PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS

1 INTRODUÇÃO

Emoções são estados interiores que não podem ser observados ou medidos diretamente. Conforme as pessoas respondem a experiências, as emoções surgem de forma súbita. (Davidoff, Introdução a Psicologia, capítulo 9).

Observa-se nas emoções sua relação entre os afetos e o organismo, e podemos entendê-la não apenas como uma manifestação psíquica, mas também como uma manifestação fisiológica, sendo representada por sudorese, alteração de batimentos cardíacos, tremor, choro, riso, expressões faciais, etc.

O processo emocional é dependente da história do sujeito, a nossa sociedade reprime ou estimula certas emoções ou comportamentos, essas manifestações acontecem em todas as culturas onde alguns podem exprimir mais ou menos esses sentimentos que são aprendidos no convívio social e inclusive possuem característica incontrolável.

Temos como objetivo ampliar a compreensão sobre a ansiedade e sua influência no desempenho acadêmico de universitários, a partir da perspectiva cognitiva.

2 A NATUREZA DAS EMOÇÕES

Como já visto acima, as emoções possuem componentes subjetivos, comportamentais e fisiológicos. Vamos esclarecê-los nos próximos tópicos.

2.1 COMPONENTES SUBJETIVOS

Os aspectos mais vividos das emoções são os pensamento e sentimentos, aspectos subjetivos que parecem estar mesclados entre si. Ou seja, são os sentimentos associados à emoção.

2.2 COMPONENTES COMPORTAMENTAIS

Percebidos como respostas emocionais, o comportamento inclui expressões faciais, gestos e ações. Supõe-se à mobilidade daqueles que demonstram a intensidade das experiências emocionais.

2.3 COMPONENTES FISIOLÓGICOS

As alterações fisiológicas são influenciadas pelas emoções e podem ou não ser intensificadas pelas experiências vividas. Normalmente se dá como resposta orgânica de luta ou fuga.

2.4 COMPONENTES ENTRELAÇADOS E INTERATIVOS

Os componentes subjetivos, comportamentais e fisiológicos de nossas emoções estão entrelaçados e são interativos. Estão continuamente exercendo influencia entre si.

3 EMOÇÕES UNIVERSAIS

Será que todas as pessoas sentem as mesmas emoções? A origem da emoção pode ser a mesma, mas será diferenciada de acordo com as experiências vividas por cada sujeito.

Segundo Davidoff, existem evidencias de que pelo menos 6 emoções são experienciadas no mundo inteiro: alegria, raiva, desagrado, medo, surpresa e tristeza. Várias outras emoções, dentre elas, interesse, vergonha, desprezo e culpa podem também ser universais. A universalidade das emoções é fundamentada no estudo de pessoas cegas e surdas de nascença. Apesar das incapacidades essas pessoas expressam suas emoções com as mesmas expressões faciais.

Como as emoções básicas surgem muito cedo, as pessoas aprendem a identificar as mesmas emoções em outras pessoas. Portanto essas observações sugerem que emoções e expressões faciais são programadas nos seres humanos por meio de seus genes.

4 A ANSIEDADE COMO UM TIPO DE EMOÇÃO, NA PERSPECTIVA COGNITIVA

A ansiedade se define como uma emoção caracterizada por antecipação de perigo, tensão e sofrimento e por tendências de esquiva ou fuga. O medo pode ser definido da mesma maneira, porém a diferença entre eles consta no fato em que o motivo do medo é sempre muito claro, enquanto a ansiedade pode não ser percebida pelo próprio sujeito.

4.1 BASES FISIOLÓGICAS DA ANSIEDADE

Para Davidoff, ao se discutir as bases fisiológicas da ansiedade, divide-se em reações agudas (imediatas) e reações crônicas (retardadas, persistentes).

- Ansiedade aguda

Quando o sistema nervoso central processa uma mensagem de perigo advinda do ambiente, seus circuitos desempenham diversos papéis na ansiedade. Inicia-se com o alerta do córtex advinda da formação reticular (rede de células nervosas que se localizam no tronco cerebral). Esta formação incita o córtex a concentrar sua atenção à matéria. Ao processar a informação do perigo, o córtex comunica-se com o hipotálamo que, juntamente com outras regiões límbicas, trabalham para regular as emoções e as motivações. O hipotálamo é responsável pelo fator de liberação da corticotrópica, cujo papel é mediar e integrar