O trabalho do psicólogo no tratamento dos transtornos alimenares

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CARLA KARINE

ELIARA NEPOMUCENO

FRANCISCA VALDETE

JULIANA GADELHA

PATRÍCIA LEMOS

O trabalho do psicólogo no tratamento dos transtornos alimentares

Fortaleza, 06 de abril de 2015-03-27

DADOS DO PROFISSIONAL:

NOME: Gilmara Perdigão

GRADUAÇÃO: Bacharel em psicologia pela Universidade Federal do Ceará

ESPECIALIDADE: Psicologia Clínica e comportamental

TEMPO DE ATUAÇÃO: 15 anos

CLIENTELA: Adultos e adolescentes

PRINCIPAL ATIVIDADE: Atendimento clínico

TRANSTORNO ABORDADO: ANOREXIA

O caso que abordamos durante a entrevista foi de uma paciente do sexo feminino apresentando transtorno alimentar anorexia já em estado grave.

        A paciente em questão foi um caso pontual na carreira da Dra. Gilmara pois, a paciente já chegou em seu consultório em estado grave de anorexia.

        A paciente L. A. N. desencadeou o processo de anorexia depois da separação dos pais, onde o Pai da paciente deu fim ao relacionamento trocando a cônjuge por uma mulher mais nova.

        Segundo relato da Dra. Gilmara a paciente não aceitava a traição do pai mas culpava a mãe pela traição, pois para ela a mesma deveria “esforçasse” para atender os padrões de beleza que agradavam o marido.

        Para L. A. N. a traição teria sido com ela e ela então sentia-se na obrigação de atingir o padrão de beleza que ela imaginava ser o do pai.

        O tanstorno não foi percebido de imediato pelos pais pois a paciente residia com o pai que trabalhava o dia inteiro fora de casa sem ter conhecimento se a mesma fazia ou não as refeições.

        O estado do transtorno já era tão grave no início do tratamento que foi necessária a internação da paciente e sua sedação para que ela pudesse receber alimentação através de sonda.

        A paciente hoje encontra-se ainda em tratamento multidisciplinar fazendo seu acompanhamento com psiquiatra, nutricionista, psicólogo e educador físico, Seu peso já encontra-se dentro da normalidade, mas apesar de ela não mais se recusar a comer suas refeições ainda são observadas.

        Para a Dra. Gilmara existem duas dificuldades mais pontuais no tratamento de pacientes com transtornos alimentares e com pacientes obesos, a primeira é uma padronização dos sintomas que ela atribui a troca de informações entre esses pacientes e no caso do paciente obeso seria a falta de sentimento pois o mesmo troca este pela comida, então fica difícil de tratar alguém que não consegue enxergar seu problema.

Qual a contribuição do psicólogo no contexto dos transtornos alimentares?

Dra. Gilmara acredita que o tratamento dos pacientes que apresentam transtornos alimentares deva ser feito tanto pela área comportamental como pela área clínica da psicologia, pois existe o risco se for bordado somente uma área, de apenas se trocar de sintomas como por exemplo, trocar a compulsão pela comida pela compulsão de comprar e assim não se tira o paciente do ciclo em que ele se encontra apenas o modifica, continuando ainda prejudicial para o mesmo.

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