Aplicação da Etologia na Psicologia

Aplicação da Etologia na Psicologia

Etologia (do grego ethos, “ser” ou “personalidade”, logia, “estudo”) é a ciência que estuda o comportamento das espécies animais. Seus temas são: evolução do comportamento animal;  relacionamento entre animais de mesma espécie que vivem em grupos isolados;  comportamento dos animais diante das mudanças ocorridas na natureza;  relação entre espécies; o relacionamento do animal  com humano; entre outros..
Psicologia (do grego psico, “atividade mental”, logia “estudo”) é o estudo científico de processos mentais e comportamentais dos humanos e de suas interações com o ambiente. Tem o objetivo da compreensão de pelos princípios universais. A Etologia pode contribuir nos estudos de humanos por estudar todas as espécies animais. Sua metodologia consiste na observação e nos detalhes do desenvolvimento do comportamento. Como pode-se perceber nos seguintes exemplos:

1. Cientistas inventam músicas específicas para gatos: Sabemos que a música para o ser humano é um meio de “escape”, uma forma de relaxamento, mas não sabíamos que para gato também é assim! Cientistas da universidade de Winsconsin e Maryland estudaram as vocalizações naturais dos gatos, criando musicas na mesma faixa de frequência (uma oitava acima da voz humana). Foi utilizado 47 gatos domesticados para o estudo, sendo assim, comprovou-se que os felinos se aproximaram dos alto-falantes, esfregando suas glândulas de cheiro e ficando com o corpo relaxado.
2. Animais usam truques para apimentar o acasalamento: Sabe-se que alguns casais possuem fetiches sexuais, assim como certas espécies de animais. O cientista W. S. Bristowe analisou o comportamento de (BONDAGE: prática que consiste amarrar o parceiro) aranhas da espécie Xysticus Cristatus, o macho envolve a fêmea com sua seda (véu de noiva), após o acasalamento, a espécie do sexo feminino é deixada presa, tendo que se libertar sozinha.
3. Cães têm emoção e sentimento: Gregory Berns, professor da Universidade de Emory, estudou como funciona o cérebro dos cães. Gregory treinou sua cadela para entrar um aparelho de ressonância magnética, que escaneou o seu cérebro e registrou as reações a diferentes estímulos, depois treinou mais doze cães. A pesquisa encontrou semelhanças entre os seres humanos e os cães na estrutura e no funcionamento de uma região do cérebro: o núcleo caudado. É uma região com receptores de dopamina e, nos humanos tem função de antecipar coisas agradáveis, como comida, dinheiro, etc..
4. Homossexualidade no reino animal: A homossexualidade se tornou uma coisa natural entre os seres humanos, e entre os animais. Bruce Bagemihl, no ano de 1999, apontou comportamento sexual em 1.500 espécies de animais. A maior parte não possui “orientação sexual”. Já foi relatados casos de orientação sexual exclusiva das ovelhas domesticas, 10% dos machos só se acasalam com outros animais do mesmo gênero, assim como seres humanos, existem os bissexuais, os gays e lésbicas.
5. Animais sentem inveja: Friederike Range, da Universidade de Viena, afirma que cachorros podem farejar situações injustas e podem ter emoções similares a inveja e ciúmes, assim como os humanos. Os cães ficam zangados quando ganham um premio diferente do cão que está ao seu lado. Cães de outras raças que não foram premiados lambem a boca, bocejam, mostram sinais de estresse e param de executar a tarefa.

O tema “Etologia na Psicologia” é muito interessante pelo simples fato de estudar o ser humano em conjunto com os animais, mostrando que ambos apresentam o mesmo comportamento diante de certas situações do cotidiano. Sendo assim, esse estudo tem contribuído para a melhoria da noção do homem, abandonando o ponto de vista do homem que se apossou das ciências humanas.

Referências:

1. hypescience.com/cientistas-criam-musicas-especialmente-para-gatos
2. bbc.com/português/noticias/2015/03/150304_vert_earth_sexo_picante_animais_ml
3. hypescience.com/caes-tem-emocoes-e-sentimento
4. bbc.com/português/noticias/2015/02/150211_vert_earth_animais_homossexuais_ml
5. etologia-no-dia-a-dia.blogspot.com.br/2009/04/inveja+boa-ma-necessaria.html

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