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Fases do desenvolvimento infantil em Freud e Piaget

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Por:   •  27/3/2014  •  Tese  •  2.214 Palavras (9 Páginas)  •  1.419 Visualizações

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Fases do desenvolvimento infantil segundo freud e piaget

Enviado por mirllaescobar, abril 2012 | 10 Páginas (2284 Palavras) | 73 Consultas |

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Nascimento a 1 ano

Nessa idade temos a fase oral que é trazida por Freud no desenvolvimento psicoafetivo da criança. Nessa fase a boca é a zona erógena, ou seja, o prazer advém dessa parte do corpo. Vemos que a criança leva à boca tudo o que pega, não apenas para fins de alimentação, mas sobretudo, para o prazer de sugar, pôr movimento nos lábios, contrair e relaxar a boca sucessivamente. No início essa pulsão oral é o mamilo do seio materno, mamadeira, o próprio fluxo de leite quente, mas algum tempo depois, partes do seu corpo passam a ser objeto de prazer, e começa a sugar a sua língua, o polegar. São considerados objetos que sustentam suas fantasias, pois o apego aos objetos reais é na verdade um apego aos objetos fantasiados. A isso podemos relacionar o narcisismo: a criança suga, acaricia o objeto real, mas na verdade acaricia a ela mesma. Além do prazer em sugar, com o nascimento dos dentes traz a possibilidade de prazer ao morder.

Nessa mesma idade, se estendendo do nascimento até os dois anos, temos o Nível sensório-motor que é apresentado por Piaget como um estágio de desenvolvimento cognitivo da criança. Nesse período dos dois primeiros anos de vida, a criança reage ao mundo pelo sensório-motor, suas ações são baseadas em suas sensações e compreendem o mundo através delas. Esse período representa a conquista através da percepção e dos movimentos de todo o universo prático que cerca a criança e é anterior à linguagem.

O recém nascido apresenta ações reflexas à princípio. No decorrer do amadurecimento do sistema nervoso e interação da criança com seu meio, essas ações são modificadas, aperfeiçoa-se então o repertório de esquemas reflexos advindos com o nascimento. Segundo Piaget (2002) a falta de linguagem e de função simbólica, tais construções se efetuam exclusivamente apoiadas em percepções e movimentos, através de uma coordenação sensório-motora sem intervenção do pensamento.

Para o bebê o que está a sua volta só existe quando ele os vê, os toca, portanto seus comportamentos imitativos acontecem quando modelo imitado está presente, quando o modelo sai de cena é como se ele deixasse de existir. O mundo do bebê é o daqui agora, se ele reproduz algo que não está presente, representa a interiorização do que está sendo imitado.

As principais características do comportamento da criança nessa fase é principalmente a ausência da linguagem assim como da representação. No final dela, a criança já tem noção que o objeto existe mesmo não estando presente e já consegue distinguir o que é dela e o que é do mundo dessa forma, consegue interagir com ele de forma mais complexa. As noções de causalidade, espaço e tempo, que são construídas pela ação, caracterizada por uma inteligência eminentemente prática, também surgem nessa fase. A inteligência prática diz respeito à manipulação de objetos centra-se em percepções e movimentos organizados pelos esquemas de ação: agarrar, jogar o objeto, balançar. Essa ação com objeto revela a intencionalidade e plasticidade.

A comunicação expressa pela criança no primeiro ano ocorre por conta da imitação. Aprende aos poucos a imitar, num caminhar de simples movimentos espontâneos para, no final do período proceder a imitações de movimentos mais complexos, como os que envolvem o rosto e a cabeça. (Piletti e Rossato, 2011).

As três etapas apresentadas por Piaget organizadas entre o nascimento e o fim desse período são: a dos reflexos, a da organização das percepções e hábitos e a da inteligência sensório motora.

1 a 3 anos

Na fase do desenvolvimento psicoafetivo referindo à obra freudiana, a criança se depara com um deslocamento da energia para a extremidade inferior do trato digestivo: a região anal. Ela passa a ter maior consciência do seu corpo e o seu prazer advém do processo de eliminação ou retenção com o controle da evacuação e micção. Tornam-se prazerosos os movimentos intestinais, caracterizando a fase anal. Nela, a criança vive o conflito entre o id para satisfação do prazer, e os pais que ensinam a usar o banheiro. A resolução desse conflito depende das cobranças e das ações que as acompanham. Se os pais enfatizam demais o treino em usar o banheiro, maior poderá ser a preocupação da criança em relação ao mundo exterior, em atendê-los e, ao contrário segundo Piletti e Rossato (2011), uma permissividade exarcebada pode desenvolver uma despreocupação com os valores sociais, com uma autocrítica reduzida.

Há ainda outras crianças que retêm as fezes para manipular os pais, ao mesmo tempo em que têm prazer com o movimento de pressão contra as paredes intestinais.

A fixação nessa fase pode ocorrer em função dos conflitos gerados e é possível encontrar traços e preocupações que evidenciam características dessa fase, tais como as presentes no prazer com a avareza, o autocontrole rígido, a agressividade, etc. Diante dessas características da fase oral, os pais, familiares e educadores têm uma importante participação no aprendizado do controle dos esfíncteres, no controle dos desejos, dos impulsos, propiciando a criança a compreensão que existem momentos mais adequados para a sua realização e normas e regras que regulam nossas condutas na sociedade. Segundo Freud, aqui, as crianças se defrontam com o mundo externo como força inibidora, hostil ao seu desejo de prazer então, pela primeira vez a criança é obrigada a trocar o prazer pela respeitabilidade social.

Nessa faixa etária e se estendendo até os sete anos, Piaget traz como Estágio pré operacional. Nele, a criança já desenvolve a função simbólica que lhe permite substituir um objeto ou acontecimento por uma representação dele. Encontramos a linguagem verbal, do desenho, da imitação, da dramatização, etc. Agora a criança já consegue criar imagens mentais na ausência do objeto, fantasiar, fazer de conta, fazer uso do jogo simbólico, dar vida aos objetos.

Os comportamentos sofrem modificações significativos com o surgimento da linguagem, a criança então reconstitui suas ações anteriores e verbaliza suas ações futuras. Segundo Piaget (2002), com a linguagem, a criança passa a um mundo social e de representações interiores.

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