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Campo e função dos sentimentos da terapeuta na relação terapêutica

Por:   •  24/3/2017  •  Resenha  •  553 Palavras (3 Páginas)  •  143 Visualizações

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O artigo Campo e função dos sentimentos da terapeuta na relação terapêutica é composto por dois estudos de caso onde a autora busca compreender como seus sentimentos e percepções pessoais em relação a suas clientes afetam a relação terapêutica e, consequentemente, sua atuação profissional. Com a ajuda do segundo autor, obtida em sessões de supervisão, a autora se torna capaz de perceber como aspectos interpessoais contribuíram para formar suas opiniões a respeito das clientes e passa adotar estratégias menos preconceituosas e julgadoras.

A autora reforça que a qualidade da relação terapêutica indica o sucesso ou insucesso da terapia; assim, é necessário que o terapeuta, além de dominar seu arcabouço teórico e saber se utilizar de técnicas diversas que visem a mudança para comportamentos mais assertivos do cliente, também se mantenha atento para suas reações diante dos relatos e posturas do cliente e que saiba descrevê-las e se disponha a mudá-las se for constatado que sua subjetividade esteja influenciando a terapia de maneira negativa.

O texto explica como a relação terapêutica é compreendida dentro da análise do comportamento e em outras abordagens, as quais a chamam de contratransferência. Em ambos os casos, a autora enfatiza que a subjetividade do terapeuta é “direcionada” para o cliente, e a contratransferência ocorre quando o cliente ativa determinados esquemas mentais do terapeuta. De modo geral, a autora afirma que a relação terapeuta-cliente é de interação, único e espontâneo, e refletem mudanças que ocorrem nas vidas de ambos. A terapia permite que o terapeuta veja como o cliente se comporta em outras áreas, com outras pessoas, pois ele tende a agir no consultório da mesma maneira que age fora dele.

A autora ressalta que nem sempre os comportamentos-problema do terapeuta são de ordem ideológica (valores, morais e crenças): alguns são resultados de sua atuação, extremamente pontuais, como se prender a questões irrelevantes; entretanto, são inconscientes da mesma forma que os outros. Por outro lado, os comportamentos-alvos do terapeuta são os comportamentos que podem ter

efeito positivo sobre o processo, mas que também podem exigir a adoção de posturas diferentes – mais arriscada, de enfrentamento – das exibidas de maneira geral, pois apenas um terapeuta que capaz de discriminar seu próprio comportamento consegue perceber e intervir de maneira satisfatória no comportamento de seu cliente.

A interação com as clientes faz com a autora perceba como sua história de vida e suas contingências ambientais a fizeram interpretar, de uma forma ou de outra – mas geralmente negativa ou assistencialista – as atitudes de suas clientes. O processo de supervisão permitiu que ela pudesse discutir e analisar quais as melhores maneiras de evitar que seus sentimentos negativos influenciassem suas clientes de maneira negativa, levando-a a se abrir para escutá-las da maneira que elas fossem, sem puni-las, e a não reforçar os comportamentos de esquiva que, aos poucos, ajudaram as clientes a mudar de comportamento.

De modo geral, o texto é bastante útil para demonstrar em uma situação real onde o terapeuta, ansioso por ajudar, sofre o impacto de sua história de vida e se frustra ao dar de frente com posturas e, aparentemente, prioridades diferentes do cliente.

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