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PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM

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Por:   •  19/8/2014  •  1.322 Palavras (6 Páginas)  •  1.741 Visualizações

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PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM

O tema da inteligência nos remete a necessidade de um breve percurso histórico, situando diferentes concepções vigentes que se expandiram tanto no campo da Psicologia quanto no da Educação. Este é um tópico presente nas discussões sobre a aprendizagem escolar, pois frequentemente, relacionamos

o êxito ou fracasso do rendimento dos alunos a um alto ou baixo nível de inteligência. E não é uma relação simples.

Antes de ler a definição de inteligência que trazemos na unidade, pense um pouco sobre o que é para você uma pessoa inteligente?Quais as características que ela possui?

Do latim intelligare, relativo ao que sabe juntar, unir e enlaçar, a inteligência vai além de resultados obtidos pelos estudantes, expressos em notas, índices e fatores. Ao contrário, ela está relacionada com aspectos próprios do sujeito e com as infl uências do ambiente (cultural),

manifestando-se de forma singular nas situações formais (escolas, cursos, treinamentos, etc.) e informais de aprendizagem, experimentadas por ele em seu cotidiano. A inteligência articula-se também com a capacidade do ser humano de conhecer e entender a realidade que o cerca, de modo a dominá-la e transformá-la. É, portanto, um processo aberto e mutável. Estamos sempre aprendendo e aprofundando conhecimentos em nossa relação com os outros.

O conceito de inteligência tem sido objeto de transformações ao longo dos últimos dois séculos. A origem do estudo

psicológico da inteligência (e de sua relação com a educação) situa-se em fins do século XIX, marcada pela importância atribuída as diferenças individuais na esfera do intelecto. Era a época em que a Psicologia Experimental iniciava pesquisas empíricas sobre variações entre os indivíduos, baseada no paradigma da medição da inteligência (COLL e ONRUBIA, 2004).

Os primeiros autores a abordarem o tema na Psicologia foram o britânico Francis Galton, o norte americano James Cattell e o francês Alfred Binet. Sobre as diferenças individuais no âmbito intelectual, Binet afi rmou que elas residem mais nos processos complexos (raciocínio verbal, quantitativo, etc) do que nos elementares, e que a inteligência pode ser entendida como um conjunto de capacidades e habilidades passíveis de serem estudadas separadamente.

Binet publicou com Simon em 1905 uma Escala Métrica da inteligência, que usava a mensuração da capacidade intelectual da criança em sua relação com a escolaridade, isto é, com o êxito escolar. Essa escala também foi utilizada para orientação acadêmica/profissional do indivíduo e para seleção de pessoal na área militar.

Em sua teoria Piaget (1983) definiu a inteligência como a “solução de um problema novo para o indivíduo, a coordenação de meios para atingir certo fim, que não é acessível de maneira imediata” (p. 216). Rompendo com a perspectiva inatista ele considerava a inteligência possível de ser construída a partir da ação do

sujeito (aprendiz) sobre o objeto do conhecimento, sobre o mundo ao seu redor. Para ele, não é apenas o resultado que importa, mas o processo que levou, por exemplo, um aluno a responder as questões de uma prova de uma determinada maneira e não de outra.

Gardner (2005) afirma que as pessoas possuem capacidades e diferem em suas combinações. Deste modo, as diferentes inteligências são independentes entre si, o que permite uma pessoa se destacar numa área e não necessariamente em outras.

Embora a Teoria das Inteligências Múltiplas tenha gerado grande interesse na área educacional, deve instigar reflexões com o cuidado de não ser utilizada como prescrição ou modelo pronto para a prática de professores ou profissionais de outras áreas do conhecimento. Muito menos se deve rotular um aluno como dotado de apenas uma capacidade de inteligência, sem oferecer-lhe a possibilidade de viver experiências nos mais diversos campos do conhecimento humano. Vale ressaltar também, que esta teoria está muito atrelada à origem biopsicológica dos processos inteligentes, não concedendo, a nosso ver, a devida importância aos elementos da cultura e das interações humanas na compreensão da inteligência.

Criatividade

O ato de criar está presente desde os primórdios da história do Homem. Transformando a natureza, ele foi formando e transformando a si, atribuindo significados aos seus processos internos e ao mundo ao seu redor. Por conseguinte, falar em

criatividade requer reconhecer, como informa Ostrower (1996) que mais “do que homo faber, ser fazedor, o Homem é um ser formador (...) nas perguntas que o homem faz ou nas soluções que encontra, ao agir, ao imaginar, ao sonhar, sempre o homem relaciona e forma” (p. 9). A criatividade é uma das funções psicológicas superiores, usando um termo de Vygotsky (1989), eminentemente humana, intimamente relacionada ao desenvolvimento pessoal, social, científico e cultural de uma sociedade.

Afinal, se o homem não possuísse a capacidade criativa, provavelmente ainda estaríamos longe dos avanços tecnológicos e dos conhecimentos diversos que marcam a nossa época. Neste sentido, a criatividade também se articula com o processo de aprendizagem, especialmente, quanto às idéias do novo, da mudança, do movimento, da dinamicidade, presentes nos atos de aprender e criar. Ao falarmos de criatividade é comum nos lembrarmos imediatamente de figuras ilustres ligadas ao campo da arte e da ciência, como se tal faculdade

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