professor é vista como central e essencial para transmitir todos os conhecimentos para os alunos. Fazendo dos alunos, indivíduos passivos do processo, meros coadjuvantes na estrutura educacional. Mas com o passar dos anos, percebeu-se que essa equiparação não estava tendo o resultado desejado, pois nem todos os alunos tinham os mesmos níveis de aprendizagem e os que conseguiam ter um bom nível, muitas vezes não seguiam as expectativas desse sistema. Com o passar dos anos, esse sistema foi perdendo força tendo em vista todos esses problemas na sua base de construção teórica.

No filme Pro Dia Nascer Feliz ainda existe essa forma estrutural de funcionamento, com os professores sendo os provedores do conhecimento e os alunos apenas sendo os depósitos desse saber, mas existe uma maior flexibilidade no diálogo professor-aluno, é possível verificar que tanto nas escolas da periferia e das classes altas, percebe-se que os professores procuram discutir as avaliações, inferem diretamente na vida dos alunos, os estudantes têm uma certa liberdade para expor suas idéias e na medida do possível mudarem a estrutura da escola.

Com a Pedagogia Tradicional entrando em um profundo conflito teórico-prático, ocorreu o surgimento da Pedagogia Nova pregando que a marginalização do estudante não está relacionada à sua ignorância, mas pela sua rejeição. Nesse período enfatiza-se a idéia dos alunos “anormais” e “normais”, pressupondo assim as diferenças individuais.

Percebeu-se que essa maneira de pensar o processo educacional fez com que nascesse um latente preconceito entre os estudantes. Fazendo assim, uma brusca divisão social, afinal os que tinham um alto poder aquisitivo colocavam seus filhos em boas escolas. Mais uma vez essa maneira de analisar e compreender a educação apresentou ineficiente, agravando ainda mais os problemas educacionais.

O Filme Pro Dia Nascer Feliz apresentou que essa divisão por classe está solidificada. Estamos vivendo em uma verdadeira batalha educacional, pois dois mundos diferentes e paralelos estão buscando um mesmo objetivo, por caminhos totalmente contraditórios.

A escola da periferia caminha por “trilhas de pedras”, sobrevivendo com recursos medíocres, uma escola completamente precária, frente à complexidade da educação, mas que apesar de tudo mantém a idéia de instruir os alunos num caminho um pouco mais promissor.

As escolas das classes altas mantêm uma educação de excelência, com estruturas de alto nível, professores bem remunerados, com os alunos com totais possibilidades de um futuro promissor, mas com alunos completamente vazios internamente, cuja ignorância não está necessariamente no conhecimento acadêmico, mas num enraizado sistema de alienação social, sendo que muitas de suas preocupações são baseadas em objetivos egoístas e que apenas alimentam seus “ideais sem idéias nobres” e sem nenhum cunho social, alimentam com diz Caetano Veloso “seus podres poderes”.

Todos esses sistemas de ensino apresentaram-se de forma ineficaz frente aos problemas da educação. Surgindo nesse período a Pedagogia Tecnicista que se preocupava com a organização do processo, buscando planejar a educação por meio da racionalização, tendo mínimas interferências subjetivas.

Apesar de todas essas teorias não estarem no centro das discussões da educação atualmente, muitas estão enraizadas e presentes nos tempos atuais, mostrando que entender os sistemas de ensino é entender muitos problemas atuais da educação e que muitos foram criados ao longo da história e para extraí-los do nosso sistema é preciso que haja uma verdadeira revolução intelectiva da nossa forma de entender a educação.

Diante de um contexto crítico

Embora por muitos enraizadas, as teorias não-críticas adquiriram um caráter utópico diante da sensação de impotência que possuímos diante da proposição de classes que a sociedade nos impõe severamente. E chegam em pauta as teorias críticas, com um arcabouço teórico não priorizado nas relações aluno-professor-método pedagógico, mas sim nas relações de poder reforçadas fora e reproduzidas dentro de um ambiente escolar.

Seria realmente fingir

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