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CIÚME PATOLÓGICO

Por:   •  28/12/2015  •  Ensaio  •  436 Palavras (2 Páginas)  •  234 Visualizações

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CIÚME PATOLÓGICO

Ninguém é propriedade de ninguém. Apesar desta frase ser uma verdade inquestionável, não são poucas as pessoas que se julgam “donas” de outras. Situação que, infelizmente, é muito comum nos relacionamento entre casais.

Não existe amor sem liberdade. Quando se inicia um relacionamento, é necessário entender que o outro tem uma história de vida pregressa que não deve ser descartada, ignorada. Seus hábitos, amizades e rotinas devem ser respeitados. Obviamente que um relacionamento a dois exige certo desprendimento e sacrifício de ambas as partes; porém quando se limita a liberdade, obrigando o outro a viver em função de si, começa a ultrapassar o limite que separa a cumplicidade da possessão, podendo assim se enveredar pelos caminhos da patologia.

Todo mundo sente ciúmes, até porque é uma forma de defesa, uma maneira de prevenir que alguém tome aquilo que é “seu”. Todavia, quando existe um desejo e controle possessivos, regulando todas as ações do outro, privando-o de sua liberdade, monitorando cada passo e ainda com preocupações excessivas sobre os relacionamentos anteriores, talvez seja o momento de buscar ajuda profissional.

Essa forma de doença pode ser reflexo de traumas enraizados que vão desde a falta de segurança às dificuldades de não saber lidar com a perda. Outros, como uma forma de defesa, acabam limitando a liberdade alheia em função de uma decepção amorosa anterior. E há, ainda, os prepotentes, machistas e moralistas que se julgam superiores apenas por causa do gênero, impedindo que as mulheres exerçam sua cidadania e o seu direito de ir e vir, garantido pela constituição.

Existem ciúmes patológicos por parte das mulheres. Porém, nesse jogo de controle, ameaças e imposições, elas são as principais vítimas. Em função da força física masculina, muitas vivem submissas e sob constantes ameaças dos seus parceiros. Não muito raro, elas são impedidas até de se dirigir a outras pessoas do sexo oposto; são proibidas de trabalhar ou manter círculos de amizades; além de serem constantemente monitoradas nas redes sociais que participam, e em casos extremos vivem em cárcere privado, sendo violentada física e psicologicamente.

Lamentavelmente, muitas pessoas confundem amor com possessão. O fato da pessoa não estar presente constantemente não significa que não ame seu par. Da mesma forma, um apego excessivo não é sinônimo de uma relação saudável. Amor exige cumplicidade, confiança e liberdade, até mesmo para ser capaz de terminar um relacionamento e não ficar com a pessoa por pena. Dessa forma, não devemos exigir que ninguém nos ame por obrigação ou imposição; e enquanto não tivermos esses valores internalizados não deveríamos iniciar nenhum relacionamento, a fim de não despejar no outro a carga de um grande problema que é nosso.

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