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Cuidados Com O Bebê E Saúde Mental

Trabalho Escolar: Cuidados Com O Bebê E Saúde Mental. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  6/6/2014  •  6.763 Palavras (28 Páginas)  •  320 Visualizações

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Introdução

Neste trabalho, iremos abordar os assuntos escritos por John Bowby, enfocando a importância da relação mãe-filho, de como os cuidados, a relação afetuosa e contínua, são vitais nos três primeiros anos de vida de uma criança, para que ela tenha uma saúde mental futura sadia.

Passando pelos efeitos da privação no desenvolvimento da personalidade da criança, estudos sobre os danos causados dessa privação, métodos para a prevenção da privação, fatores que contribuem para que algumas famílias fracassem no desenvolvimento da criança, o papel das famílias substitutas, e assistência à crianças desajustadas e doentes.

Primeira parte

Efeitos prejudiciais da privação da mãe.

Capítulo 1:

Algumas causas da doença mental

John Bowby começa em seu livro Cuidados maternos e saúde mental 1907, dizendo que a futura saúde mental de uma criança está relacionada com a qualidade dos cuidados parentais que ela recebe em seus primeiros anos de vida.

Ele acredita que para uma saúde mental saudável seja essencial que a criança pequena tenha a vivência de uma relação calorosa e continua com a mãe (ou mãe substituta permanente) termo que ele se refere a uma pessoa que desempenha o papel de mãe para a criança, e que essa relação complexa e rica nos primeiros anos de vida, enriquecida pela relação com o pai e os irmãos está na base do desenvolvimento da personalidade e saúde mental.

Bowby chama de “privação da mãe” quando uma criança não usufrui de nenhum tipo dessas relações, como por exemplo, uma criança sofre privação quando em sua casa, a mãe (ou mãe substituta) não é capaz de dar-lhe os cuidados amorosos necessários, ou se uma criança é afastada de sua mãe. Bowby diz que se a criança é afastada de sua mãe a privação será relativamente suave se a criança passar a ser cuidada por alguém em quem ela já aprendeu a confiar, que seria a privação parcial que traz consigo angústia, uma exagerada necessidade de amor, sentimentos de vingança e, em consequência culpa e depressão.

Já na “privação total” refere-se a crianças que não dispõe de uma mãe (ou mãe substituta) que cuide dela corretamente para que assim ela possa se sentir segura, assim então a privação total poderá acarretar grandes problemas sobre o desenvolvimento da personalidade e a capacidade de estabelecer relações com outras pessoas.

Bowby deixa claro que o foco principal é a relação mãe-filho, que para a criança o pai exerce um papel secundário, e que p papel do pai é de dar condições materiais para as esposas, amor e companheirismo assim então, dando o apoio emocional que a mãe precisa para desenvolver um clima de harmonia que o bebê necessita.

Capítulo 2:

Como estudar os danos produzidos pela privação

I. Observações de bebês e de crianças pequenas

Há estudos que nos dão provas de que a privação do amor materno nos primeiros anos de vida de um bebê pode acarretar em grandes problemas na saúde mental e no desenvolvimento da personalidade de um ser humano, através de três tipos principais. Estudos diretos, que é a observação direta da saúde mental e o desenvolvimento de crianças em hospitais e lares substitutos; Estudos retrospectivos, é a investigação da história pregressa de adolescentes ou adultos que desenvolveram algum problema psicológico; e Estudos de acompanhamento, é o acompanhamento de grupos de crianças que passaram pela privação na primeira infância, a fim de detectar seu estado de saúde mental.

Os estudos diretos são mais comuns deixando claro que, se o bebê for privado dos cuidados de sua mãe, certamente o seu desenvolvimento é retardado, tanto físico, intelectual e social. Já os estudos retrospectivos e de acompanhamento mostram que algumas dessas crianças que sofreram a privação infelizmente, poderão ter esses danos graves em suas vidas permanentemente.

Bowby cita alguns estudos realizados por pesquisadores renomados, dando atenção a três pontos: a idade em que a criança perde os cuidados maternos, o tempo que ela ficou privada destes cuidados, e o grau em que lhes afetaram.

Estes estudos tem foco nos efeitos da privação de cuidados maternos em bebês de instituições, com a conclusão de que o desenvolvimento de crianças que vivem em instituições está abaixo da média de crianças que vivem em lares substitutos.

Desse primeiro estudo, os sintomas observados e constatados são de que o bebê que sofre privação pode deixar de sorrir para um rosto humano ou reagir quando alguém brinca com ele, ou mesmo apesar de ter uma boa alimentação pode não engordar e dormir mal. Outro estudo realizado com o choro dos bebês que viviam em orfanatos, desde o nascimento até os seis meses de idade, vocalizam sempre menos do que os que viviam com suas famílias, sendo característico esse atraso na “fala” de crianças que vivem em instituições.

Existem demonstrações claras de que quanto mais longa é a privação mais acentuada será a queda no desenvolvimento da criança, e também, de uma criança que vive em uma instituição os efeitos causados pela privação vivida, podem ser diminuídos se tiverem os cuidados maternos por uma substituta. Assim então, felizmente, havendo provas de mudanças espetaculares no estado e desenvolvimento de uma criança que recupera sua mãe.

Por vezes, ao reencontrar sua mãe, a criança é incapaz de expressar seus sentimentos, e até mesmo incapaz de falar, só aos poucos, gradualmente esses problemas irão desaparecer, mas deixando claro que, que essas feridas psicologicamente poderão se reabrir e causar grandes problemas emocionais no futuro.

Capítulo 3:

Como estudar os danos produzidos pela privação

II. Observação de crianças mais velhas que sofreram privação quando pequenas

Neste capítulo, são relatos vários estudos realizados com crianças, todos demonstrando claramente que suas personalidades delinquentes, como roubo, mentira, violência e má conduta sexual tem profunda relação com as perturbações e privações vivenciadas nos primeiros

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