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Consciência Ecológica

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Por:   •  8/10/2014  •  1.997 Palavras (8 Páginas)  •  273 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Utilizamos neste trabalho o artigo publicado pelo Prof. Gustavo F. da Costa Lima, intitulado “Consciência Ecológica: Emergência, Obstáculos e Desafios“ porque identificamos no estudo realizado, os principais fatores que determinam, no nosso entendimento, a existência ou não da consciência ecológica em nível mundial e o que é necessário ser feito para que essa consciência se transforme em ações que efetivamente irão contribuir para a preservação do meio ambiente em prol do desenvolvimento humano.

Nesse trabalho, o Prof. Gustavo através do resgate das origens históricas do desenvolvimento da consciência ecológica global, chama a atenção para uma reflexão crítica deste fenômeno e, através da análise de seus principais fatores (políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais), identifica os principais obstáculos e desafios para seu avanço.

Dessa forma, em nosso trabalho iremos analisar cada um desses principais fatores, identificando seu papel e sua importância no desenvolvimento da consciência ecológica mundial.

Partindo do pressuposto levantado pelo autor de que a humanidade em seu conjunto é responsável pelas causas, mas também pode ser a responsável pela solução dos problemas ambientais que o desenvolvimento humano causou ao nosso planeta, vamos através dos principais fatores estudados apresentar nossa visão de como efetivamente deve ser trabalhada a questão da consciência ecológica de forma a garantir que ela se transforme em ações práticas e possa ter resultados concretos na preservação do meio ambiente em esfera mundial.

Pois o desafio do autor reside exatamente nessa questão: Se conseguiremos utilizar a crise ambiental para dela extrair as oportunidades para resolução do problema da devastação ou se apenas seguiremos agravando-o.

2. O SURGIMENTO DA CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA

A preocupação da sociedade com os aspectos de destruição do meio ambiente e suas consequências para a humanidade aparece historicamente, a partir do fim da 2ª Guerra Mundial quando parcela da sociedade, principalmente dos países mais industrializados, passam a reagir aos impactos destruidores causados pelo desenvolvimento industrial, tecnológico e científico por adquirirem uma compreensão maior dos efeitos que a degradação do meio ambiente causa para a qualidade da vida e para o futuro da humanidade.

Ao identificar essa degradação com o modelo de desenvolvimento econômico e social baseado em prioridades determinadas por grupos sociais que definem o quê será produzido e como será distribuído para a sociedade sem levar em conta as necessidades e prioridades do conjunto da população, essa parcela da sociedade passa a entender que a crise ecológica mundial é consequência muito mais das decisões políticas e econômicas do que dos aspectos biológicos e técnicos.

Dessa forma compreende também que a solução para essa crise passa fundamentalmente pela alteração das relações políticas e econômicas e não através de medidas paliativas que apenas atuam sobre os efeitos do problema e não em sua causa.

3. A IMPORTÂNCIA DA CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA

Conforme falamos a consciência ecológica surgiu após a 2ª grande guerra e se desenvolveu até os dias atuais com a participação de organismos internacionais, governos, e organizações não governamentais orientadas para o bem estar social, da iniciativa privada, dos meios de comunicação de massa, de diversos movimentos sociais e religiosos.

Um marco nesse processo é a geração do “Relatório Bruntland” pela Comissão das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento publicado em 1987. Este relatório faz uma crítica à contradição proposta de desenvolvimento ilimitado, pois considera esse modelo insustentável a longo prazo uma vez que os recursos são limitados .

Por isso, surge a ideia do desenvolvimento sustentável onde as necessidades atuais de desenvolvimento não comprometem as necessidades das gerações futuras.

Assim, o pensamento e a consciência ecológica devem tratar as questões relacionadas com os problemas de desenvolvimento e os problemas do meio ambiente de forma conjunta, onde a evolução do primeiro não ocorra através do comprometimento e extinção dos recursos naturais.

A partir desse pensamento, a ideia de desenvolvimento sustentável passou a ser uma tendência mundial permeando os diversos setores da sociedade: governos passaram a criar órgãos voltados para as questões ambientais, o setor privado passou a utilizar o “apelo verde” no desenvolvimento e na comercialização de seus produtos, os meios de comunicação, científico e até as universidades passaram a incorporar em seu dia a dia esta questão.

Entretanto, o que se vê é uma banalização da questão que traz consequências negativas e positivas, para a “causa” Positiva a medida que a divulgação e discussão do tema faz com que as pessoas tomem consciência do problema, negativas porque favorece a abordagem superficial quando trata geralmente dos efeitos da devastação do meio ambiente e não das causas.

4. OS FATORES QUE IMPEDEM O DESENVOLVIEMNTO DA CONSCIENCIA ECOLÓGICA

São vários os fatores que criam obstáculos para o desenvolvimento da Consciência Ecológica em nível mundial sendo que os principais identificados pelo autor do estudo são: Os interesses políticos e econômicos dominantes, a Ética do Capitalismo Industrial, o Consumismo, o reducionismo, renda, cidadania e Educação.

Sob o ponto de vista dos interesses políticos e econômicos a busca incessante de produtividade, competitividade e lucratividade levam os setores produtivos e os governos que os representam a uma atitude predatória, individualista e imediatista que se reflete negativamente no meio ambiente.

Pela Ética do Capitalismo Industrial, o meio ambiente serve apenas como escravo de seus objetivos de lucro. Por essa forma de pensamento a natureza existe apenas para servir ao homem e por ele ser dominada e, portanto, não é necessário que se pense o modo produtivo levando em consideração os aspectos que lesam a natureza e sim nas necessidades econômicas do setor produtivo.

Por outro lado, o consumismo foi inserido na sociedade como sinônimo de bem estar e de “status” para que as pessoas consumam cada vez mais não por suas reais necessidades e sim para se manter dentro de um padrão social pré-estabelecido pelo próprio sistema capitalista.

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