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Conhecimento do mundo

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Por:   •  21/4/2014  •  Seminário  •  744 Palavras (3 Páginas)  •  510 Visualizações

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1.1 Conhecimento do mundo

O ser humano, valendo-se de suas capacidades, procura conhecer o mundo

que o rodeia. Ao longo dos séculos, vem desenvolvendo sistemas mais ou menos

elaborados que lhe permitem conhecer a natureza das coisas e o comportamento

das pessoas.

Pela observação o ser humano adquire grande quantidade de conhecimentos.

Valendo-se dos sentidos, recebe e interpreta as informações do mundo exterior.

Olha para o céu e vê formarem-se nuvens cinzentas. Percebe que vai chover

e procura abrigo. A observação constitui, sem dúvida, importante fonte de conhecimento.

Ao nascer, o ser humano depara-se também com um conjunto de crenças que

lhe falam acerca de Deus, de uma vida além da morte e também de seus deveres

para com Deus e o próximo. Para muitos, as crenças religiosas constituem fontes

privilegiadas de conhecimento que se sobrepõem a qualquer outra.

Romances como os de Dostoiévski e poemas como os de Fernando Pessoa

também podem proporcionar importantes informações sobre os sentimentos e as

motivações das pessoas. Embora sabendo-se que essas obras sejam de ficção, não

há como deixar de atribuir-lhes importância enquanto capazes de proporcionar

informações acerca do mundo.

Outra forma de conhecimento é derivada da autoridade. Pais e professores

descrevem o mundo para as crianças. Governantes, líderes partidários, jornalistas

e escritores definem normas e procedimentos que para eles são os mais adequados.

E à medida que segmentos da população lhes dão crédito, esses conhecimentos

são tidos como verdadeiros.

viii Métodos e Técnicas de Pesquisa Social • Gil

Também os filósofos proporcionam importantes elementos para a compreensão

do mundo. Em virtude de se fundamentarem em procedimentos racional-especulativos,

os ensinamentos dos filósofos têm sido considerados como dos mais

válidos para proporcionar o adequado conhecimento do mundo.

Essas formas de conhecimento, entretanto, não satisfazem aos espíritos mais

críticos. Alegam que a observação casual dos fatos conduz a graves equívocos,

visto serem os homens maus observadores dos fenômenos mais simples. As religiões

são as mais variadas e fornecem informações contraditórias. A poesia

é subjetiva, assim como o romance. Pais, professores e políticos também não

podem ser tidos como guias de toda confiança, posto que o argumento da autoridade

na maioria das vezes acaba por deixar transparecer sua fragilidade. O

conhecimento filosófico, a despeito de seus inegáveis méritos, não raro avança

para o terreno das explicações metafísica e absolutistas, que não possibilitam

sua adequada verificação.

A partir da necessidade de obtenção de conhecimentos mais seguros que os

fornecidos por outros meios, desenvolveu-se a ciência, que constitui um dos mais

importantes componentes intelectuais do mundo contemporâneo.

1.2 Natureza da ciência

Etimologicamente, ciência significa conhecimento. Não há dúvida, porém,

quanto à inadequação desta definição, considerando-se o atual estágio de desenvolvimento

da ciência. Há conhecimentos que não pertencem à ciência, como o

conhecimento vulgar, o religioso e, em certa acepção, o filosófico.

O fato de não se aceitar a definição etimológica não significa, porém, que seja

possível hoje definir-se de forma bastante clara o que seja ciência. Poucas coisas

em ciência são

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