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POR QUE NÃO USAR A TCC COMO PRÁTICA PSICÓTERAPICA?

Por:   •  13/5/2021  •  Ensaio  •  657 Palavras (3 Páginas)  •  96 Visualizações

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ÉDIPO LUIZ NUNES BUERGER

ROTEIRO DE APRENDIZAGEM

RIO DE JANEIRO

2021

CENTRO UNIVERSITÁRIO CELSO LISBOA

ÉDIPO LUIZ NUNES BUERGER

Roteiro de aprendizagem criado como requisito para aprovação na competência do Núcleo 9, do curso de Psicologia no Centro Universitário Celso Lisboa para ser avaliado pelo professor Fabiano Castro.

Rio de Janeiro

2021

Terapia Cognitiva do Comportamento: a perfeição não existe

A Terapia Cognitiva do Comportamento (TCC) foi fundada no início dos anos 60 por Aaron Beck, e tem como características ser diretiva, ativa, estruturada, fundamentada no modelo cognitivo, utilizar da aplicação de instrumentos psicológicos através das sessões e ser usada no tratamento de problemas psiquiátricos.

O ensaio terá como foco do tema discorrer através dos pontos frágeis da TCC, sendo esses o uso de conceitos de outras abordagens dentro da TCC tendo em vista que em sua atuação psicoterapêutica, Beck aplica técnicas comportamentais, como tarefas a serem realizadas, controle de estímulos e gráficos, mas também aplica conceitos de outras abordagens terapêuticas e teóricas, como exercícios de grupos de encontro, de Gestalt-terapia e procedimentos de psicodrama, além da aceitação incondicional do cliente, conceito este estabelecido na abordagem centrada na pessoa de Carl Rogers.

Outros pontos abordados será o descumprimento dos procedimentos da TCC, pacientes que desenvolvem evitação cognitiva e afetiva, a crença de que pacientes sejam capazes de mudar seus comportamentos e cognições através da terapia com uso de experimentação, exposição gradual, repetição e discurso lógico, o pressuposto de que pacientes podem desenvolver um rapport com o terapeuta em poucas sessões, por fim a suposição de que o paciente compareça as sessões com demandas-alvo bem definidas e esquematizadas.

O ensaio também irá explorar a visão mecanicista da TCC, o mecanicismo compreende o universo de forma que todos os processos naturais são determinados mecanicamente, como se o universo fosse uma máquina e os processos naturais engrenagens. O mecanicismo teve origem na física, que partia do entendimento de que tudo o que havia no universo poderia ser reduzido em partículas. Dessa forma, a metáfora mais usada para a explicação do mecanicismo é a do relógio, este que poderia ser desmontando e seu funcionamento poderia ser entendido por meio da análise e da redução de seus componentes Nesse contexto, os seres humanos também passarão a ser compreendidos da mesma forma, pois o mecanicismo tornou possível entender a ideia de que os seres humanos eram regidos por leis mecânicas e que os métodos experimentais e quantitativos que antes eram utilizados para analisar o universo, agora poderiam ser utilizados na natureza humana.

A análise da mente humana passou a ser compreendida pela redução a elementos mais simples, assim como relógios podiam ser reduzidos às suas peças e componentes menores, podendo ser montados outra vez para formar novamente a máquina. Agora, ideias também poderiam ser reduzidas a elementos menores, desmontadas e remontadas.

O filósofo James Mill aplicou o mecanicismo ao estudo da mente, e chegou à conclusão de que a mente era uma entidade passiva que sofre ação de estímulos externos. Desse modo o sujeito responderia a esses estímulos de modo automático e seria incapaz de agir com espontaneidade. James ainda afirma que a mente deveria ser analisada através da redução de seus componentes para a compreensão de seus fenômenos complexos. A partir desse referencial teórico do mecanicismo e reducionismo a prática da terapia cognitiva, por sua vez, propõe que o pensamento distorcido ou disfuncional é um elemento comum a todos os transtornos psicológicos. Esta distorção cognitiva influenciaria o humor e o comportamento do paciente. Sendo assim, apenas modificações desta distorção e o acesso a uma avaliação realista produziria melhora no humor e no comportamento, dessa forma, a melhoria contínua do paciente resulta de uma modificação das suas crenças disfuncionais básicas (Beck, 1995/1997; Sternberg, 1996/2010).

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