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As Origens Culturais da Revolução Francesa

Por:   •  25/11/2020  •  Artigo  •  988 Palavras (4 Páginas)  •  157 Visualizações

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Origens culturais da Revolução Francesa

Uma nova política cultural.

Segundo Burke o período entre o século XVI e a Revolução Francesa, foi uma época de politização da cultura popular, dado as relações do Estado centralizado com o povo e a participação do mesmo nos assuntos do Estado.

Houve uma politização da cultura popular?

As leituras políticas eram feitas basicamente por pessoas ligadas ao poder monárquico, tinham maior interesse devido a sua ligação com o poder real, influenciar diretamente em seu status.

A partir do século XVII, já surgiam impressores que voltaram sua produção a classes mais populares, contudo seu político era limitado e pouco inspirador.

Parece ter havido mais uma separação entre pratica e motivação da cultura popular, frente a uma política de disputas dentro da corte real. Isso tornou a política como estava sendo exercida, impopular.

Das revoltas contra taxas até processos judiciais anti-senhoriais.

As revoltas contra autoridades fiscais, estava espalhada por diversas comunidades e províncias. Tiveram seu auge no fim do século XVII, com diversos distúrbios camponeses e agitações urbanas.

Com objetivo principal denunciar extorsões fiscais do Estado. A parte próxima a Paris e a própria Paris, por ter um controle maior do rei, era poupada das revoltas, mas pelo interior da nação, a exigências ficais eram vistas como agressão a tradição.

As revoltas do século XVII, tinham caráter popular devido o fato de unirem comunidades inteiras sem excluir grupos sociais. As revoltas levavam o nome do rei, e se posicionava contra os oficiais e funcionários fiscais.

Quando as revoltas anti-fiscais acabaram, os protestos rurais não acabaram, mas mudaram sua direção. No século XVIII, o poder do senhor local era o alvo das revoltas, assim como os dízimos e latifundiários. E agora a maior parte das revoltas aconteceriam na parte leste da França.

A luta camponesa era utilizada para atacar os fundamentos do poder senhorial. Assim não era mais o Estado moderno o contestado, mas sim o sistema senhorial.

Foi neste período que houve uma maior politização da aldeia, devido a nova forma de perceberem a relação com as autoridades. E a monarquia ajudou dando apoio as exigências das comunidades, criando um povo mais critico e menos sujeito a aceitação.

1614-1789: a mudança nas expectativas dos camponeses.

Comparando as reclamações nas duas ultimas assembléias gerais, 1614 e1789, é possível ver a transformação na relação do campesinato e da autoridade.

Na assembléia de 1614 as queixas eram basicamente três: protestos referentes à justiça e gabinetes públicos, reforma religiosa, e contra o fisco real. Sendo as reclamações anti-fiscais a maioria, as sobre religião cristã e sistema judiciário também tinham sua importância.

Já em 1789, mesmo as reclamações fiscais ainda sendo maioria, uma importante mudança se nota, quando observa-se que as queixas anti-senhoriais tomam uma proporção maior em relação as demais queixas. Ou seja da primeira para ultima, as queixas relacionadas a taxa e justiça se mantém no mesmo nível, já as de cunho religioso diminuem em relação a queixa senhorial.

Nos dois períodos, 1614 e 1789, a taxação real é o principal oponente, visto o grande numero de reclamações dentro  dos vários grupos.

Devido os problemas das guerras religiosas, em 1614 as comunidades rurais consideravam cruéis, as necessidades fiscais do Estado, acompanhado isso havia uma sensação de abandono moral e espiritual, o que torna possível entender o porque do senhorialismo não ser um problema dentro desta sociedade. Mas 1789 com a segurança trazida pelo Estado e pela igreja, cria espaço para contestação dos sacrifícios da comunidade rural.

Assim sendo esta politização aldeã, faz com que sua dependência antes aceita, passa a ser considerada intolerável.

Cena urbana: conflitos de trabalho e aprendizagem política.

Nas cidades médias e grandes, a politização se deu por meio das disputas entre os trabalhadores e seus patrões, seja por conflito físico ou judicial.

No século XVIII a principal forma de protesto por parte dos trabalhadores era a judicial.

A abolição das guildas gerou uma expectativa positiva nos trabalhadores, que foram frustradas quando se restabeleceram as guildas, o que gerou uma maior onda de protesto.

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