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Entrevista Com Uma Psicóloga

Por:   •  27/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.607 Palavras (11 Páginas)  •  83 Visualizações

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Introdução

A atenção é a habilidade que temos de focalizar determinadas informações externas ou internas que aparecem em nossos sentidos, a partir de um processo de seleção dessas informações pela concentração e consciência. É o processo cognitivo que permite escolhermos um estímulo relevante e, em consequência, dar-lhe uma resposta. Esta habilidade cognitiva é muito importante, é uma função essencial em nossas vidas cotidianas. Por sorte, a atenção pode ser exercitada e melhorada com o treinamento cognitivo adequado. A atenção é indispensável à linguagem, à aprendizagem e a memória.

O que é atenção?

A atenção é uma qualidade da percepção que funciona como uma espécie de filtro dos estímulos ambientais, avaliando quais são os mais relevantes e dotando-os de prioridade para um processamento mais profundo. Definida como meio pelo qual processamos ativamente uma quantidade limitada de informações a partir da enorme quantidade disponível através de nossos sentidos, de nossas memorias armazenadas e de nossos processos cognitivos. Garante um processamento mais adequado das informações (exteriores e interiores), pois ao diminuir a atenção sobre esses estímulos, pode se focar nos estímulos que interessam.

A atenção inclui processos conscientes e inconscientes. Existem limites na quantidade de informações na qual podemos nos concentrar. A atenção focalizada possui relação com a memória, de forma que, lembramos mais dos acontecimentos/eventos que destinamos mais atenção. Como qualquer outra habilidade, a atenção também melhora com a prática.

Na prática, nosso comportamento é guiado cada instante por um alvo só, sobre qual os esforços de processamento cognitivo se concentram. Este alvo é o foco da atenção, e a atenção é o processo que permite que tudo o que diz respeito a esse alvo seja detectado e processado mais rapidamente e com mais facilidade, à custa do processamento de tudo que está ao redor. Como resultado, a atenção facilita o processamento do que está ao seu foco, enquanto reduz o processamento dos distratores, ou seja, de tudo que não está no foco de atenção.

Tipos de atenção

A atenção é um processo complexo que usamos em quase todas as nossas atividades cotidianas. Ao longo do tempo, os cientistas e pesquisadores descobriram que a nossa atenção não é um processo individual, mas um grupo de subprocessos da atenção. No momento, o modelo mais aceito para os subcomponentes da atenção é o modelo hierárquico de Schulberg e Mateer (1987, 1989), baseado em casos clínicos da neuropsicologia experimental. De acordo com este modelo, a atenção pode estar dividida nas seguintes partes:

Atenção Ativa: faz alusão ao nosso nível de ativação e nível de atenção, estamos cansados ou com energia, estar consciente, sentir, pensar, regular atenção, processar informações, motivar comportamentos, agir, buscar nutrição, sexo, lutar ou fugir.

Atenção focada: faz alusão à nossa habilidade para focar a atenção em um estímulo/alvo durante um longo período, é a atenção que permite detectar um estímulo rapidamente.

Atenção constante: a habilidade para se centrar em um estímulo ou atividade durante um período longo. É o que permite a concentração em uma atividade durante o tempo necessário para conclui-la, mesmo se existem outros estímulos de distrações.

Atenção seletiva: a habilidade para se centrar em um estímulo ou atividade na presença de outros estímulos que desviam a atenção. Este nível de atenção também se refere à capacidade do indivíduo em manter o foco mesmo cercado por estímulos que criem distração ou contrastes.

Atenção alternada: a habilidade para executar a atenção focada entre duas tarefas diferentes.

Atenção dividida: a habilidade para se centrar ou prestar atenção a diferentes estímulos ao mesmo tempo.

Sistemas de atenção e neuroanatomia

De acordo com o modelo neuro anatômico de Posner e Petersen (1990), existem três sistemas de atenção diferentes. Eles são estes a seguir:

Sistema de Ativação Reticular (SRA) ou Sistema de Alerta: este sistema é responsável principalmente pela Excitação e a Atenção Constante. Está estreitamente relacionado com a formação reticular e algumas de suas conexões, como as áreas frontais, os sistemas límbicos, o tálamo e os gânglios basais.

Sistema Atencional Posterior (SAP) ou Sistema de Orientação: este sistema é responsável da Atenção Focada e a Atenção Seletiva de um estímulo visual. As áreas do cérebro relacionadas com este sistema são o córtex parietal posterior, o núcleo pulvinar lateral do tálamo e o colículo superior.

Sistema Atencional Anterior (SAA) ou Sistema de Execução: este sistema é responsável da Atenção Seletiva, Atenção Constante e Atenção Dividida. Está estreitamente vinculado com o córtex pré-frontal dorsolateral, o córtex orbito-frontal, o córtex cingulado anterior, a área motora suplementar e o neoestriado (núcleo estriado).

Distúrbios, déficit e principais características

A dOs transtornos de atenção envolvem uma redução ou alteração na mesma, os transtornos inclusos na clássica categoria de transtornos da atenção, a maioria deles se enquadram na categoria hiperprosexias (alterações e déficits de atenção), embora seja importante mencionar pseudoaprosexias, paraprosexias e aprosexias.

Os distúrbios psicopatológicos de atenção são geralmente classificados de acordo com a forma que afetam essa função cognitiva: aprosexia, hiperprosexia ou hipoprosexia, entre outros termos.

Hipoprosexias, que são caracterizadas pela capacidade reduzida de atender a estímulos, são os distúrbios da atenção mais comuns. Dentro dessa categoria, encontramos fenômenos como distração, labilidade emocional latente, inibição de cuidados, síndrome da negligência, fadiga da atenção, apatia ou perplexidade.

A aprosexia é definida como a total ausência de atenção. Nesse sentido, poderíamos dizer que constitui uma forma extrema de hipoprosexia. O fenômeno do estupor, no qual a pessoa não responde a quase nenhum tipo de estímulo e está associado a psicose, epilepsia, consumo tóxico e lesões cerebrais, é o melhor exemplo de aprosexia.

Pseudoaprosexias, na literatura sobre psicopatologia do cuidado, esse termo é usado para se referir a casos que aparentemente correspondem aos sinais de aprosexia, mas que não implicam, no entanto, verdadeiras alterações de atenção. Assim, as pseudoaprosexias são enquadradas em contextos histéricos e de simulação, fundamentalmente.

Fala-se de hiperprosexia quando, no contexto de uma alteração transitória da consciência (causada por episódios maníacos ou uso de drogas, principalmente), ocorre uma intensificação e / ou um foco excessivo de atenção, geralmente acompanhado por hipervigilância e hiperluidez. Como hipoprosexia, desestabiliza a atenção e piora o desempenho.

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