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DOENÇA DE PARKINSON: Uma revisão da literatura

Por:   •  7/6/2018  •  Artigo  •  1.933 Palavras (8 Páginas)  •  131 Visualizações

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DOENÇA DE PARKINSON: uma revisão da literatura

Introdução

A doença de Parkinson é uma enfermidade neurodegenerativa crônica e progressiva, passando por algumas fases durante seu período de evolução. Pouco se conhece ainda sobre a doença, desconhece-se sua causa, cura, e o tratamento utilizado para seus sinais e sintomas é medicamentoso (Barbosa, 2004).

Para Dias e Limongi (2003) os sintomas os mais comuns da Doença de Parkinson são os que envolvem o sistema motor, gerando tremor em repouso ou mãos, rigidez dos membros, contrações musculares rítmicas, dificuldade com movimentos corporais, dificuldade para caminhar, bradicinesia, movimentos involuntários, músculos rígidos, rigidez muscular ou andar arrastado lento, e modificação na voz.

Conforme a doença de Parkinson avança em suas fases evolutivas, o indivíduo doente passa a sofrer implicações mentais, emocionais e socioeconômicas, evidenciando sua incapacidade de maneira mais extrema (CAMARGO et al., 2004). Diante destas implicações, proporcionar qualidade de vida frente a uma realidade de convívio com doença crônica tem se tornado uma problemática para os profissionais de saúde e familiares que vivenciam a rotina dos indivíduos doentes (Silva et al., 2005).

Para Saupe e colaboradores (2005), uma abordagem interdisciplinar contempla as dificuldades do processo saúde e doença, buscando um olhar plural sobre a necessidade de ação, visando a formação de respeito mútuo entre os profissionais, proporcionando ao paciente que se torne cada vez mais independente, alcançando maior qualidade de vida.

Desenvolvimento

James Parkinson descreveu pela primeira vez a doença de Parkinson no ano de 1817, e a denominou inicialmente de Paralisia Agitante (ARAGÃO e NAVARRO, 2006). É uma doença crônica e degenerativa localizada no sistema nervoso central tendo seus sintomas e sinais relacionados a desordens motoras. A doença de Parkinson envolve os gânglios da base, tendo como origem a deficiência de dopamina – neurotransmissor, localizadas na substancia negra (STOKES, 2000).

A doença de Parkinson e surge tanto em homens como em mulheres, principalmente em indivíduos com faixa etária entre 55 a 65 anos, com maiores ocorrências em homens (LIMONGI, 2001). A doença também pode surgir caracterizado como Parkinson precoce em pessoas com idade inferior a 40 anos (BARBOSA; SALLEM, 2005).

Estima-se que a doença de Parkinson é responsável por até 2/3 da frequência de pacientes a centros de distúrbios do movimento espalhados pelo mundo, estando presente em cerca de 1% da população do mundo (MENESES; TEIVE, 1996).

Segundo Silberman et al. (2002), com a média de expectativa de vida dos brasileiros aumentando, o número de idosos com idade superior a 60 anos tende a crescer com o passar do tempo, podendo a Doença de Parkinson impactar as estruturas socioeconômicas e de saúde, exigindo maior compreensão a respeito da doença, provocando a necessidade de um melhor planejamento por parte dos órgãos de saúde pública. Neste sentido informações que diz respeito à epidemiologia da doença de Parkinson são de valor relevante. Além disso cerca de 40 milhões de indivíduos no mundo irão desenvolver desordens motoras secundarias à doença de Parkinson até 2020 (LANA et al., 2007).

O diagnóstico da doença de Parkinson deve ocorrer por processo de exclusão realizada por médico neurologista. Baseado nas informações obtidas com o paciente a respeito dos sintomas tais como bradicinesia, tremor, rigidez muscular e administração medicamentosa, o neurologista solicita a realização de exames, podendo ser: eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética e análise do líquido espinhal, descartando assim qualquer possibilidade de o paciente possuir outras enfermidades no cérebro. Havendo a presença de três sintomas ou mais da Doença de Parkinson e descartando a presença de outra doença, confirma-se a diagnostico de doença de Parkinson (REIS, 2004; BOTTINO, 2005).

Afasta-se o diagnóstico de doença de Parkinson nos casos em que o paciente tenha sofrido Acidente Vascular Encefálico (AVE), encefalites e traumatismo. É indispensável a exclusão de enfermidades que provoquem sintomas de parkinsonismo tais como Doença de Wilson, doença de Huntington, acantocitose e atrofia multissistêmica (GUIMARÃES; ALEGRIA, 2004).

Mesmo com todo avanço relacionado ao tratamento da doença de Parkinson, evitar sua progressão ainda se mostra um verdadeiro desafio (SANTOS et al., 2010), fazendo com que os tratamentos existentes tenham como norte buscar uma melhora significativa dos sintomas e desacelerar a progressão da doença (STEIDL; ZIEGLER; FERREIRA, 2007). Neste sentido torna-se necessário que o indivíduo com doença de Parkinson receba um tratamento multiprofissional planejado de acordo com o seu caso.

O tratamento da doença de Parkinson se dá de maneira individualizada levando em consideração a complexidade do caso, entendendo que cada paciente possui um conjunto particular de sintomas e sinais, resposta as medicações e uma série de necessidades sociais, ocupacionais e emocionais que devem ser levadas em conta na hora da escolha do melhor tipo de tratamento (SANCHES, 2003).

O tratamento cirúrgico é utilizado já algum tempo, antes mesmo a utilização da medicação dopaminérgica. Tais intervenções cirúrgicas são utilizadas para o tratamento de tremor, rigidez e bradicinesia, com graus variáveis de sucesso (SANFELICE 2004). O tratamento cirúrgico tem como objetivo proporcionar um novo equilíbrio funcional ao individuo (SANCHES, 2003). No entanto não se deve perder de vista que qualquer trabalho terapêutico, clinico ou cirúrgico apenas representa uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, pois a doença de Parkinson tem uma evolução progressiva (ARAÚJO; ANDRAUS, 2002).

A fisioterapia é utilizada com o objetivo proporcionar a reabilitação neurológica, procurando retardar ou impedir a perda de habilidades gerais e incapacidades funcionais. Nos casos de doença de Parkinson, o tratamento visa preservar certo nível de mobilidade, atividades físicas a fim de garantir a independência do paciente, com objetivo de gerar uma melhor qualidade de vida para os mesmos (GOULART et al., 2004).

Segundo Cram (2002), o que pode auxiliar com relação aos problemas posturais, nas deformidades e distúrbios da marcha é a implementação de um programa de fisioterapia personalizado para o paciente que deve incluir exercícios (passivos e ativos), treinamento da caminhada, desenvolvimento de atividades básicas, utilização de fontes de calor, gelo além de estimulação elétrica e hidroterapia. Busca-se através das atividades favorecer as funções do movimento, tais como, levantar, andar, sentar, as atividades motoras, bradicinesia, evitando possíveis quedas (SANTOS et al., 2010).

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