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Evolução do pensamento lógico e científico

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Por:   •  29/3/2014  •  Artigo  •  850 Palavras (4 Páginas)  •  254 Visualizações

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Os animais desenvolvem estilos próprios de comportamento que lhes permitem a sobrevivência. O homem, como uma dentre as várias espécies de animais existentes, também desenvolveu processos de convivência, reprodução e defesa. Estas são atitudes instintivas, isto é, ações e reações espontâneas e que dispensam o aprendizado. Entretanto, ao contrário dos outros animais, que por dificuldades impostas pelo ambiente, quer por particularidades da própria espécie, também desenvolveu comportamentos que dependem de aprendizado. (Ex: As crianças aprendem a conter sua fome e a comer em horários regulares, aprendem a brincar e a obedecer e, mais tarde, quando crescem, aprendem a trabalhar, a administrar e a governar).

O homem, portanto, distingue-se das demais espécies porque grande parte de seu comportamento não se desenvolve naturalmente em sua relação com o mundo nem se transmite a sua descendência pelos genes. Ele necessita do aprendizado para adquirir a maior parte de suas formas de comportamento.

Logo, para “tornar-se” humano, o homem precisa do convívio social – só assim terá condições de aprender com os seus semelhantes uma série de atitudes que jamais poderia desenvolver no isolamento.

Esse aprendizado é proporcionado por um sistema de símbolos que constituem as linguagens, por meio das quais somos capazes de nos comunicar e transmitir nossos conhecimentos.

O homem interpreta a realidade e atribui sentido a ela. Esse conhecimento do mundo, no entanto, é marcado pelo espaço e tempo que o produz e pelos grupos com os quais dividimos nossas experiências. Por isso é que há tanta diversidade de interpretações da realidade que nos cerca.

No Ocidente, durante a Antiguidade, predominou o pensamento mítico e religioso que concebia o mundo como uma obra divina submetida aos desígnios do criador. Essa mentalidade mítica, que não trata o mundo em suas bases materiais e objetivas, fez com que o desenvolvimento do espírito especulativo fosse preterido em favor de uma reflexão metafísica da natureza.

Assim, para os egípcios e para os babilônios, a eficiência do pensar lógico e cientifico limitava-se ao seu pragmatismo, isto é, à necessidade de solucionar problemas particulares que se apresentavam como obstáculos ao transcurso da existência.

O pensar como um exercício voltado pra si mesmo, capaz de desenvolver mesmo sem uma aplicabilidade imediata, e independente das crenças religiosas e do pensamento mítico, teve suas raízes históricas na civilização grega. Deu-se o nome de milagre grego a este salto qualitativo de conhecimento humano sobre si e a natureza, em que se abandonou a explicação mítica e o princípio da interferência das forças sobrenaturais nos destinos do homem para dirigir-se à obtenção do saber por meio da abstração comandada pela razão. Tinha início a busca por explicações científicas para a vida.

Durante a Idade Média, quando a Europa volta a ser uma sociedade predominantemente agrária e teocrática, a razão deixa de oferecer a melhor explicação para se entender o mundo. Novamente é a fé que condiciona e explica o comportamento humano e a sociedade. Apenas as ordens religiosas, isoladas nos mosteiros, tinham acesso aos textos de filosofia, geometria e astronomia. A população laica deixa de participar desse saber.

No Renascimento, entretanto, o homem ocidental redescobre os textos antigos e o prazer de investigar o mundo

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