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Capacidade de Memória por Agrupamento

Por:   •  28/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.812 Palavras (12 Páginas)  •  151 Visualizações

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE PSICOLOGIA

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

Processos Psicológicos Básicos

Capacidade de Memória por Agrupamento

SÃO PAULO

2016

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        3

2 METODOLOGIA        7

2.1 Participantes        7

2.2 Material        7

2.3 Ambiente        7

2.4 Procedimento        7

3 RESULTADOS        ......9

4 DISCUSSÃO        ......12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS        ......13

ANEXOS        ......14

Anexo A – Figuras utilizadas        14

Anexo B – Ficha        16


1 INTRODUÇÃO

A memória é o processo pelo qual codificamos, armazenamos e recuperamos as informações que recebemos através de nossas experiências. De forma geral podemos dizer que ela é produto de algo que em algum momento sentimos e percebemos. Nossa vida depende de todas as coisas que lembramos como andar, pensar, amar, criar, etc. E para nos lembrarmos de qualquer um desses eventos, precisamos recorrer a esse processo constantemente, ou seja, conduzir a informação ao cérebro (codificação), reter a informação (armazenar) e quando necessário resgatá-la (recuperação) (Myers, 2015).

A memória pode ser classificada em três sistemas, sendo memória sensorial, memória de curto prazo, e a memória de longo prazo (Feldman, 2015). Assim que chega aos nossos sentidos, a informação é registrada de acordo com sua modalidade (visão, audição, olfato, tato e paladar) pela memória sensorial, esse processo dura milissegundos. Quando esses estímulos são processados, o armazém sensorial os envia para a memória de curto prazo, onde serão devidamente processadas. A memória de curto prazo, também é conhecida como memória primária, ou memória de trabalho. É nesse local que os estímulos ganham significado. Porém sua retenção ali é rápida (a maioria dos psicólogos afirmam ser de 15 a 25 segundos). A memória de trabalho possui uma capacidade limitada, lidando apenas com um determinado número de informações por vez, diferentemente da memória de longo prazo, cuja capacidade é ilimitada, e armazena as informações vividas e aprendidas permanentemente (Feldman, 2015).

Segundo Myers (2015, p.258) “o princípio básico, é que a qualquer momento, processamos de forma consciente apenas uma quantidade muito limitada de informações”.  

As informações geralmente podem ser mantidas na memória de curto prazo pelo processo de agrupamento, ou seja, pequenas porções de informações como letras, números, palavras ou imagens. Isso nos permite por exemplo guardar o número de um telefone de uma pizzaria. No entanto, normalmente após o uso da informação, ela será descartada da nossa mente, ou seja, não irá para a memória de longo prazo. A transferência do material da memória de trabalho para a de longo prazo ocorre basicamente por ensaio, ou seja, repetição da informação (Feldman, 2015).

O processo de agrupamento nos ajuda na organização da memória, que irá “estruturar” as unidades de forma a facilitar sua evocação, tornando assim grandes quantidades de informações mais gerenciáveis e significativas, mais fáceis de serem administradas pelo nosso cérebro. Segundo Myers (2015) esse processo ocorre de forma tão natural que sequer percebemos.

Evocar informações por agrupamento não é um processo automático, mas requer esforço, ou seja, atenção e uso da consciência. E sem pistas de evocação o processo fica mais difícil de ocorrer assertivamente, principalmente para os idosos. Nossa capacidade em reter itens de uma lista com uma sequência superior a 7 itens é mais limitada, perante estímulos aleatórios como letras, palavras, ou imagens os adultos comumente conseguem repetir até 7 itens de forma mais correta, e tendem a lembrar com mais facilidade do primeiro e do último item de cada grupo. (Gleitman, 2009). Em geral a memória de trabalho é razoavelmente melhor para números aleatórios do que para letras, e melhor para informações ouvidas do que para imagens (Myers, 2015).

 Em nossa pesquisa buscamos verificar as possíveis correlações entre o desempenho da memória por agrupamento em adultos jovens entre os 20 e 39 anos, e idosos a partir de 60 anos, e se nos idosos esse desempenho é afetado pela idade. Segundo Griffa (2011), o declínio da memória se inicia por volta dos 40 anos, no entanto afeta mais a memória de longo prazo, responsável pelo armazenamento permanente. Em sua obra ela afirma que o adulto jovem está em plena capacidade cognitiva e psicológica. E que o declínio cognitivo embora leve, começa a aparecer após os 40 anos e avança gradativamente ao longo da velhice.

Outros autores como Baddley (2011), confirmam essa tendência ao declínio no desempenho de atividades intelectuais devido à idade, principalmente para atividades que requerem uma concentração intensa. Idosos tem mais dificuldade de prestar atenção constante em diferentes informações simultâneas. No entanto apesar de examinar poucas informações, as examinam com mais profundidade do que os jovens.

 A memória de trabalho embora sensível aos efeitos da idade, não sofre um declínio expressivo.  Alguns estudiosos como Verhaeghen, Marcoen e Goossens após uma série de revisões chegaram à conclusão de que o efeito da idade sobre a memória de trabalho é bem pequena e que as queixas sobre a memória dos idosos se relacionam mais com a depressão do que com o desempenho efetivo da memória (Baddley, 2011). Griffa (2011), afirma que idosos tendem a enfrentar momentos de depressão devido doenças que sofrem por seu declínio físico, e perdas de familiares e amigos que os acompanharam ao longo da vida.  

Os efeitos cognitivos do envelhecimento são justificados pela redução do processamento da informação, pois conforme envelhecemos nosso cérebro perde volume (morte de neurônios), e isso afeta áreas importantes como o hipocampo e os lobos frontais, que são essenciais para memória e demais funções executivas, como a tomada de decisão e atenção. Os lobos temporal e occipital encolhem também, porém mais lentamente. O hipocampo, que é uma parte crucial da memória, perde aproximadamente 30% dos neurônios, o que corrobora a tendência ao declínio de memória ao longo da vida, que se acentua na velhice (Baddley, 2011).

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