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Funcionalismo

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Por:   •  24/11/2013  •  1.733 Palavras (7 Páginas)  •  1.190 Visualizações

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A FUNDAÇÃO DO FUNCIONALISMO:

Os pesquisadores protestavam contra as limitações da psicologia de Wundt e do estruturalismo de Titchener, mas não desejavam substituí-los. Associados à fundação do funcionalismo não tinham a ambição de criar uma nova escola de psicologia.

Foi o próprio Titchener que pode ter "fundado" a psicologia funcional ao adaptar a palavra estrutural em oposição a funcional, mostrando as diferenças entre as duas.

Titchener torna o funcionalismo visível e dá nome ao novo movimento, contribuindo para a sua divulgação ao estabelecê-lo como oponente.

A psicologia funcional estuda e interessa-se pelo funcionamento da mente. Os funcionalistas estudavam a mente como um acumulado de funções ou processos que levam a consequências práticas no mundo real. Eles não se interessavam pela sua composição (uma estrutura de elementos mentais).

Os funcionalistas adaptaram muitas descobertas feitas nos laboratórios dos estruturalistas. Não faziam objeções à introspecção nem se opunham ao estudo experimental da consciência. Eles se opunham as definições anteriores de psicologia que eram carecidas das considerações acerca das funções utilitárias e práticas da mente.

A atual psicologia americana é funcionalista tanto em termos de atitude como de orientação. Ela torna evidente a ênfase nos testes, na aprendizagem, na percepção e em outros processos funcionais que ajudam a nossa adaptação e nos ajustam ao ambiente. O principal interesse dos psicólogos funcionalistas era a utilidade dos processos mentais para o organismo nas suas constantes tentativas de se adaptar ao meio ambiente. Os processos mentais eram considerados atividades que levavam a consequências práticas, o que levou a que os psicólogos se interessassem mais pelos problemas do mundo real.

Portanto, o funcionalismo foi o primeiro sistema de psicologia americano que se baseava em um protesto contra a psicologia experimental de Wundt e a psicologia estruturalista de Titchener, já que ambas não davam respostas às questões dos funcionalistas como “o que e como a mente produz?”.

Então, o funcionalismo foi a primeira escola norte americana e, teve como base as idéias do evolucionismo de Darwin, psicologia do ato, fenomenológica e o naturalismo de Rousseau. Seus representantes foram Dewey, Angel, Carr.

WILLIAM JAMES (1842/1910):

o principal influenciador do funcionalismo

William James é considerado o maior psicólogo americano ainda hoje por muitos estudiosos. Ele foi o principal percursor da psicologia funcional e manteve-se independente, recusando-se a ser absorvido por qualquer ideologia, sistema ou escola, mesmo quando trabalhou ativamente em psicologia.

James não foi seguidor nem fundador, nem discípulo nem líder, embora não tenha fundado a psicologia funcional, escreveu e pensou com clareza e eficácia dentro da atmosfera funcionalista.

Portanto, James não fundou nenhuma corrente de pensamento ou escola de psicologia nova. Sua atitude de pesquisador não tinha nada de experimentalista, como queriam fazer parecer. Ele não fundou a psicologia funcional e sim apresentou de forma clara e eficaz as suas idéias dentro da atmosfera funcionalista, influenciando o movimento funcionalista e inspirando as gerações posteriores de psicólogos.

James afirma que "a Psicologia é a Ciência Da Vida Mental, tanto dos seus fenômenos como das suas condições" (James,1890). O termo "fenômenos" indica que o objeto de estudo se encontra na experiência imediata. Então, ele reconhece a consciência como sendo o ponto essencial de grande interesse.

Ao criticar o atomismo associacionista, que considera a vida psíquica como um acumulado de elementos simples (conforme defende o estruturalismo), James propagou as suas bases.

O estruturalismo define a psicologia como ciência da consciência ou da mente (definição dada por Wundt). A mente seria a soma total dos processos mentais. Ele partia do pressuposto que cada totalidade psicológica compõe-se de elementos. A psicologia tinha como tarefa descobrir qual o verdadeiro conteúdo da mente.

Então, o funcionalismo surge como a primeira reação sistematizada e organizada contra a escola de Titchener. Para os funcionalistas, as operações e processos mentais seriam instrumentos da adaptação e se expressariam claramente nos comportamentos adaptados. Através da observação desses comportamentos, a mente poderia ser estudada.

Por isso que o funcionalismo foi influenciado por William James, que teve a consciência como sua grande preocupação, como funciona e como o homem a utiliza para adaptar-se ao meio. Portanto, era importante responder perguntas, tais como “o que fazem os homens” ou “por que o fazem”. O ambiente é um dos fatores mais importantes no processo do desenvolvimento. Os funcionalistas queriam saber como a mente funcionava e não como era estruturada.

O funcionalismo é um sistema que evolui a partir de rigorosas observações de si mesmo e dos outros. James argumentava que a consciência é pessoal e única e que ela está sempre em mudança e evolui com o tempo. É seletiva na escolha dentre os estímulos que a compõe e também acima de tudo ajuda as pessoas a se adaptarem ao seu meio ambiente.

Em 1869, sofrendo de sintomas nervosos diversos e de depressão, James começou a desenvolver uma filosofia de vida incentivado pelo desespero e não pela curiosidade intelectual. Leu o ensaio do filósofo francês Charles Renouvier sobre o livre arbítrio e convenceu-se de sua existência, decidindo que seu primeiro ato de vontade própria seria a crença no ato livre arbítrio.

Em 1872, ensinava fisiologia em Harvard. Mais ou menos nessa mesma época, James interessou-se pelos efeitos de alguns elementos químicos na alteração da mente. Leu sobre experiências nas quais os sujeitos envolvidos eram influenciados pelo óxido nitroso (a “gás hilariante”) e do nitrato de amila, que afetam a oxigenação do cérebro, causando movimentos bruscos. Então, decidiu experimentar essas substâncias. Essas experiências o encantaram devido à forma como as alterações físicas influenciavam a consciência.

James foi considerado o maior psicólogo americano por três razões básicas: ele escrevia com uma clareza única na ciência, se posicionou contra o objetivo de Wundt na psicologia e forneceu uma maneira alternativa de analisar a mente, a abordagem

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