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O LUTO E A FENOMENOLOGIA

Por:   •  15/3/2018  •  Resenha  •  869 Palavras (4 Páginas)  •  271 Visualizações

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UNIVERSIDADE POTIGUAR

CURSO: PSICOLOGIA 5MA

Disciplina: Abordagens Humanistas e Fenomenológicas – 2ª Unidade

Discentes: Ana Lécia

Jane Oliveira

Lana Medeiros

Thaynná Lima

LUTO E A FENOMENOLOGIA

Há diferentes maneiras de se compreender o luto. Na sociedade Ocidental contemporânea o enlutado é inibido de expressar sua tristeza, frustação e perda, quer seja por meio de práticas sociais impostas, quer seja pela hipermedicalização. É cada vez mais perceptível o quanto o mundo ocidental evita a angústia e busca a neutralização do desconforto e da dor psíquica (Elias, 2001; Ariès, 2003).                                                                 Para Freud precursor do estudo sobre luto, o mesmo é uma vivência normal, específica diante da perda significativa do objeto, sendo que “haveria apenas dois destinos frente à perda: elaboração bem sucedida ou a melancolia” (Mendlowicz, 2000). No ponto de vista da psicologia fenomenológico existencial, o luto é visto como vivencia típica em situações de transformação e mudança abrupta nas formas de se dar do ser em uma relação eu-tu.

Nosso sentido existencial tem como fator primordial nossa relação com o outro e o outro comigo, sentimos necessidade do outro, e até o responsabilizamos por nossa felicidade e vice versa. Existem pessoas que conhecemos que tem maior significado na nossa vida do que alguns parentes, isso se dar pelo fato do apego que desenvolvemos a estes queridos. No entanto, o luto é diferencialmente vivenciado em conformidade com o grau de relacionamento que mantínhamos com quem perdemos.                                         A fenomenologia está interessada nas invariantes, ou seja, nos fenômenos no campo intencional, e não no individual.  Assim diz, (Giorgio e Souza, 2010). É a busca do sentido da perda, que a psicologia fenomenológica tem como objetivo.  Sendo assim ela classifica o luto no grupo familiar o mais duro de ser vivenciado, principalmente quando se trata da perda de um filho.                   Existem dois aspectos de fundamental importância que são apontados para explicar o luto familiar como o mais relevante: O ciclo da vida e (Brown, 1995) e a reorganização do sistema familiar (Bromberg, 1996). Para entendermos o luto na fenomenologia precisamos compreender a historicidade das pessoas envolvidas no processo.                                                                      A atitude do homem contemporâneo diante da morte é o resultado de um processo longo e lento de transformações ao longo dos tempos suas concepções, experiências, histórias de vida e vivências de cada indivíduo numa cultura, os significados atribuídos individualmente à morte estão distantes de serem unificados, uma vez que se relacionam, entre outros acontecimentos, à idade, às experiências familiares diante das perdas, à crença religiosa e de fé, à cultura, bem como a convicções e valores pessoais e sociais, o mundo de cada pessoa e cada família em particular aproxima o entendimento no que se refere às perdas para cada individuo.                                                         O luto visto como uma abrupta mudança na relação Eu-Tu, faz pensar nos danos emocionais que o mesmo causa a partir da concepção de que o outro não é só um objeto de conhecimento, mas há uma profundidade na significação desse outro dentro da significação da nossa vida. Com isso, a fenomenologia propõe uma ressignificação acerca da relação Eu-Tu, e não do luto, de maneira que o enlutado possa continuar a construir experiências na sua vida com uma nova perspectiva, e ainda assim contínua, da relação com o ente perdido.

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