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Estágios Do Desenvolvimento Infantil De Jean Piaget

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Por:   •  9/11/2014  •  1.070 Palavras (5 Páginas)  •  1.308 Visualizações

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Estágios do desenvolvimento infantil de Jean Piaget

De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas cognitivas derivando cada estrutura de estruturas precedentes. Ou seja, o indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais apto ao equilíbrio.

Essas construções seguem um padrão denominado por Piaget de estágios que seguem idades mais ou menos determinadas. Todavia, o importante é a ordem dos estágios e não a idade de aparição destes.

Cada estágio caracteriza a aquisição de novas formas de agir e pensar, mais adequadas para a adaptação do indivíduo ao meio. Os estágios sucedem-se em uma ordem fixa, porém as idades atribuídas ao aparecimento de cada estágio não são rígidas, havendo grande variação individual. Além disso, cada estágio é sempre integrado ao seguinte, ou seja, as aquisições ocorridas em um período constituem pré-requisitos para a passagem a outro estágio de desenvolvimento.

Os estágios ou períodos de desenvolvimento definidos por Piaget são:

1- Período sensório-motor (0 a 2 anos);

2- Período pré-operatório (2 a 6 anos);

3- Período operatório-concreto (7 a 11 anos);

4- Período operatório-formal (12 a 16 anos);

1. Período Sensório-motor (0 a 2 anos) - O desenvolvimento cognitivo inicia-se a partir dos reflexos (comportamentos inatos) os quais que se transformam em esquemas de ação (chupar, olhar, pegar, puxar, balançar, etc.). Por exemplo: o reflexo inato de sugar o seio assimila novos elementos do meio (o dedo, a mamadeira, a roupa) e, ao mesmo tempo, vai sendo transformado nessa interação com o mundo (processo de acomodação), pois sugar o seio é diferente de sugar outros objetos. Esse período inicia-se ao nascimento e vai até por volta dos dois anos de idade. Nesse momento do desenvolvimento, a criança baseia-se exclusivamente em percepções sensoriais, em ações motoras para resolver problemas e conhecer o mundo (olhar, ouvir, cheirar, tocar, chupar, morder, pegar, puxar, jogar, engatinhar, andar, entre outros). A construção de esquemas cada vez mais complexos possibilita o aparecimento da função simbólica - capacidade de representar eventos - a qual será gradualmente construída ao longo do segundo ano de vida. Algumas noções importantes começam a ser construídas, como a noção de espaço, tempo e causalidade.

Esse estágio divide-se em até seis subestágios nos quais o bebê apresenta desde reflexos impensados até uma capacidade de representar o uso de símbolos.

• As principais características observáveis durante essa fase que é até os dois anos de idade da criança são:

• A experiência obtida com ações (a imitação);

• A inteligência prática (através de ações);

• Ações como agarrar, sugar, atirar, bater e chutar;

• As ações ocorrem antes do pensamento;

• A centralização no próprio corpo;

• Noção de permanência do objeto.

2. Período Pré-operatório (2 a 6 anos) - O principal progresso desse período é o desenvolvimento da função simbólica, o que altera drasticamente a maneira como a criança resolve seus problemas no meio. A criança começa a usar símbolos mentais – imagens ou palavras – para representar objetos que não estão presentes. É então capaz de libertar-se do universo restrito do aqui-e-agora, pois adquiriu a capacidade de representar eventos, de evocar o passado e de referir-se ao futuro. O desenvolvimento da fala é também significativo: se aos dois anos a criança possuía um vocabulário de 270 palavras, já aos três anos possui um vocabulário de cerca de 1.000 palavras. A inteligência é caracterizada, portanto, pela capacidade de a criança realizar ações mentais, porém essas são diferentes daquelas do indivíduo adulto. A capacidade de raciocinar da criança ainda é pré-lógica, pois ela toma como base a sua própria experiência para explicar fatos da realidade, por isso o pensamento pré-operatório recebe o nome de pensamento egocêntrico. A criança nessa idade tem dificuldade para julgar e entender a vida cotidiana a partir de princípios gerais.

A percepção que a criança tem dos eventos e dos objetos determina o raciocínio que faz sobre eles. Por exemplo: pode achar que ficou noite porque o sol foi dormir; considera justa a partilha de um refrigerante com o irmão se o líquido ficar em altura igual nos dois copos, independentemente do formato do copo.

3. Período Operatório-concreto (7 a 11 anos)

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