O Laboratório Didático – Suas Necessidades e Viabilidades

Unidade: III - O Ensino de Ciências por meio da Atividade Prática e de Campo 

Nome: João Ricardo Pessoa de Araújo

RGM: 22534385

Título: Laboratório Didático – Suas Necessidades e Viabilidades.

Texto resposta:

A respeito do grau de complexidade do ensino de ciência discutimos isso em maiores detalhes na primeira unidade a luz dos trabalhos de Martins [1] e de Carvalho e Gil-Pérez em [2] onde discutimos os diversos desafios enfrentados para o exercício pleno de uma boa docência nas disciplinas de ciências. Tais reflexões nos conduziram, de maneira inequívoca, que o ensino de ciências é sim uma tarefa complexa.

 O ensino das fundamentações teóricas nas disciplinas de ciências constitui-se parte fundamental para compreensão, entendimento e extrapolação dos fenômenos naturais por parte do discente. Contudo, para responder o questionamento sobre se a abordagem única e exclusiva do ensino de teorias proporciona a construção do conhecimento é preciso, anteriormente, responder a outra pergunta: “Qual a importância do ensino de ciências?”.

Se a resposta a pergunta anterior for diferente de: “Para passar no vestibular e entrar em uma boa universidade”, a nossa resposta para a primeira das perguntas não pode ser diferente de um categórico não.

Segundo Carraher [3] o modelo de ensino meramente expositivo não proporciona fixação do conhecimento, defendendo o autor, que pouco tempo depois a maior parte do conhecimento é esquecido.  O mesmo propunha um modelo alternativo de ensino que, por sua vez, ficou conhecido como modelo cognitivo. Onde neste o Carraher sugere que o docente deveria trazer para a sala questões reais, inerentes ao cotidiano dos seus alunos, a serem debatidas em aula e deixando a cargo dos discente a proposição de soluções.

Em oposição ao método clássico de ensino constituído meramente por aulas expositivas diversos autores e pesquisadores na área de ensino de ciências defendem a inclusão de atividades experimentais na pratica do ensino como pode-se observar em [4]. A importância da atividade experimental, como defende Lima [5], se dá, entre outros fatores, por deixar o aprendiz e os fenômenos e processos naturais por ele observado mais inter-relacionados.

Porem, como já abordado por Martins [1], um dos desafios do ensino de ciência reside na falta de materiais pedagógicos adequados, entre eles, a de um laboratório didático. Afim de transpor, ou ao menos reduzir, tais barreias diversos autores estudam meios de possibilitar ao docente que o mesmo consiga construir e experimentos simples e feitos com baixo custo, mas que podem ajudar ao aprendiz no processo de aprendizagem. Dentre diversos textos que podemos citar no sentido que propor experimentos de baixo custo vamos nos ater, devido a extensão máxima desse trabalho, ao artigo [6] onde os autores mostram como realizar experimentos de cinética química bem como eletroquímica em salas de aula utilizando materiais de baixo custo.

Bibliografia:

[1]. Martins, A. F. P. Ensino de Ciências: Desafios a Formação de Professores, Educação em Questão, Natal-RN, v.23, n.9, p.53-65 (2005).

[2]. Carvalho, A.N.P; Pérez, D. G. Formação de Professores de Ciências, São Paulo: Cortez (2003).

[3]. CARRAHER, T.N. Ensino de ciências e desenvolvimento cognitivo, Coletânea do II Encontro "Perspectivas do Ensino de Biologia". São Paulo, FEUSP (1986).

[4]. FRACALANZA, H. O Ensino de Ciências no 1º grau, São Paulo: Atual, . p.124, (1986).

[5]. LIMA, M; JÚNIOR, O; BRAGA, S. Aprender ciências – um mundo de materiais, Belo Horizonte: Ed. UFMG, p.78 (1999).