Influencia dos jogos eletronicos no periodo da infância

ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA DO BRASIL – SOEBRAS

FACULDADE DE SAÚDE IBITURUNA – FASI

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ANDRÉ MENDES LAFETÁ

CINTYA JORDÂNIA OLIVEIRA MAGALHÃES

DANIELE RAMOS DE AQUINO

ELEN LORENA LOPES SILVA ROQUE

HELOM SADRAQUE NOGUEIRA GOMES SANTOS

A INFLUÊNCIA DOS JOGOS ELETRÔNICOS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

MONTES CLAROS – MG

2015

ANDRÉ MENDES LAFETÁ

CINTYA JORDÂNIA OLIVEIRA MAGALHÃES

DANIELE RAMOS DE AQUINO

ELEN LORENA LOPES SILVA ROQUE

HELOM SADRAQUE NOGUEIRA GOMES SANTOS

A INFLUÊNCIA DOS JOGOS ELETRÔNICOS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Trabalho acadêmico apresentado à disciplina Metodologia Cientifica como requisito parcial para obtenção de nota.

Professor: Me. Árlen Almeida Duarte de Souza

MONTES CLAROS – MG

2015

RESUMO

Esse artigo científico buscou apontar de forma clara e objetiva as influências dos jogos eletrônicos no desenvolvimento infantil, ressaltando alguns dos seus aspectos positivos e negativos, que são muitas vezes comentados de forma errônea pelo senso comum. O artigo científico é do tipo de revisão sistemática integrativa e para a sua construção foram acessadas as bases de dados do Google Scholar e Scielo, sendo selecionados artigos de revisão literária e pesquisas descritivas, avaliadas dentro dos critérios de Qualis/Capes acima de B4, dentro dos anos de 1999 a 2015. Neste artigo procuramos esclarecer aspectos, pois muitas vezes os jogos são julgados somente pelos fatores negativos e estes acabam sobrepondo os seus fatores positivos no desenvolvimento da criança. Além do mais, os pontos positivos da interação da criança com os jogos são vastos, como: desenvolvimento de elementos psicomotores, os reflexos, a memória, a imaginação, a interatividade social, reconhecimento de regras, normas e conhecimentos. O jogo eletrônico é uma brincadeira na qual a criança tem a oportunidade de interação com o lúdico, semelhantemente às demais brincadeiras. Procuramos não utilizar desta pesquisa para influenciar pensamentos de pais e educadores, mas sim para buscar informar os fatores dos jogos eletrônicos, sendo uma atividade que precisa ser controlada e usada moderadamente, para se obter repostas saudáveis e satisfatórias.

Palavras-chave: Desenvolvimento Infantil. Brincadeiras. Jogos de Vídeo. Interferência.

INTRODUÇÃO

A psicologia do desenvolvimento tem como objetivo estudar a maturação biológica e mental do ser humano desde a concepção até a morte, no âmbito do desenvolvimento psicológico (COLL et al., 2004). Com isto, neste trabalho pretende-se destacar a influência dos jogos eletrônicos no período da infância, principalmente após o avanço tecnológico e a globalização, já que passaram a ganhar mais espaço no cotidiano das crianças e tornaram-se mais suscetíveis a estimulação deste estilo de vida gamer (HOFF; WECHSLER, 2002).

Os jogadores também passam a vivenciar um mundo atrativo com diversas possibilidades, como grandes aventuras, construção de cidades, impérios e variadas opções de escolhas de conduta social em uma amálgama de ambientes. Além disto, é válido ressaltar que nos jogos há uma manifestação lúdica entre a criança e o jogo, sendo assim é importante a análise através desta psicologia (ALVES, 2005).

Por ser uma temática recente, que iniciou no final do século XX e demonstrou ascensão no início do século XXI, os jogos eletrônicos causam muita controvérsia em seus benefícios e malefícios para a criança. Para alguns, o jogo eletrônico, se usado da maneira devida, pode melhorar a capacidade cognitiva e psicomotora de uma criança, pois um dos fatores de interação do jogador com o jogo é a sua percepção visual (ANDRADE; COLS, 2003).

Além da necessidade da utilização sensório-motora, há também a exigência da elaboração de estratégias que possuem um efeito positivo no aumento das capacidades lógicas habilidades de mecânica, liderança, inteligência e informática. (DURKIN; BARBER, 2002; SUZUKI et al., 2009)

Não obstante, outros autores pensam que devido à grande miscelânea de possibilidades dentro do mundo virtual, é possível que altere a conduta das crianças, principalmente os vídeos jogos de caráter violento, pois estes possuem a capacidade de induzir o comportamento e os pensamentos infantis a ter uma conduta de repelo, além de uma diminuição das qualidades pró-sociais (SUZUKI et al., 2009).

Fora outras pesquisas que têm enfatizado que crianças que não tem o hábito de brincar e passar a maior parte do tempo na internet ou em frente de um computador apresentam uma grande taxa metabólica alterada, proporcionando níveis baixos de imaginação e criatividade. Possivelmente devido as brincadeiras com os jogos eletrônicos já estarem “preparadas” e cheias de regras, esperando apenas o indivíduo usufruir, diferentemente do brincar com carrinhos e bonecas que não apresenta nenhuma estruturação de como deve ser o modus operandi (ROSSETI et al., 2005).

É possível observar a partir da análise dos pontos negativos dos jogos eletrônicos sobre o período infantil que, pelo fato de as crianças não terem completo desenvolvimento psíquico, eles passam induzi-las a comportamentos agressivos, tanto em nível biológico como psicológico.

Mas também é de se saber que possui uma classificação etária para cada vídeo jogo, devendo esta ser respeitada, principalmente pelos pais, pois tal sistematização apresenta o nível necessário de maturidade que o indivíduo precisa ter para poder usufruir do produto. Ou seja, os jogos violentos e pornográficos que as crianças se “divertem” é uma situação incoerente com os padrões exigidos pelos órgãos que avaliam a idade necessária, como a Coordenação de Classificação Indicativa (COCIND) do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação (Dejus).

Enquanto os pontos positivos, estes apresentam uma unanimidade entre os psicólogos e pedagogos, pois os jogos e as brincadeiras ajudam no desenvolvimento psicomotor em relação a contração de habilidades físicas e mentais. Além de auxiliar no desenvolvimento psicossocial, pois as crianças da atualidade estão inseridas em uma cultura eletrônica, permitindo assim uma abertura de interação entre elas (HANSEN et al., 2007).

Neste sentido, o objetivo deste artigo foi apontar de forma clara e objetiva as influências dos jogos eletrônicos no desenvolvimento infantil.

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