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Dissonância Cognitiva

Por:   •  20/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.056 Palavras (5 Páginas)  •  494 Visualizações

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UNIRB

Aila Meireles de Jesus Bispo

Alinalda Santana Silva

Ana Cristina Alves

Fernando Alves de Andrade

Laércio Ferreira da Silva

Letícia da Costa Freitas Cruz

Luciene Conceição de Oliveira

Maria de Fátima Barreto de Matos

Wendell Honorato

Orientadora: Regina Alonso

Dissonância Cognitiva

Salvador

2017

Dissonância Cognitiva

A teoria da Dissonância cognitiva foi inicialmente desenvolvida por Leon Festinger, para explicar que existe uma necessidade nos indivíduos de procurar uma coerência entre suas cognições (conhecimento, opiniões ou crenças). De acordo com essa teoria um indivíduo passa por um conflito no seu processo de tomada de decisão e dissonância depois quando pelo menos dois elementos cognitivos não são coerentes.

Leon Festinger, foi um Psicólogo norte-americano, nascido em 1919 e falecido em 1987, desenvolveu a sua atividade nas áreas da psicologia da criança, psicologia experimental e psicofisiologia. Contudo, é o seu trabalho ao nível da psicologia social que o torna mais conhecido, sendo considerado um continuador da obra de Kurt Lewin. Desenvolveu estudos sobre a comunicação social informal e sobre a dissonância cognitiva, que é o assunto que estamos abordando.

Herbert Kelman (1961) desenvolveu a teoria da influência social na interação em grupo, identificando 3 processos que influenciam a atuação do indivíduo: complacência, identificação e internalização.

A Complacência é um processo onde a pessoa adota uma atitude ou uma opinião que é de acordo com outra pessoa ou grupo, sendo que não acredita ou concorda com essa opinião. O objetivo do indivíduo, no processo da Complacência, é conseguir uma reação positiva em seu benefício ou vantagem, ou que o julguem favorável a receber uma recompensa. Um exemplo seria um subordinado que expressa concordar com seu supervisor para capturar suas boas graças, embora intimamente discorde dele. As consequências da complacência podem ser o indivíduo mudar de opinião ou mantê-la, de acordo com as pessoas que estiverem ligadas ao que ele está dizendo, ou à medida que as situações mudam, ele vai mudar também de opinião, para ter uma reação favorável. Outro fator, que pode também influenciá-lo em sua opinião, é a mudança da percepção das pessoas que poderão recompensá-lo, levando-o a concordar com a nova percepção.

O conceito de Identificação seria o processo de influência pelo qual o indivíduo toma para si a opinião de outra pessoa ou grupo por se identificar com ela ou com o grupo, adotando o comportamento como seu e incorporando-o. Um exemplo seria a influência que em algumas famílias o irmão mais velho tem sobre o irmão mais novo; este procura ser como o irmão, porque isto é auto satisfatório. Um outro exemplo seria a influência que um líder político exerce sobre seus seguidores, quando estes se transformam em discípulos ou seguidores. Como resultado desse tipo de influência é que o indivíduo tem grande probabilidade de continuar mantendo as atitudes e as opiniões que adquiriu de alguém, enquanto este alguém representar para ele uma relação importante, proporcionando-lhe uma sensação de identidade e autossatisfação.

A Internalização acontece quando uma pessoa tem uma atitude como sendo sua por acreditar com sua perspectiva, porque lhe resolveu um problema. Neste caso, o indivíduo defronta-se com um problema ou sensação de incerteza ou ambiguidade relativamente a algo por que tem interesse. Na internalização, segundo SHETHARD se entende o fato de uma pessoa adotar uma atitude como sendo sua, por está em conformidade com aquilo que ele deseja, mesmo que esta decisão lhe traga conflitos de pensamentos posteriormente, como foi dado o exemplo no artigo a respeito da compra de um carro, que mesmo sendo atendido o anseio de obter um veiculo, depois percebeu que esse veiculo poderia lhe trazer uma serie de transtornos. Esses três processos tem influenciado a atuação do individuo em grupo, seja família, escola, igreja (religião) e em toda sociedade.

Quando ocorre uma dissonância o indivíduo entra em um conflito íntimo e esforça-se para estabelecer um estado de consonância ou consistência consigo e o ambiente em que está inserido. Para tentar diminuir ou eliminar a dissonância existem três formas:

  • Relação Dissonante: O indivíduo tem uma opinião sobre algo e age de outra forma. Tenta substituir uma ou mais crenças, opiniões ou comportamentos que estejam envolvidos na dissonância. Exemplo: A pessoa sabe que beber e dirigir são atos perigosos, no entanto mantém essa atitude, mesmo conhecendo os riscos.

  • Relação Consonante: 
    Usando o exemplo anterior: o indivíduo sabe que beber e dirigir são comportamentos perigosos e então os abandona. O indivíduo tenta adquirir novas informações ou crenças que irão aumentar a consonância.

  • Relação irrelevante: 
    Quando os elementos da relação não possuem ligação: o indivíduo dirige e joga futebol. O indivíduo tenta esquecer ou reduzir a importância daquelas cognições que mantêm a situação de dissonância.

Quando ocorre uma dissonância o indivíduo entra em um conflito íntimo e procura adotar algumas formas para sair deste desconforto:

  • Mudança do Comportamento: tenta reduzir as dissonâncias, mudando suas opiniões pessoais para adequá-las à situação externa conflitante.
  • Mudança do Ambiente: tenta mudar o ambiente e ajustá-lo às suas convicções.
  • Conflito permanente: Caso o indivíduo não consiga mudar as suas convicções e/ou ambiente externo, passa então a conviver com o conflito íntimo da relação dissonante. 

teoria da dissonância cognitiva afirma que cognições contraditórias entre si servem como estímulos para que a mente obtenha ou produza novos pensamentos ou crenças, ou modifique crenças pré-existentes, de forma a reduzir a quantidade de dissonância (conflito) entre as cognições. A partir dessa teoria podemos entender que o indivíduo se comporta de acordo com suas percepções e não de acordo com a realidade, ou seja, reage conforme àquilo que é confortável ou não com suas cognições.

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