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Dibs, Em Busca de Si Mesmo Resenha

Por:   •  14/10/2019  •  Resenha  •  1.329 Palavras (6 Páginas)  •  604 Visualizações

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Resenha Crítica

Livro :        Dibs, em busca de si mesmo.Virginia M. Axline

         O livro escrito por Virginia M. Axline é uma obra que descreve o uso da Ludoterapia como intervenção, e tem como base a Abordagem Centrada na Pessoa, de Carls Rogers, e visou refletir sobre a prática clínica utilizando a Ludoterapia

         Ainda no início do livro, o paciente Dibs não conversava e não esboçava nenhuma palavra, e assim permanecia, estagnado, e algumas vezes, tinha acesso momentos de raiva e atitudes violentas. Na escola ele era inconstante, as vezes realizava as atividades de forma ágil, outrora, devagar, o que fazia com que os professores não conseguissem classificá-lo. A família de Dibs acreditava que ele possuía algum problema, ou retardo mental, e nada relacionado a questões emocionais.

         O livro mostra com era a vida como era a vida afetiva de Dibs com seus progenitores, e que este era o ponto central de suas angustias, já que ele era uma criança de cinco anos que tinha a rejeição dos pais, o que veio gerar o seu silêncio e o seu fechar no seu mundo, de forma defensiva para não ser machucado por ninguém, gerando diversos rótulos vindos dos seus pais e educadores, como o de uma criança com doença mental, pois os relatos era de uma criança que não olhava diretamente nos olhos, que não respondia as pessoas, e buscava se isolar de todos.

        Em seu histórico, o garoto foi rejeitado desde que nasceu pela família, pois os pais diziam que ele não foi planejado, o que atrapalhou o sonho do casal, e que quando bebe, a sua aparência não os agradava, pois o achavam “feio”, “sem forma”. O livro relata na conversa da mãe, que seu marido queria que Dibs fosse abortado. É importante ressaltar que Dibs seu pai era cientista e sua mãe uma cirurgiã dentista. O pai que era totalmente ausente acreditava que o filho atrapalhou sua carreira.

        Percebe-se então, que Dibs não teve um relacionamento afetivo com os pais, e isso o atrapalhou seu desenvolvimento afetivo e suas relações interpessoais, pois de acordo com a visão de Rogers, o como os relacionamentos são desenvolvidos, é o que determinará sobre a personalidade do indivíduo.

        Dibs saia do “padrão” das crianças de sua idade, porem, mesmo diante das queixas apesentadas sobre ele, a psicóloga percebe que possui qualidades e que eram rejeitadas pelos que conviviam com ele, e que com as sessões de ludoterapia que Dibs começava a participar, foi se criando um ambiente seguro para que ele pudesse colocar pra fora seus sentimentos sem ter medo de ser original.

        E é neste ambiente que o menino começa então a se sentir verdadeiramente acolhido, e ter um encontro consigo mesmo, para encontrar neste colhimento, um amadurecimento para poder crescer. Porém, é preciso que o terapeuta conduza, planeje, e não realize qualquer atividade, para que através do processo o paciente possa compreender seus sentimentos no seu tempo, e compreender as possibilidades que poderão aparecer.

        A família é peça primordial no processo, principalmente quando é refente a criança, pois é através ela que possível compreender os mecanismos dos quais a criança esta envolvida e quais processos ela pertence. Percebemos no livro, que a entrevista com a mãe foi uma ferramenta base para dar um norte a terapeuta de como conduzir as sessões, pois diante do que ela trouxa, notou-se que a problemática de Dibs estava relacionada a afetividade, visto que a existência do menino nunca foi aceita pelos pais. A terapeuta relata no livro a liberdade em relação ao depoimento da mãe, em não querer arrombar “suas portas”, mas confiar no mundo que ela traz.          
        O olhar incondicional ensinado por Rogers, é aplicado pela terapeuta em relação a mãe, visando aceitar o outro de forma positiva, sem julgar aquilo que ela traz, e que este olhar incondicional foi um um ponto importante no processo, pois fez com que a mãe confiasse na terapeuta, o que auxiliou a mãe até mudar sua conduta em relação ao filho.

        O trabalho terapêutico e da profissional auxiliou de forma determinante no crescimento e amadurecimento de Dibs, pois mesmo que tenha sido um difícil trabalho, houve o respeito pelo que o outro trouxe, muito mais ainda por se tratar de uma criança, enfatizando a autonomia dele no processo, criando este espaço favorável para uma relação sadia entre terapeuta e cliente para que Dibs pudesse desenvolver e superar o que ele trazia.

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