Considerado um palco social onde os utilizadores

Na sua ainda curta história, as redes sociais na Internet têm vindo a assumir um papel cada vez mais relevante na vida dos jovens. Ocupam espaço da sua actividade social, Considerado um palco social onde os utilizadores estão, escutam, passa tempo, socializam e partilham informação do seu interesse. Pretendeu-se com este estudo analisar quais os fatores que influenciam os utilizadores do Facebook a aderir às páginas das marcas em Portugal. Para atingir o objetivo foi elaborado um questionário online aos utilizadores do Facebook em Portugal que permitiu identificar quais são esses fatores e como se comportam os utilizadores nesta rede social. A investigação permitiu aferir que o tempo despendido pelos utilizadores no Facebook é maioritariamente passado em atividades onde é exigida uma menor participação do utilizador, confirmando a tendência de que o utilizador prefere visualizar atualizações produzidas por outros.

No que respeita a população alvo do estudo, são todos os indivíduos residentes em Portugal que possuem conta no Facebook. O ideal para qualquer investigador seria conseguir obter amostras aleatórias, pela exigência estatística, e representativas porque assim, espelham as características mais importantes da população em estudo. A Internet, no geral, e as redes sociais, no

particular, são ferramentas de comunicação e informação essenciais para o quotidiano de muitos

indivíduos e mesmo entre os mais velhos o número de adesões têm sofrido um ligeiro aumento.

10. Aplicação e divulgação do questionário 

Para se evitar determinados custos que a aplicação de um questionário em formato papel exige, optou-se por construir e divulgar o questionário a partir de um programa informático: o Qualtrics Online Survey Software21 e disponibilizar a participação neste por via online. Depois de construído a partir do programa Qualtrics, o questionário22 foi submetido a um novo pré-teste com o intuito de testar os filtros aplicados, a obrigatoriedade de resposta de algumas variáveis, seu designo design (estilo das tabelas, opções de resposta e a letra, por exemplo) e estrutura. A 29 de Junho o questionário “Redes Sociais Online e Consumos Culturais: Facebook, um estudo de caso”, foi oficialmente lançado através de um link disponibilizado pelo programa e esteve em fase de recolha durante mês e meio. O contacto com os utilizadores do Facebook foi realizado de duas formas: através de mensagens de e-mail a contactos directos que cumpriam com os requisitos de perfil de utilizadores desejado, nomeadamente, serem utilizadores do Facebook; através da publicação do respectivo endereço de acesso ao questionário na página pessoal do Facebook com um apelo à sua divulgação e, por último, com o recurso à divulgação directa pela palavra entre os amigos dando origem a uma cadeia sucessiva de divulgação. No fundo, a método de divulgação vulgarmente conhecido “passa a palavra”. Deste modo foi possível reunir um número considerável de respondentes.

11. Análise dos resultados

Os dados recolhidos pelos questionários foram transferidos para uma base de dados com o recurso ao SPSS e destinados a uma análise estatística.

IV. ANÁLISE DOS RESULTADOS

o presente trabalho  versa sobre o tema uso da internet e das redes sociais, neste caso o facebook . O que se pretender é cruzar estes dois domínios e retirar da análise uma possível relação causal entre o Facebook, como plataforma de comunicação e informação em rede. O facto da amostra recolhida ser composta apenas por indivíduos com conta no Facebook, sugere que tenham acesso à Internet. Assim, considerou-se que faria sentido reflectir sobre alguns dados que caracterizassem, num plano macro, o uso da Internet

13. Caracterização da amostra

A amostra que serviu como base para este estudo é composta por 341 utilizadores da internet que utilizam a rede social Facebook e responderam ao questionário disponibilizado via online.

Após a aplicação do questionário foram recolhidas 150 respostas,

Do número total de utilizadores de Facebook 65,7% são do sexo feminino e os restantes 34, 3% são do sexo masculino25.

No que à idade diz respeito importa desde logo salientar a intensa juvenilidade da amostra. Com efeito, a média de idades é de 25 anos

Quanto às suas habilitações literárias, pela figura 13.2, percebemos que se concentram em três níveis de escolaridade: a licenciatura (40,3%), o secundário (31%) e, a pós-graduação/mestrado (21,8%). Ainda que seja a barra da licenciatura a que mais se destoa, mais de metade dos indivíduos (282) detém um dos três níveis de escolaridade.

Ou seja, se tivermos conta o facto de esta amostra compreender um total de 303

respostas, é possível afirmar que estamos perante uma amostra com um bom nível de escolaridade.

14. Relação com o Facebook26

Em “A Internet em Portugal – 2012”, relatório do Obercom, os dados relativos à utilização de

redes sociais revela uma percentagem esmagadora de utilizadores da rede Facebook (93,7%). Rede

social online que tem vindo a afirmar a sua posição globalmente, apostando na inovação ao nível da

estrutura e aparência que assume, bem como e essencialmente, nas aplicações que oferece

14.2. Hábitos de Utilização do Facebook

Em relação à frequência de utilização mais de metade dos inquiridos (263) revelou aceder à sua página do Facebook todos os dias, correspondendo a 77,1% da amostra composta por 341 utilizadores desta rede social. São cerca de 14% os indivíduos que acedem à sua conta 3 ou 4 vezes por semana e 4,4% os que o fazem apenas 1 ou 2 vezes por semana. As restantes categorias apresentam valores insignificantes e, na verdade, quase residuais.

Um dos objectivos deste estudo é entender de que forma o Facebook, como plataforma de

divulgação de informação e comunicação, influencia as práticas offline/outdoors dos seus utilizadores.

Por este motivo, pareceu-nos fazer todo o sentido saber o número de horas que os utilizadores passam

no manejo efectivo das aplicações disponibilizadas pela rede social, independentemente do número de

logins.

Após a análise dos resultados verificou-se que o número de horas no Facebook e o número de

utilizadores se distribuem quase inversamente. Desta forma, 47,2% dos