As Bases da Avaliação Psicológica

Bases da avaliação psicológica

Avaliação psicológica é um processo, que tem por objetivo produzir hipóteses, ou diagnósticos, sobre uma pessoa ou um grupo. Essas hipóteses ou diagnósticos podem ser sobre o funcionamento intelectual, personalidade, aptidão para desempenhar uma ou um conjunto de tarefas, etc.

• Testagens em larga escala começarem a ser usadas na China, há mais de 2.000 anos, quando iniciou um sistema imperial de seleção;

• Fim do século XIX, na França, que a testagem psicológica moderna começou;

• Nas guerras mundiais, eram necessários formas rápidas e eficazes para avaliar os soldados;

• No Brasil, a história da avaliação psicológica se confunde com a própria história da psicologia. O primeiro laboratório foi fundado em 1907 e, em 1924, foi publicado o primeiro livro sobre testes psicológicos no país. Os testes psicológicos são, desde 2003, avaliados pelo Satepsi.

A expressão testagem psicológica é usada como sinônimo de avaliação psicológica (aqui é necessário cuidado), pois a testagem psicológica é parte, e nem sempre ou não necessariamente, da avaliação psicológica.

• Qual a diferença entre testagem e avaliação psicológica?

R.: A avaliação é um processo amplo que envolve a integração de informações provenientes de diversas fontes, dentre elas, testes, entrevistas, observações e análise de documentos, enquanto que na testagem pode ser considerado um processo diferente, cuja principal fonte de informação são os testes de diferentes tipos, na testagem pode ser com mais pessoas.

Teste Psicológico

É um instrumento que avalia (mede faz uma estimativa) constructos (também chamados de variáveis latentes) que não podem ser observados diretamente. Exemplos desses constructos seriam altruísmo, inteligência, extroversão, otimismo, ansiedade, entre muitos outros. Se conhecemos bem uma pessoa, ou se observamos o comportamento dela por um longo período, podemos afirmar que, na nossa opinião, ela é (ou não) ansiosa, otimista e assim por diante. O psicólogo, contudo, não tem essa informação da convivência pessoal, precisa de dados mais preciso por isso são aplicados testes.

• Procedimento sistemático para coletar amostras de comportamento relevantes para o funcionamento cognitivo, afetivo ou interpessoal e para pontuar e avaliar essas amostras de acordo com normas.

Conhecer os princípios que regem a elaboração dos testes é fundamental. É importante ressaltar que não existem instrumentos melhores ou piores – visto que todos passaram por um processo científico de elaboração – e sim instrumentos mais indicados ou menos indicados para determinada situação.

Como escolher um teste psicológico

• Que atributos ou características se quer avaliar?

• Personalidade, atenção, inteligência etc.;

• Quais as técnicas disponíveis e aprovadas? (técnicas que constam na lista do CFP como aprovadas);

• Idade, escolaridade, nível socioeconômico etc. do testando.

• Familiaridade com o instrumento (conhecimento prévio do material antes de sua aplicação);

• Qualidade do instrumento (confiabilidade do material mediante indicação ou não do CFP);

• Materiais originais.

Alguns testes que não podem ser utilizados com pessoas de baixa escolaridade, adultos, etc. e há instrumentos que exigem do profissional mais treino do que outros (Isso deve ser pensado antes da formalização e da escolha dos materiais que se pretende utilizar). Antes da Aplicação do Teste é importante que o profissional observe o avaliando nos seguintes aspectos:

• Condições físicas (medicações, estado de cansaço, problemas visuais e auditivos, alimentação etc.) e;

• Condições psicológicas (problemas situacionais, alterações comportamentais), procurando identificar possíveis situações que possam influenciar na qualidade do desempenho do sujeito.

Alguns cuidados são precisos na aplicação do Teste, estabelecer um bom rapport é imprescindível: no início da avaliação é importante salientar os objetivos da mesma, procurando esclarecer todas as dúvidas. O psicólogo na hora da execução deve: aplicar os testes de forma clara e objetiva, inspirando tranquilidade e evitando, assim, acentuar a ansiedade situacional típica da avaliação. Deve habituar-se a registrar os eventos de forma pormenorizada, ou seja, os comportamentos durante a aplicação. Isso facilitará na hora da sistematização dos dados e ajudará o profissional na conclusão de seu trabalho.

Durante a aplicação, é de responsabilidade a observação dos princípios de padronização do teste: reduções não previstas e instruções diferentes do que estabelece o manual ferem os princípios básicos de sua utilização. Deve-se seguir rigorosamente as orientações do manual sem assumir postura estereotipada e rígida.

Condições Ambientais de Aplicação

Além das recomendações relativas à aplicação do teste é imprescindível considerar a importância do ambiente quanto à sua adequação:

• Escolha dos testes

• Planejamento sério – ordem (chato, legal, chato); organização (mesa limpa, testes longe dos olhos do candidato); cronômetro (não usar na forma de constranger); explicar bem as regras.

• O ambiente físico de uma sala de aplicação deve ter, no mínimo, as dimensões de quatro metros quadrados. Uma sala de aplicação de testes coletivos deve possuir, no mínimo, dois metros quadrados por candidato. Estas medidas são necessárias para o conforto do candidato, reduzindo efeitos negativos, facilitando as tarefas de observação do aplicador.

• O ambiente deve estar bem iluminado por luz natural ou artificial fria, evitando-se sombras ou ofuscamento;

• As condições de ventilação devem se adequadas à situação de teste, considerando-se as peculiaridades regionais do país;

• Deve ser mantida uma adequada higienização do ambiente, tanto na sala de recepção como nas salas de teste, escritórios, sanitários e anexos;

• As salas de teste devem ser indevassáveis, de forma a evitar

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