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NÁLISE DO FILME 12 HOMENS E UMA SENTENÇA À LUZ DA TEORIA DE GRUPOS POR PIAGET

Por:   •  17/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  4.013 Palavras (17 Páginas)  •  159 Visualizações

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto De Ciências Humanas

Curso de Psicologia

 

ANÁLISE DO FILME 12 HOMENS E UMA SENTENÇA À LUZ DA TEORIA DE GRUPOS POR PIAGET

Campinas/SP

2021

UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto De Ciências Humanas

Curso de Psicologia

 

ANÁLISE DO FILME 12 HOMENS E UMA SENTENÇA À LUZ DA TEORIA DE GRUPOS POR PIAGET

Trabalho apresentado à disciplina “Atividades Práticas Supervisionadas” do Semestre do Curso de Psicologia da Universidade Paulista – UNIP.

Orientação: Profª Dra. Carla Pontes Donnamaria

Campinas/SP

2021

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO........................................................................................................    4

1.1 APRESENTAÇÃO DO FILME 12 HOMENS E UMA SENTENÇA.............................    6

2. ANÁLISE.......................................................................................................................   8

3. CONCLUSÃO...............................................................................................................  13

4. REFERÊNCIAS............................................................................................................  14

1. APRESENTAÇÃO

        Mesmo que este trabalho venha a tratar de outro autor, no caso, Jean Piaget, é inegável a necessidade de citarmos Kurt Lewin como introdutor deste texto uma vez que seus estudos em relação aos fenômenos de grupo, marcaram e marcam até hoje, obras de muito outros estudiosos (MINICUCCI, 1997, p. 13).

        Lewin, alemão, a partir do final da década de trinta, desenvolveu a Teoria da Dinâmica dos Grupos que tinha entre seus objetivos compreender a estrutura e os papéis que se formam a partir desta junção de pessoas e consequentes ideias, com o intuito de entender o seu funcionamento a partir da exposição, discussão e tomada de decisão. Nos Estados Unidos, como trará também Silva (2016), a dinâmica de grupos passou a ser utilizada como método para a aprendizagem.

        Nesta mesma época, mas em outro local da Europa, um ícone referente ao tema aprendizagem, Jean William Fritz Piaget, começou a se dedicar as questões do desenvolvimento humano após anos de estudos que se iniciaram com um pardal albino (PIAGET, 1977, p. 6).

Piaget não focou seu trabalho na temática das dinâmicas em grupo, mas, como conta Minicucci (1997, p. 40), a partir dos seus estudos sobre a epistemologia genética, propiciou aos seus seguidores elementos de grande valor no que tange a formação operatória dos grupos, como o pedagogista Lauro de Oliveira Lima, grande estudioso da teoria de Piaget, que conseguiu unir a dinâmica de grupos, que ele introduziu em terras brasileiras, com a teoria do próprio Piaget, escrevendo, entre outros livros, a obra “Dinâmicas de Grupo na Empresa, no Lar e na Escola”.

        Piaget, como citado de maneira superficial anteriormente, se dedicou aos estudos da Epistemologia Genética, que, resumidamente, tenta responder como um indivíduo passaria de um conhecimento prévio inferior para um conhecimento superior em um nível seguinte. Sua paixão pela biologia, demonstrada desde criança, o fez inquieto na busca pelo saber, fazendo com que seu modelo teórico tentasse explicar o desenvolvimento da inteligência a partir ação de interagir do sujeito com os objetos, gerando, a partir disso, ações, formas e estruturas de inteligência que propiciem este

indivíduo a adaptar-se ao seu meio (CAETANO, 2010).

A partir de tais questionamentos, conceitos foram surgindo a fim de explicar esta construção e reconstrução continua que crianças e adultos realizam a fim de organizar seus conhecimentos e torná-los mais efetivos, como a assimilação, acomodação e equilibração, que, independentemente de cada estágio, proposto por Piaget, em que o sujeito esteja, os três conceitos referidos anteriormente acontecem de maneira gradual e recíproca (CAETANO, 2010).

É possível trazer, baseado nos conceitos já apresentados, que Piaget proporcionou a captação de alguns pontos que podem ser trabalhados paralelamente quando estamos justamente em grupos. Minicucci (1997, p. 39) nos apresenta o processo de desenvolvimento, começando pelo estágio sensório-motor, passando pelo pré-operatório, onde temos o predomínio do simbólico e da dificuldade da criança se colocar no lugar do outro, até chegar no estágio das operações, concretas e formais, em que a partir destes instantes, já há um pensamento lógico e, diferente do anterior, o sujeito identifica e entende opiniões e divergências dos demais, o que, por sua vez, implica em seu desenvolvimento, inclusive em relação sobre a existência de visões diferentes das suas, o que podemos traçar um paralelo no trabalho com o outro e na questão da cooperação, tradado por Piaget e seu seguidor Hans Aebli.

        O outro eixo deste trabalho é o indicado ao Oscar de melhor filme em 1958, 12 Homens e Uma Sentença, lançado no ano anterior e dirigido por Sidney Lumet, que conta a história de um jovem que vai a júri por ter supostamente matado o pai.

1.1 APRESENTAÇÃO DO FILME 12 HOMENS E UMA SENTENÇA

        Em uma sala de um tribunal na década de 50, um jovem é acusado de assassinato e, se for condenado, será levado para a pena de morte. O juiz passa as instruções e o júri formado por doze homens dirige-se a uma sala para a deliberação. A decisão para a sentença deve ser unânime, ou seja, os doze membros do júri devem votar igualmente se o réu é “culpado” ou “não culpado”. Com a presunção de que todos votariam pela culpa do réu, levando-o para a pena de morte, eis que o jurado número oito (Henry Fonda) se abstém desta decisão unânime e vota pela opção “não culpado”, já que, em sua visão, há brechas para esta decisão. O jurado número oito, neste momento, opta pela neutralidade em seu voto, uma vez que necessita de uma melhor deliberação para dar a sua decisão final. Tal objeção leva aos demais jurados a reagirem de maneira até agressiva contra o jurado interpretado por Henry Fonda, inconformados com tal atitude e certos de que o réu é culpado por ter matado seu pai.

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