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O Modelo Burocrático e as Disfunções da Burocracia

Por:   •  20/5/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.450 Palavras (6 Páginas)  •  63 Visualizações

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Psicossociologia do Trabalho e das Organizações[pic 1]

O Modelo Burocrático e as disfunções da Burocracia

Grupo 1

ANA CATARINA ARAÚJO SILVA, 21915

ANA CATARINA SOUSA SANTOS, 40890

CRISTIANA FILIPA QUEIRÓS DO SOUTO, 40543

DANIELA FILIPA BARROS PEREIRA, 40274

DIOGO FILIPE CARVALHO DA COSTA FERREIRA, 39144

VASCO MIGUEL ESTEVES BENTO, 40332

Prof. Dra Susana Pereira 


Índice

Introdução        3

Porque as burocracias se mantêm        5

Referências Bibliográficas        6


Introdução

No âmbito da unidade curricular de Psicossociologia do Trabalho e das Organizações foi-nos proposto fazer um trabalho sobre o Modelo Burocrático e as disfunções da Burocracia. Ao longo do mesmo iremos desenvolver o tema, tendo como objetivo descrevê-lo dizendo quais são as suas características, as suas disfunções dando exemplos, as suas vantagens como também as suas críticas e por fim iremos falar do porquê de se manter nos dias de hoje.

Modelo Burocrático

Por volta do século XIX (19), surgiu o Modelo Burocrático que retratava o tipo de administração pública ideal na Europa adotado por vários países, com o objetivo de lutar contra a má organização, com os conflitos nas organizações e combater as práticas patrimoniais.

Os patrimónios públicos e privados eram confundidos criando uma abertura para a corrupção e para o clientelismo. Desta forma, este modelo surgiu como forma de defesa do bem público dando assim um certo critério ao Estado que passaria a ser baseado na formalidade e no controlo, contribuindo para uma maior eficiência na administração pública.

Entende-se que uma organização pode ser explicada por uma dimensão de indivíduos que se diferem pelas suas preferências, pelos seus interesses e seus conhecimentos, que interagindo umas com as outras se juntam para atingir um mesmo objetivo. Sendo assim necessário um modelo organizacional racional, eficiente e honesto, foram recuperadas as ideias de Max Weber que apesar de não ter definido a Burocracia, estruturou um modelo de gestão que seria adaptado à complexidade do Estado como organização, criando-se assim a Teoria da Burocracia da Gestão, de forma a não existir excesso de abuso de poder.

A burocracia, porém, levantou várias questões aos seus estudiosos, pois segundo alguns autores como Hall (1961), Perrow (1976), Samuel (1970) e Weber (1998), chegaram à conclusão de que este modelo não se aplica na totalidade na prática e só em

determinado tipo de situações, pelo que deveríamos ter uma visão mais dimensional da mesma. Estes autores descreveram ainda algumas dimensões em que o Modelo Burocrático pode ser percebido como a hierarquia do trabalho, a divisão do trabalho, competências técnicas, entre outras... Segundo essa perspetiva a organização irá ser burocrática conforme a maior presença das dimensões burocráticas que nela existem.

Weber estudou também vários tipos distintos de organizações e concluiu que a autoridade assentava em três tipos, definindo-os por Tradicional, Carismática e Burocrática.

Referiu que a Tradicional assentava em tradições e costumes, ou seja, são as regras que foram determinadas para os súbditos obedecerem às ordens dos superiores.

Já a Carismática assenta nas características místicas e arbitrárias, ou seja, a aceitação dá-se pela influência da personalidade, isto é, os seus líderes são as pessoas com que mais se identificam, com comportamentos carismáticos e que maior confiança lhes transmite.

Por fim, a Burocrática é caracterizada pelas decisões, sendo que a obediência não ocorre devido a decisões ou por tradição, mas sim pela concordância com as normas e com as regras. Estas regras são as que vão definir a quem obedecer e até quando, sendo que para Max Weber uma organização deverá ser afundada em leis para que possa fazer com que as pessoas aceitem e acreditem que a organização é racional, podendo concluir que a organização Burocrática é a organização mais eficiente.

As características da burocracia

A burocracia é uma forma de organização humana apoiada na racionalidade, isto é, a adequação dos meios aos fins (objetivos) pretendidos com a finalidade de garantir a máxima eficiência, assente, essencialmente, na formalidade, impessoalidade e profissionalismo.

A formalidade é a orientação essencial através de um conjunto de normas e leis, explicitamente escritas e pormenorizadas, na qual as atribuições do cargo, a autoridade, os direitos e deveres estão previstos em lei. As decisões do chefe estão restritas aos

objetivos da organização e as comunicações tanto internas como externas são formais e padronizadas.

A impessoalidade nas relações não distingue as pessoas, mas sim cargos e funções que as mesmas exercem na organização. A obediência é devida aos cargos e não aos seus ocupantes. As pessoas obedecem ao direito e não à vontade de outras pessoas.

O profissionalismo assenta na meritocracia, isto é, as pessoas são promovidas em função do seu mérito (trabalho, empenho, dedicação, valores, competência) e não da sua origem social ou relações pessoais. As pessoas são contratadas, remuneradas e recebem garantias estabelecidas legalmente.

De maneira geral, as principais caraterísticas do Modelo Burocrático são:

  • Hierarquia da autoridade

Considerada uma das características mais relevantes da burocracia, onde são definidos os estratos hierárquicos, em que cada um possui os seus níveis de autoridade, isto é, há uma supervisão dos postos inferiores pelos postos superiores.

A hierarquia da autoridade representa a comunicação entre os objetivos organizacionais e a realização das tarefas para atingi-los, ou seja, dos primeiros que dão as ordens até aos funcionários que as cumprem. Existe, ainda, a importância de definir as chefias nos vários escalões de autoridade para assegurar a coordenação.

  • Divisão do trabalho

         A divisão racional tem como objetivo a economicidade, isto é, sugere que haja a máxima eficiência a menores custos possíveis. Isto torna-se possível por gerar maior rapidez e exatidão na execução das tarefas. Cada trabalhador tem a sua função e tarefa específica e deve ter em consideração quais são os seus limites, para não interferir no trabalho do outro e no bom funcionamento da organização.

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