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Enfermaria n° 6

Por:   •  30/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.298 Palavras (6 Páginas)  •  553 Visualizações

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TCHEKHOV, Anton Pavlovitch,Enfermaria n°6, Tradução:Aurora Fornoni Bernardini, São Paulo – SP, editora Veredas, 2005.

  • RESUMO

Foi feito em 1892 pelo escritor e medico “Anton Tchekhov”, “Enfermaria n° 6” é um conto que decorre de maneira sublime sobre a concepção filosófica da saúde mental, através de um passeio por um hospital psiquiátrico.A trama principal transita em torno de quatro personagens portadores de transtornos mentais.O autor busca extrair, da loucura a riqueza emocional de cada ser humano, mostrando a idéia de que a enfermidade psíquica provem de um estado de hipersensibilidade aos que estamos suscetíveis.

  • BLOCO I

 “Sempre de cachimbo na boca, o guarda Nikita, um velho soldado de cachimbo na boca, de uniforme surrado e com as divisas rubras, fica deitado sobre essa tralha.”(p.7)

“falava sempre com desprezo da gente das cidades, dizendo que a sua torpe ignorância e a vida sedentária que levavam eram qualquer coisa de degradante e repulsivo.”(p.11)

“Chegava sistematicamente a uma conclusão, fosse qual fosse o tema: a vida na cidade era desgastante e aborrecida; a sociedade carecia de nível.”(p.11)

“Era uma vida absurda e obscura e os únicos elementos que contribuíam para lhe dar algum imprevisto eram a violência, a grosseira corrupção e a hipocrisia.”(p.11)

  • PARECER BLOCO I

A enfermaria tem um estado de conservação deplorável, está caindo aos pedaços e contem apenas alguns pacientes. O guarda, Nikita, é um ser que bate nos internados e obedece incondicionalmente seus superiores; qualquer desvio da lei, para ele, é um pecado. O paciente mais importante e com maior destaque é um homem da pequena nobreza, Ivan Dmítritch Gromov, que enlouqueceu de repente, porque um dia viu dois presos serem levados por quatro guardas. Desse dia em diante, Ivan Dmítritch ficou com mania de perseguição, achando que poderia ser preso a qualquer momento, por ter cometido algum crime, mesmo sem querer.

  • BLOCO II

 “Certa manha de outono,Ivan Dimitre, com a gola de seu sobretudo levantada,chapinhado na lama por becos e vielas,dirigia se a casa de um cidadão para entre-garlhe uma intimação.(p.14)

“A tardinha não acendeu a luz e á noite não conseguiu dormir,não para de pensar que o podiam prendê-lo,agrilhoá-lo e metê-lo na prisão.(p.14)

“Apenas o tempo pra cumprir certas formalidades pelas quais os juises recebem os seus honorários.”(p.15)

“O vizinho da esquerda de Ivan Dmítritch, conforme já disse, é o judeu Moissiéka, e o da direita um mujique nadando em banha, quase redondo, com o rosto abolhando, completamente inexpressivo.(p.19)

  • PARECER BLOCO II

Mostra também o Ivan Dmitri Gromov, demente, chega a ser posto a ferros, como ocorria com os degredados. Sofria de mania de perseguição,examinado pelo Dr. Ranguin, este o encaminha para a Enfermaria nº 6. O quinto paciente a ser internado foi ex-funcionário dos correios, que costumava a falar com Gromov das condecorações que dizia ter recebido.O Dr. Ranguim não se vestia como médico, e demonstrava indiferença no que dizia respeito à sua aparência. Também achava que o hospital era uma instituição imoral, que em nada contribuía para a saúde dos pacientes.

  • BLOCO III

“Quando um homem pensante atinge a idade adulta e chega á consciência lúcida,ele se sente involuntariamente como que nunca ratoeira da qual não pode escapar.”(p.35)

“O homem foi chamado para a vida do nada,contra a sua vontade, devido a certos acasos e contingências”(p.35)

“A sua fala é desordenada, febril, como que num delírio, por arrancos e nem sempre compreensível, mas, em compensação, percebe-se nela, tanto na voz como nas palavras, algo extraordinariamente bom. Quando fala, você reconhece nele o louco e, ao mesmo tempo, a pessoa humana” (p.87).

“A loucura e a sanidade estão misturadas nessa pessoa, ele não é totalmente louco, mas também não é totalmente são.” (p.90).

  • PARECER BLOCO III

Magnífico esse bloco,mostra quando um homem pensante chega à maturidade e atinge a consciência adulta, ele se sente apanhado, numa armadilha de que não pode se livrar. Na verdade, o homem foi trazido da inexistência para a vida contra sua vontade, por mera casualidade.E para quê? Se ele quer saber o sentido e o objetivo da sua existência, não lhos dizem, ou dizem-lhe coisas absurdas; se bate à porta, não lha abrem; quando chega a hora da morte é também contra sua vontade. Então, como se estivéssemos numa prisão, lugar em que as pessoas ligadas pela desgraça comum se sentem melhor quando estão juntas, também na vida não sentimos a armadilha se tivermos inclinação para a análise e a reflexão e nos juntarmos e passarmos o tempo compartilhando idéias ousadas e livres.É possível perceber uma crítica à burocracia e ao Estado moderno, despersonalizado e que enxerga tudo e todos como números, como apenas mais um, como massa.É uma modernização do Estado, é a entrada de valores ocidentais e industriais numa sociedade agrária, extremamente camponesa em que somente algumas poucas pessoas conseguem viver com dignidade. Então, o que Ivan Dmítritch sente vem da modernidade, é fruto dela, fruto da sociedade moderna.

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