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As variáveis que a música clássica causa em nossa percepção e sensação

Por:   •  6/11/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.431 Palavras (10 Páginas)  •  136 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CAMPUS ARARAQUARA

CURSO FARMÁCIA

Juhan Augusto Scardelato RA: D7064J-4

Camila Rapatoni Martins RA: D750JA-0

Ana Paula de Souza Silva RA: D55527-8

Indian Oliveira dos Santos RA:N30037-0

Julia Martins Ferreira RA: N35795-9

As variáveis que a música clássica causa em nossa percepção e sensação

ARARAQUARA

2018

Juhan Augusto Scardelato RA: D7064J-4

Camila Rapatoni Martins RA: D750JA-0

Ana Paula de Souza Silva RA: D55527-8

Indian Oliveira dos Santos RA:N30037-0

Julia Martins Ferreira RA: N35795-9

AS VARÍAVEIS QUE A MÚSICA CLÁSSICA CAUSA EM NOSSA PERCEPÇÃO E SENSAÇÃO

                                                                 Projeto de Pesquisa apresentado a Disciplina de Processos Psicológicas Básicos do Curso de Psicologia da Universidade Paulista de Araraquara, a ser utilizado como  diretriz para a confecção do Trabalho referente a parte da nota da NP2.

Orientadora: Prof. Giseli Gouvêa Lamorea

ARARAQUARA

2018


1  INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

A psicologia da Gestalt se consolida durante o século XIX, como uma vertente filosófica, sendo uma das bases teóricas da psicologia (MUSSI, 2009). Iniciada através de estudos do desenvolvimento da psicofísica, voltados para análise das sensações de espaço-forma e tempo-forma, com Ernst Mach (1838-1919) e Christian von Ehrenfels (1859-1932). E depois estudos, ainda utilizando a psicofísica, voltados a forma e percepção, com experimentos realizados por Max Wetheimer (1880-1943), Wolfgang Kohler (1887-1967) e Kurt Koffka (BOCK et al., 1991). A Psicologia da Gestalt ou Psicologia da boa forma desenvolveu leis validas até os nossos dias, onde analisaram estudos de percepção e sensação, buscando compreender quando o estimulo é percebido pelo sujeito. Ou como descreve Bock e colaboradores (1991), a Gestalt encontra nos fenômenos da percepção, como compreender determinados comportamentos, ou seja, como percebemos um determinado estimulo.

Assim, uma vez que percebemos o mundo a nossa volta através dos órgãos sensoriais, são eles: visão, audição, tato, paladar e olfato. Eles captam as sensações do ambiente e através das terminações nervosas enviam ao cérebro, onde são interpretados gerando a percepção (RODRIGUES & FILHO, 2010).

Um mesmo estimulo pode ser interpretado de maneira totalmente diferente por cada indivíduo, já que “o rio da percepção é alimentado por sensação, cognição e emoção” (MYERS, 2015), o que demonstra que vemos as coisas não exatamente como elas são e sim através do que somos até aquele momento (GRIMBERG, 1997). A sensação e a percepção são processos interdependentes. Precisamos da percepção para dar embasamento aos sentidos, é ela que dá significado ao estímulo momentâneo, isto é, desencadeia a sensação baseada na percepção daquele momento. Ela pode mudar de acordo com nosso estado físico, emocional ou mesmo dependendo do ambiente onde o indivíduo está inserido (RAMOS & BUENO, 2012).

Levando-se em consideração tais fatores pretende-se utilizar os princípios da Gestalt, na música. Uma vez que através desta são várias as emoções que podem aflorar. Ela pode trazer lembranças boas ou ruins de um momento passado, trazer medo, angústia, assim, como respostas motoras, um sorriso, um bater de mãos em uma mesa acompanhando o ritmo musical e, até uma mudança de humor.

Visto que são vários os trabalhos disponíveis e os estudos para entender até que ponto nossas emoções podem influenciar em nossas atividades. Como é o caso, da pesquisa feita por Rodrigues & Filho (2012) que tem por objetivo verificar a influência da música na motivação para a prática da ginástica de participantes do projeto de extensão "Ginástica e equilíbrio estético". Esta pesquisa foi realizada com 14 mulheres, que praticam atividade física três vezes por semana, onde foram ministradas duas aulas com músicas e uma sem. A ideia era entender até que ponto a música influência a atividade física praticada. Os resultados obtidos indicaram que a música consegue influenciar as pessoas em sua maioria positivamente. Ela tem o poder de melhorar a concentração, dar ritmo ao exercício, principalmente músicas mais agitadas durante exercícios aeróbicos e orquestradas em exercícios de relaxamento, propiciam uma maior motivação fazendo com que o praticante basicamente esqueça as dores e fadigas durante o exercício e até esqueça seus problemas cotidianos durante o ato (RODRIGUES &FILHO, 2012).

Tendo em vista a análise e a interpretação dos dados coletados, destacam-se as seguintes conclusões: 1) a música, no contexto da prática de exercícios físicos, pode conduzir o praticante ao estado de "fluxo ou fluência", também conhecido como "flow", favorecendo certo "esquecimento do cotidiano", gerando maior envolvimento com a atividade; 2) a música pode situar a prática do exercício físico na dimensão do jogo, pois quando o indivíduo mexe com o corpo, no rumo das vibrações musicais, ele "brinca com o corpo"; 3) a utilização dos pulsos musicais durante a prática de exercícios físicos pode auxiliar na precisão e na velocidade de execução dos gestos motores, contribuindo com a motivação e com o rendimento grupal e individual; 4) no que se refere a certo estado subjetivo favorecido pela música, faz-se notar que as canções têm a capacidade de recuperar memórias, boas ou ruins, para uns e/ou para outros, e que, portanto, no interior de um grupo, esse efeito vai escapar a um possível controle objetivo; 5) o alto volume da música foi apontado como elemento desmotivador por gerar cansaço e irritabilidade. (RODRIGUES & FILHO, 2012)

Outro estudo sobre a influência da música foi realizado por Ramos & Bueno (2012), onde mediram a percepção ao se ouvir trechos de músicas eruditas. A pesquisa foi feita com 16 estudantes de música e 16 pessoas que não tinham nenhuma experiência musical. Os grupos eram divididos entre 8 homens e 8 mulheres em cada grupo respectivamente. Em uma sala silenciosa e com paredes brancas, elas ouviram 36 segundos de 30 músicas eruditas ocidentais diferentes e depois respondiam a um questionário, o qual perguntava-se, a sensação que aquele trecho de música propiciou, como tristeza, alegria, serenidade e medo/raiva. O estudo mostrou que não há uma diferença muito grande entre as associações emocionais, e que tanto músicos como não músicos tiveram respostas parecidas (RAMOS & BUENO, 2012).

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