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Intimidação: o que é isso? Como isso acontece? Suas causas e consequências, bem como formas de intervenção

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Por:   •  3/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.988 Palavras (8 Páginas)  •  294 Visualizações

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Bullying: O que é? Como ocorre? Suas causas e consequências, e formas de intervenção.

INTRODUÇÃO

Frequentemente temos visto vários casos de bullying em nossa sociedade, principalmente no âmbito escolar, um local propício às relações interpessoais.

Trata-se de conflitos gerados por discriminação, capricho, brincadeira, que resultam em ofensas, constrangimento, ameaça, intimidação, ridicularização, calúnia, difamação, exclusão, rejeição, agressões intencionais e repetitivas que podem ser físicas ou psicológicas, provocando sentimento de inferioridade e danos ao desenvolvimento psicossocial do indivíduo vítima de bullying, podendo desencadear desde pequenos problemas de aprendizagem a transtornos sérios de saúde física e mental.

Ao discutirmos bullying, surgem várias opiniões, conceitos, idéias do que seja esse grande problema social, suas causas de incidência, as conseqüências que pode desencadear e como reduzir a ocorrência desses casos.

Todos os dias, alunos no mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeira”. A escola, por ser um dos espaços mais amplos no que se refere às relações sociais, se torna muito vulnerável a propagação do bullying. Atualmente, esta tem sido vinculada à maioria desses casos, onde alunos fisicamente superiores se sentem no direito de humilhar, intimidar, ofender aqueles que fisicamente são mais fracos, frágeis, tomando-os como objeto de brincadeira e diversão, gerando na maioria das vezes atos de crueldade para com as vítimas.

O bullying é considerado um ato gratuito, por não se encontrar nenhum motivo justificável para a ocorrência do mesmo, na qual a vítima não faz nada para ser agredida, sendo, portanto, gerando por pura maldade, desrespeito, preconceito em relação às mesmas. Os autores dessas agressões na maioria das vezes têm atitudes como essas por não ter uma boa convivência familiar, por maus tratos sofridos, relações afetivas deficientes, ou até por fatores individuais como hiperatividade, impulsividade, distúrbios comportamentais, desempenho escolar insuficiente, que contribuem para o desencadeamento de comportamentos agressivos.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba. Disponível em < pt.wikipedia.org/wiki/Bullying > Acesso em junho de 2013

As vítimas de bulying, muitas vezes escondem que sofrem esse tipo de agressão e não contam para seus pais, professores por medo, vergonha, e acabam ficando com baixa autoestima, tristes, isolados das pessoas e com problemas de relacionamento. E estas geralmente tendem a se tornar depressivos, pessoas revoltadas e agressivas na vida adulta, e especialistas revelam que esse fenômeno, que acontece no mundo todo, pode provocar nas vítimas desde diminuição na auto-estima até o suicídio.

Basicamente, a prática do bullying consiste em intimidar e humilhar as pessoas, que são mais passivas, acomodadas, com baixa capacidade de reação e que possuem um grande sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda, tratando-se, portanto de uma forma de abuso psicológico, físico e social.

Os colegas que presenciam essa prática também não denunciam por medo de se tornarem as próximas vítimas. E muitas vezes, os professores não percebem esse problema, ou até ignoram por achar que é apenas um simples desentendimento entre os alunos.

Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho. Disponível em < pt.wikipedia.org/wiki/Bullying > Acesso em junho de 2013

Estão citados abaixo, alguns relatos de casos de bulying entre alunos, principalmente do ensino fundamental, colhidos por Cléo Fante, publicado em seu livro “Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz” que mostram a relação abusiva de agressão sofrida por crianças dentro da escola, que nos mostram uma situação muito séria presente em nossa sociedade.

Gislaine, aluna do terceiro ano, de oito anos, estava faltando frequentemente à escola. Quando comparecia, chorava muito e não participava das aulas, alegando dores de cabeça e medo. Certo dia, alguns alunos procuraram a professora da turma dizendo que a garota estava sofrendo ameaças. Teria que dar suas roupas, sapatos e dinheiro para outra aluna, caso contrário apanharia e seria cortada com estilete.

Carlos, do sexto ano, foi vítima de alguns colegas por muito tempo, porque não gostava de futebol. Era ridicularizado constantemente, sendo chamado de gay nas aulas de educação física. Isso o ofendia sobremaneira, levando-o a abrigar pensamentos suicidas, mas antes queria encontrar uma arma e matar muitos dentro da escola. Disponível em <http://www.mundojovem.com.br/artigos/bullying-quando-a-escola-nao-e-um-paraiso> Acesso em junho de 2013

Esse último caso nos remete à memória o caso de Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, que invadiu a escola Tasso de Silveira em Realengo, RJ, e fez atentado aos alunos dessa escola, atirando e ferindo crianças, e cometendo suicídio após o crime. Em uma carta escrita por ele, contava que ele queria se vingar, pois na sua infância, quando estudava nessa escola foi vítima de bullying, e esse sentimento de revolta o moveu a ter essa atitude drástica. Nessa situação, percebemos o quanto o bullying provocou consequências marcantes na vida desse jovem, com problemas sérios psicologicamente, que geraram vingança contra pessoas que não tiveram nada a ver com a agressão feita, provocando inclusive o suicídio.

Além destes podemos citar outros casos que resultaram em tragédia:

Em janeiro de 2003, Edimar Aparecido Freitas, de 18 anos, invadiu a escola onde havia estudado, no município de Taiúva, em São Paulo, com um revólver na mão. Ele feriu gravemente cinco alunos e, em seguida, matou-se. Obeso na infância e adolescência, ele era motivo de piada entre os colegas.

Na Bahia, em fevereiro de 2004, um adolescente de 17 anos, armado com um revólver, matou um

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