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DST/AIDS

Por:   •  10/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.825 Palavras (16 Páginas)  •  776 Visualizações

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DST/AIDS

Carine Sousa da Silva

1 INTRODUÇÃO

Esta pesquisa tem como fim elucidar de forma sucinta, alguns aspectos sobre a atual situação presenciada no que se refere a temática DST/AIDS não apenas no Brasil, mas também em outras realidades fora do pais, bem como, mostrar as diferentes vertentes deste assunto, inclusive a importância da atuação do profissional de psicologia, assim como de outros profissionais da saúde frente ao atendimento da totalidade do indivíduo portador do vírus, buscando entende-lo como um ser biopsicosocioespiritual.

No Brasil, segundo informações do governo federal, até junho de 2012 foram diagnosticados e registrados cerca de 656.701 casos de Aids, com incidência da doença prevalecente entre 25 e os 49 anos em ambos sexos (BRASIL, 2015). Recentemente, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) reconheceu o Brasil como referência mundial no controle da epidemia, destacando que o país foi o primeiro a oferecer combinação do tratamento para HIV, contudo, ainda há muito progresso a ser feito, e para tal, o Ministério da Saúde tem adotado algumas estratégias, principalmente diante o desafio da redução do número de pessoas que tem HIV sem saber, ampliando a testagem, além da prevenção conscientizando sobre o uso da camisinha e o início precoce do tratamento, em caso de soropositividade (BRASIL, 2015). Desta forma, o País tem melhorado na identificação dos casos, o que se deve à melhora na expertise da oferta de diagnóstico, com os consultórios na rua, e os Centros de Testagem e Aconselhamento, que são serviços de procura voluntária e anônima, preparados para a realização de exames e a entrega adequada de resultados de doenças sexualmente transmissíveis (como HIV, sífilis, hepatite e gonorreia) com os posteriores encaminhamentos necessários (CTA, 2014).

2 CONTEXTUALIZAÇÃO

As DST’s são doenças causadas por diferentes agentes biológicos que apresentam, com elemento comum, a relação sexual como meio de transmissão eventual ou obrigatório, ou seja, algumas doenças podem ser transmitidas pelo contato sexual (como candidíase) e outras são sempre transmitidas pelo contato sexual (como a gonorreia) (CTA, 2014). Neste contexto, as doenças de transmissão sexual costumam favorecer-se mutualmente, ou seja, a transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV) pode ser facilitada pela existência previa e uma ou mais DST’s, especialmente aquelas que provocam feridas genitais, por esta razão as DST’s devem sempre ser consideradas emergências e ter prioridade médica, para assim haver o diagnóstico e tratamento realizado com urgência, evitando portanto, o contagio de terceiros e outras tantas graves consequências (CTA, 2014).

Considerando a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), tal doença é determinada pela ação do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), que possui um período de incubação variado, com média de dois a três anos, mas também pode ser superior a nove anos (LOPES, 2002). Seu caráter de imunodeficiência se deve ao fato do vírus invadir e destruir os linfócitos T, glóbulos brancos do sangue, responsáveis pela defesa imunitária, que quando destruídos desencadeiam a falência do sistema de defesa do corpo (LOPES, 2002).

Sabe-se que o primeiro caso de AIDS conhecido no mundo ocorreu no início da década de 80, entretanto esta síndrome foi descrita em 1981, tendo como a primeira vítima da doença a médica e pesquisadora dinamarquesa Margrethe P. Rask, que esteve na África, estudando sobre o Ebola, e começou a apresentar diversos sintomas estranhos para a sua idade e faleceu em 12 de dezembro de 1977, de uma doença que a deteriorou rapidamente (BRASIL, 2003). A autopsia do seu corpo revelou que os pulmões estavam repletos de microorganismos, que ocasionaram um tipo de pneumonia e vieram a asfixiá-la, tal acontecimento gerou dúvida na época, por ser uma doença da qual ninguém morria (BRASIL, 2003).

Nos Estados Unidos da America, os cientistas buscavam investigar sintomas que nunca haviam sido observados, até então, ao mesmo tempo, em pacientes homossexuais masculinos sem histórico de outras doenças (FERREIRA, 2003), como o sarcoma de Kaposi (tumor canceroso geralmente circundado por manchas marrom-amareladas), e a infecção que muitas vezes é a responsável pela morte das pessoas doentes, a pneumonia causada pelo protozoário Pneumocystis carinii (PAULINO, 2003). O Center for Disease Control and Prevention (CDC), o órgão de vigilância epidemiológica norte-americano, passou a estudar a doença e definir o seu perfil clínico e epidemiológico, e como a incidência no início era predominantemente entre homossexuais, suspeitou-se que houvesse relação entre a doença e este estilo de vida, mas não tardaram a surgir casos entre heterossexuais e crianças recém-nascidas, e tais características definiam que a doença era infecciosa e transmitida por via sexual, parental e vertical (BRASIL, 2003). Neste contexto, foram levantadas pelos cientistas hipóteses de que a nova doença poderia ser causada pelo Citomegalovírus, o Epstein-Barr ou Hepatite B que prontamente foi descartado e percebido a força do novo vírus (FERREIRA, 2003).

No ano de 1984 o retrovírus, agente etiológico da AIDS, foi descoberto e em 1985 chegou ao mercado um teste do soro imunoenzimática, para diagnóstico da infecção pelo HIV que podia ser utilizado em triagem em bancos de sangue, que com o passar do tempo foi sendo usado em todo mundo diminui-se de maneira considerável o risco de transmissão transfusional do HIV (BRASIL, 2003). Em seguida, no ano de 1986, na segunda Conferência Internacional de AIDS, ocorrida em Paris, foi reportada experiências iniciais do uso da primeira droga antirretroviral fabricada, o AZT (BRASIL, 2003). Posteriormente, no ano de 1994 um conjunto de drogas denominadas “coquetel” levaram a diminuição da mortalidade, melhora dos indicadores da imunidade e recuperação de infecções oportunistas, tal tratamento não eliminava o vírus do organismo bem como tinha custo bastante elevado e efeitos colaterais severos aos usuários desta droga (SADOCK. J.B, e SADOCK.A.V., 2007).

3 PRINCIPAIS TEÓRICOS

Os primeiros casos de uma doença imunocontagiosa foram registrados nos EUA, Haiti e África Central ainda por volta de 1977/1978, mas apenas em 1982 pôde-se classificar a AIDS como uma síndrome.

Até hoje há certa ambiguidade quanto a real autoria da descoberta do fator etiológico do vírus,

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