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PSICOLOGIA ATPS

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Por:   •  22/5/2014  •  2.284 Palavras (10 Páginas)  •  249 Visualizações

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ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – ATPS

Disciplina: Psicologia e Serviço Social I

Atividade Prática Supervisionada elaborada para fins de avaliação da Disciplina Psicologia e Serviço Social I, sob orientação do Professor Tutor á Distância, Profa. Helenrose Aparecida da Silva Pedroso Coelho e Professor Tutor Presencial Vivian Viana da Silva.

Cotia – SP

2014

Introdução

Este trabalho tem a finalidade de relatar e fundamentar o tema abordado referente aos conceitos de “Humilhação Social e Invisibilidade Pública”, fazendo assim, através de investigações e leituras de textos sugeridos neste desafio, o trabalho de identificação desses fenômenos na vida cotidiana da sociedade.

Humilhação Social da Profissão e a Desigualdade na Sociedade

A Humilhação Social define-se como um rebaixamento moral do indivíduo, que nada mais é do que a intenção de tornar alguém inferior aos demais, fazendo com que o mesmo passe a ser diminuído diante da sociedade.

Nos dias atuais não é difícil encontrar relatos desse gênero, apesar da baixa divulgação, as práticas de humilhação tais como insultos, difamações e calúnias vêm acontecendo mais do que se imagina.

Devemos apontar a Humilhação Social como uma modalidade de angústia disparada pelo enigma da desigualdade de classes, tendo como principal fator as determinações econômicas e a falta de consciência humana. Como tal, trata-se de um fenômeno psicológico e ao mesmo tempo político, pois o humilhado atravessa uma situação de impedimento para sua humanidade, uma situação que pode ser observada até mesmo em sua própria fisionomia, através de seus gestos, sua voz, a imaginação quase sempre desfocada da realidade, e é também reconhecível em seu “mundo”, no seu trabalho e na comunidade em que o mesmo vive.

As percepções observadas com base no artigo analisado nos leva a perceber que toda a sociedade em algum momento já vivenciou alguma forma de humilhação social, independente da classe social na qual o mesmo faz parte, muitas vezes até mesmo de forma a passar despercebidas em nosso cotidiano, atos nos quais muitos fazem questão de ignorar, por considerar indiferente à sua realidade, porém, é agindo dessa forma, passamos a dar espaço para a banalização tomar proporções desordenadas dentro da sociedade.

Exemplos claros podem ser encontrados diante dos nossos próprios olhos o tempo todo, muitas vezes ainda que indiretamente, acabamos por fazer parte do grupo da sociedade que humilha os demais. Temos como exemplo os fatos ocorridos dentro de nosso ambiente de trabalho, o simples fato de chamarmos a atenção de um colega por algum erro cometido de forma áspera, já se define como um tipo de humilhação social, muitas vezes a briga por status faz com que o ser humano haja dessa maneira, fazendo com que humilhado passe a ser visto com inferioridade aos olhos dos demais.

A humilhação é uma modalidade de angústia que começa a partir do momento em que há a desigualdade de classes, angústia essa que a parcela da população não favorecida financeiramente conhece bem, e convivem com a sensação de submissão quanto aos outros.

Essa parcela da sociedade são as que mais sofrem em decorrência aos impactos causados pelo assedio psicológico a que são submetidos, ofensas morais são as mais profundas e graves, e faz com que esses indivíduos se subestimem a ouvi-las até mesmo em circunstâncias em que não seria necessário espera-las. Para esse grupo, a humilhação é uma realidade em ato ou é frequentemente sentida como uma realidade iminente, onde quer que os mesmos estejam.

Esse sentimento de inferioridade passa a acompanha-los frequentemente e a certeza de não possuírem direitos os fazem cada vez mais se afundar em teorias e ordens alheias, pois sabem que ainda que queiram opinar, não serão ouvidos.

Ao longo dos anos, em parte por conta da pressa cotidiana a que nos sujeitamos, e por causa dos problemas causados por essa precipitação em nossas vidas, ou ainda por conta dos medos da violência causados por tanta desgraça que presenciamos em noticiários, nos faz criar uma nova sociedade, uma sociedade que só enxerga à função e não o que as pessoas são além do trabalho que elas exercem.

Uma invisibilidade imensa, onde muitas vezes desviamos dessas pessoas como se as mesmas fossem pra nós um obstáculo. E geralmente não é nossa culpa, uma vez que vivemos numa sociedade que é analisada pelas noções que temos de personalismo, doutrina familiar e patrimonialismo.

A mudança no modo de viver, nas estruturas familiares, e o que as pessoas podem ter ou adquirir as leva a ser alvo da humilhação social e provoca um sofrimento imenso aos sujeitos “invisíveis”, que são constituídos por aqueles que não conseguem ser inseridos na lógica do capital, consequentemente serão estes socialmente vítimas da invisibilidade pública.

Essa questão vem do passado, onde é nítido e retratado o sofrimento dos negros pobres e escravizados, onde surgem influências da Europa burguesa, a ocidentalização que aparece desde o século XIX, com a chegada da família real. Mas a modernização, a tecnologia, e a esfera privada reforçam esse traço do passado, e hoje é preciso articular a história de vida desses sujeitos invisíveis com teorias sólidas, e buscar explicações para compreender a constituição social dos brasileiros, sendo assim, define-se que a invisibilidade faz parte da história, e também faz parte dos nossos dias atuais.

Nas obras: “A Invisibilidade da desigualdade brasileira” de Jessé de Souza e “Homens Invisíveis: relatos de uma humilhação social” de Fernando Braga Costa são possíveis analisar esse processo de invisibilidade pública.

Nessas obras é possível notar a diferença entre o sociólogo e o psicólogo, uma vez que se evidencia que o sociólogo mostra um total esforço para entender esse contexto sócio histórico que possibilitou a construção da desigualdade; já o psicólogo tira sua base em cima dos relatos de seus sujeitos e desenvolve um trabalho que além de interlocuções, propõe estratégias para que esse indivíduo saiba como lidar com essas questões sociais tão complicadas. Mas é com a força de interesse gerada em torno desse sistema que os meios de comunicação vivenciam e dividem com a sociedade a humilhação dessa invisibilidade decorrente em nosso dia-a-dia, portanto nos é necessário valorizar os acontecimentos de nossos dias de forma diferente, tendo a percepção

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