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O AUTISMO E COVID-19

Por:   •  9/11/2020  •  Projeto de pesquisa  •  1.287 Palavras (6 Páginas)  •  135 Visualizações

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OS IMPACTOS DA PANDEMIA COVID-19 NA VIDA DAS CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA

RESUMO

O isolamento social determinado pela Organização Mundial da Saúde, com o objetivo de conter o avanço do coronavírus, propende a impactar extraordinariamente a vida de crianças com Transtorno do Espectro Autista por sofrerem com o brusco rompimento da sua rotina, podendo apresentar momentos de irritabilidade. Isso ocorre devido à dificuldade causada pelo transtorno no qual apresenta dificuldades de interação social, limitações na comunicação e também alterações comportamentais, como manias, e interesses em coisas específicas.

A presente pesquisa visa refletir sobre os impactos causados pela COVID-19 na vida de crianças com TEA, buscando algumas possibilidades de cuidado junto a família para que esse momento venha a ser menos conturbado, sugerindo aos familiares algumas ações que possam minimizar os efeitos causados pela interrupção na rotina do autista, utilizando atividades que possam auxiliar no seu desenvolvimento.

Palavras-chave: Autismo; Isolamento social; Pandemia;

1 INTRODUÇÃO

A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo novo Coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 30 de janeiro de 2020, estabeleceu que o surto da doença constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional (Organização Mundial de Saúde [OMS], 2020).

A pandemia tem gerado muitas mudanças na vida da sociedade, causando danos não só na saúde física, mas também na saúde mental. As medidas adotadas em vários estados e municípios, para a prevenção da doença, como por exemplo a higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool em gel, o uso de máscaras, mesmo que de tecido e o isolamento social modificaram de forma brusca o cotidiano dos indivíduos. Tais mudanças podem resultar em tensão, medo, estresse a ansiedade, mesmo em indivíduos hígidos.

O isolamento e seus impactos sobre a saúde mental se tornam ainda mais complexos quando consideramos as minorias sociais como os moradores de ruas, pessoas com deficiências físicas, transtornos mentais, entre outras que acabam sendo mais vulneráveis com o cenário atual, pois já convivem com suas limitações próprias e são agredidas por discriminações, e, por muitas vezes, têm menos acesso aos serviços de saúde.

Dentro desse limitado grupo destaca-se as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que é um transtorno do neurodesenvolvimento, e uma das suas principais características é a presença de dificuldades na linguagem/comunicação, interação social e comportamental. Assim, acredita-se que para esse grupo pode vir a ser difícil entender o cenário em que estamos vivenciando, principalmente quando se trata de crianças pequenas.

Desse modo, as crianças com TEA podem ser consideradas vulneráveis à COVID-19, não por serem do fator de risco, mas devido às características próprias que dificultam a compreensão do cenário pandêmico assim como a incapacidade de se adequar as medidas de proteção individual e coletiva, fazendo com que o risco de contaminação seja ainda maior.

A maneira e o tempo que uma criança autista leva para processar as mudanças de rotina, ás vezes, é mais demorada, baseado nisso é muito importante a reflexão sobre os impactos que essa crise venha a causar, levando em consideração que eles já vivenciam situações bastante difíceis no seu cotidiano.

Frente a esse cenário, é de extrema importância a criação de estratégias para dar suporte as crianças com TEA e sua família. Surge então algumas inquietações: Existe documentação científica sobre os impactos da pandemia da covid-19 no grupo de crianças autistas e seus cuidadores? Quais as possíveis alternativas para diminuir o efeito causado pelo isolamento social? Como auxiliar a família a reorganizar a rotina dos seus filhos?

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Analisar os impactos causados pela pandemia Covid-19 na vida de crianças com Transtorno do Espectro Autista.

2.2 Objetivos específicos

• Identificar as reações que isolamento social causa nas crianças com TEA.

• Verificar como o isolamento social tem provocado dificuldades extremas de lidar com as crianças com TEA.

• Identificar questões estratégicas de suporte para as famílias de crianças com TEA para reforço e ajuda para lidar com a síndrome durante a pandemia COVID-19.

• Realizar um levantamento bibliográfico.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Austismo

A lei n° 13.146 de 2015 (BRASIL, 2015) Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) estabelece quem é a pessoa com deficiência e direciona como e deve ser o processo para sua reabilitação, assim como ser obrigatório o diagnóstico e as intervenções precoces. O autismo não é uma doença, mas sim característica que precisa de atenção especial; no entanto, para proteger os direitos da pessoa incluída no TEA, a Lei n°12.764/12, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro autista, manifestou o transtorno como deficiência, para que as pessoas tenham seus direitos respeitados. (BRASIL.2012).

Uma das características do autismo é o não desenvolvimento de sentimentos o que acaba interferindo nas interações sociais, na comunicação

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