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O Desafio da Integração Psicoterapia Psicofarmacoterapia: Aspectos Psicodinâmicos

Por:   •  14/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  815 Palavras (4 Páginas)  •  61 Visualizações

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A combinação de psicoterapia e tratamento medicamentoso através da

psicofarmacoterapia, tornou-se, durante os anos, uma prática frequente e muitas vezes

essencial nas intervenções dos transtornos mentais. É importante salientar, que essa

associação de medicamento-psicoterapia não ocorria tão comumente antigamente. Dessa

forma, nas últimas décadas, os profissionais tiveram que se aprofundar mais nesse assunto e

entender melhor a respeito dessas intervenções terapêuticas utilizadas de forma combinada,

visto que isso poderia trazer um tratamento mais adequado para os pacientes.

Outrossim, a compreensão psicodinâmica da relação da dupla paciente/psicoterapeuta

e do trio paciente/ psicoterapeuta/ psicofarmacoterapeuta é fundamental, visto que, se negada

ou pouco compreendida, pode levar ao fracasso do tratamento. Dessa forma, é importante

levar em conta os aspectos inconscientes, assim como a fase em que o paciente está (criança,

adulto) e também como sua patologia funciona.

Dessa forma, existem basicamente dois modelos terapêuticos com intervenções

combinadas, cada uma delas possuindo suas limitações e facilitações. A primeira delas é o

tratamento combinado, onde a modalidade terapêutica consiste basicamente no profissional

que medica ser o mesmo que realiza a psicoterapia. Já a segunda, a co-terapia, refere-se a

modalidade em que um profissional realiza a psicoterapia e outro conduz a

psicofarmacoterapia, o que pode ocorrer de forma integrada e colaborativa ou totalmente

independente.

No tratamento combinado, algumas das suas vantagens são, por exemplo, a maior

facilidade em identificar os mecanismos de defesa do paciente, um maior potencial de adesão

ao tratamento, maior probabilidade de iniciar o tratamento medicamentoso no momento

certo, maior privacidade, por ter que lidar apenas com um profissional, além de ser menos

oneroso, ou seja, pelo fato de não precisar pagar dois profissionais, mas só um, o tratamento

se torna mais barato. No que concerne às desvantagens desse tipo de modalidade, vê-se que é

necessário uma habilidade técnica na psicoterapia ainda maior, visto que o paciente irá trazer

tanto questões ligadas ao processo medicamentoso, quanto os seus outros problemas.

Também é necessário se atentar a qual tipo de intervenção é mais apropriada para cada caso.

Outra questão, é quanto a parte do medicamento, que pode acabar sendo usado como um

container de transferência negativa, que o paciente sente e o terapeuta não pode tolerar.

Nesses casos, o tratamento medicamentoso pode não ser tão indicado, fazendo com que haja

uma atuação maior da psicoterapia.

Quando as vantagens da co-terapia, pode-se citar sobretudo a maior quantidade de

informação clínica, como também o fato de haver a opinião de dois profissionais distintos, o

que pode trazer subsídios importantes para o caso do paciente, se os profissionais trabalharem

de forma integrada e colaborativa. Quanto às desvantagens, vê-se que o gasto é mais oneroso;

há um tempo maior de desenvolvimento da aliança terapêutica com o psicofarmacoterapeuta;

há dissociação de aspectos entre os dois profissionais, assim como dissociação do tratamento

medicamentoso do psicoterápico, trazendo assim dificuldades para o processo. Ademais, há

uma necessidade maior de delimitar quais as responsabilidades de cada profissional, assim

como mais riscos legais.

No que diz respeito às questões transferenciais, nota-se que no tratamento combinado

possui maior facilidade no estabelecimento da transferência, visto que há um menor risco de

dissociação, por ser apenas um profissional. Na co-terapia essa questão pode ocorrer de

forma mais custosa, sobretudo para o psicoterapeuta, posto que há uma dissociação

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