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Entrevista

Por:   •  7/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.300 Palavras (14 Páginas)  •  260 Visualizações

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ENTREVISTA COM A PROFISSIONAL DE PSICOLOGIA

EQUIPE:

ANDRÉ MATOS CAMELO

ÁLIDA GREICE MORAIS ALBUQUERQUE

BRENDA SHELIDA FERREIRA QUEIROZ

FRANCISCO ÁVILO

FRANCISCO JANILSON MOURAS DOS SANTOS

MARCELO FELÍCIO DA SILVA


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO          3

2. LOCAL DE TRABALHO          3

3. ÁREA EM QUE A PRÓFISSIONAL ATUA          5

3.1 O QUE É E DE QUE FORMA A PSICOLOGIA CLÍNICA SE DESENVOLVE          5

3.2 TEORIAS X REALIDADE          7

4. TEORIAS APLICADAS PELA PROFISSIONAL PSICOLOGA          8

5. CONCLUSÃO         9

    REFERÊNCIAS         10


  1. INTRODUÇÃO

     O relatório a seguir tem como principal objetivo divulgar a apreciação feita por seis estudantes de psicologia acerca da profissão de psicólogo. A partir de uma entrevista feita com uma profissional da área (a qual daremos o nome fictício de Virginia) podemos perceber o quão difícil e longo é o processo de formação, aperfeiçoamento e descobrimento da função de um psicólogo e quais suas possíveis principais conquistas e perdas nesse caminho a ser percorrido.

  1. LOCAL DE TRABALHO

     A profissional que foi entrevistada trabalha em um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) a pouco mais de dois anos atendendo uma comunidade no interior do estado do Ceará. Na teoria um CAPS consiste numa forma especial de organização que usa principalmente a ajuda mútua entre profissionais de uma mesma área, no caso da Psicologia, a área da saúde. O trabalho em equipe deve ser desenvolvido como um conjunto ou um grupo de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou determinado trabalho, usando um objetivo comum, neste caso a saúde psicológica do paciente. A grande maioria dos transtornos psicológicos requer o auxílio de um médico psiquiatra, um neurologista, um nutricionista, assistente social, fonoaudiólogo, entre outros profissionais.

     Mas o que se vê na prática, segundo Virginia, e a equipe responsável pela entrevista foi uma situação bem diferente dessa teoria tão bem planejada. A equipe em que a psicóloga está inserida se diz interdisciplinar, ou seja, uma equipe que tenta compreender o paciente em sua cultura, sistema e relação. Causando uma integralidade como a articulações das ações, contudo o grupo ao qual ela faz parte não segue esses conceitos. A menos é claro quando alguns órgãos de fiscalização os visitam. Nestes momentos os profissionais procuram encobrir as deficiências da estrutura do ambiente. Mas na maior parte do tempo o descuido das autoridades expõe os pacientes a todo tipo de situação inapropriada para qualquer ser humano física ou mentalmente doente.

     A profissional entrevistada relatou também várias dificuldades no momento até mesmo das consultas aos pacientes, entre elas, o fato de ter apenas 30 minutos reservados para cada paciente e mesmo quando estendia a consulta para uma hora, ainda assim muitas vezes não conseguia diagnosticar com precisão o problema do paciente; outro problema é a demanda de atendimento que excede os limites da capacidade em que o CAPS em questão suporta. Foi relatado que em média mais de 4.000 pessoas são cadastrados, sem citar aqueles que não procuram o SUS. Por conta dessa grande procura o paciente tem a oportunidade de se consultar apenas uma vez por mês com o psicólogo. Quanto a consulta psiquiátrica, acontecem em média a cada três meses e isso ocasiona uma desvalorização na parte dos pacientes para com os psicólogos. A maioria desses pacientes prefere a atenção dos psiquiatras, pois são eles que disponibilizam os remédios trazendo resultados imediatos. Virginia expos uma de suas maiores preocupações quanto à automedicação. Por vezes os pacientes têm de administrar os remédios cedidos pelo CAPS sozinhos e, por exemplo, quando o paciente é depressivo e tem tendências suicidas conduzir tais medicamentos por três meses, muitas vezes sem nenhum tipo de assistência ou acompanhamento psicológico é perigoso, pois a questão que surge é se o paciente realmente é capaz de não abandonar o tratamento e deixar de lado os remédios ou pior, exceder o consumo desses remédios ocasionando por vezes a morte.

     Acerca do ambiente de trabalho, segundo a profissional entrevistada é muito precário, seus colegas têm dificuldades em desenvolver um tratamento adequado para cada paciente e a estrutura física já foi condenada. Conhecemos o local de trabalho e percebemos o quão precário é a situação desses profissionais. As salas de atendimento possuem uma estrutura que não permite privacidade na hora do atendimento nem para o profissional tampouco para o paciente. Foi relatada também a falta de interesse dos políticos em resolver problemas pertinentes à comunidade. Essa perspectiva decadente da estrutura física e organizacional entra em contraste com a realidade de instituições privadas. Á exemplo disso a profissional informou que tem seu próprio consultório particular cuja estrutura é totalmente diferente do ambiente público.

     A disparidade de estrutura mostra o descaso das autoridades competentes pelo SUS em muitas vezes negligenciar um mínimo de estrutura física e de organização para atender à todos independente da classe social, até mesmo porque o Brasil é um dos maiores arrecadadores de impostos do mundo. Muito foi esclarecido pela profissional entrevistada acerca do que precisa ser superado no Brasil quando se trata de saúde pública. A profissão de psicólogo dentro de suas teorias e livros pode muitas vezes esconder uma realidade que foge totalmente não só ao desconhecido do inconsciente, mas vai além daquilo que não conhecemos ou fingimos não ver. Hospitais muitas vezes lotados, pacientes sendo tratados de forma rude e mecânica esquecendo que a profissão de psicólogo não pode limitar-se a analises técnicas e com isso deixar de lado nossas partes humanas, a parte sensível que realmente nos torna humanos e diferentes de outros animais.

  1. ÁREA EM QUE A PROFISSIONAL ATUA

     A psicóloga entrevistada descreveu de forma clara a triste situação em que o SUS se encontra, com falta de leitos, profissionais, estruturas para um melhor atendimento, baixos salários, etc. Além de toda a disparidade entre sistema publico e privado que nos foi relatado foi de interesse tanto da equipe quanto da entrevistada explanar sobre como é clinicar. Uma área que é de interesse de boa parte daqueles que estudam ou têm interesse em psicologia, mas tanto pela falta de conhecimento ou pela falta de interesse do próprio aluno de buscar a realidade na qual vão exercer sua função a um choque entre a realidade teórica e a realidade social e econômica. Buscar esse conhecimento seria fundamental para um melhor desempenho da função já que o profissional teria um embasamento centrando em uma vivencia realista.

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