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PSICOTERAPIA PARA VÍTIMAS PSICOLÓGICAS

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Por:   •  21/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.021 Palavras (17 Páginas)  •  248 Visualizações

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Sumário

1 - PROPOSTA PSICOTERAPÊUTICA PARA VÍTIMAS DO CIÚME PATOLÓGICO 2

2 - AS DEFINIÇÕES DE CIÚME 3

3 - O CIÚME PATOLÓGICO (OU SÍNDROME DE OTELO). 4

4 - E O QUE FAZER PARA ACALMAR O CIÚME DOENTIO? 11

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 12

6 - CASOS VERÍDICOS 13

7 - REFERÊNCIAS 21

1 - PROPOSTA PSICOTERAPÊUTICA PARA VÍTIMAS DO CIÚME PATOLÓGICO

"Os ciumentos sempre olham para tudo com óculos de aumento, os quais engrandecem as coisas pequenas, agigantam os anões e fazem com que as suspeitas pareçam verdades."

(Cervantes).

Entre todos os tipos de ciúme citados na literatura científica, o ciúme romântico, isto é, aquele que ocorre em relacionamentos amorosos, é um dos que tem despertado maior atenção de psicólogos e leigos. Segundo alguns teóricos, ele seria inerente, isto é, constitutivo da natureza humana de maneira com que todos nós seríamos ciumentos em maior ou em menor grau. Todos sentimos ciúme e não somente as pessoas que amam ou as que estão vinculadas afetivo-sexualmente a algum(a) parceiro(a). Ele pode ocorrer em quaisquer tipos de relacionamentos, mas está comumente associado aos relacionamentos amorosos (BRINGLE, 1995).

O ciúme romântico não somente é um dos mais importantes temas que envolvem os relacionamentos humanos, bem como um desafio para muitos destes (CENTEVILLE; ALMEIDA, no prelo). Dentre as mais diferenciadas emoções humanas, o ciúme é uma emoção extremamente comum (KINGHAM; GORDON, 2004). Todos nós cultivamos certo grau de ciúme e alguns especialistas dizem que algum nível de ciúmes é necessário em todo relacionamento. Afinal, quem ama cuida.

O sempre muito discutido e complexo fenômeno denominado “amor” geralmente é

acompanhado de um outro fenômeno relacionado ao ciúme que é o de cuidado, de zelo para com a pessoa amada, concebido enquanto ciúme. Quem verdadeiramente ama, quem quer bem, cuida para que a pessoa amada se sinta realmente bem, acolhida, querida, respeitada. O ciúme normal é uma função que cuida e protege o amor, alertando a consciência sobre seus diferentes estados e limites. Ele faz pensar sobre a beleza, a profundidade, a criatividade e as maravilhas do amor. Logo, todos nós, alguma vez, em um maior ou em um menor grau já o sentimos. As pessoas costumam dizer que o ciúmes é o tempero do amor, aquela pitada que o incrementa, mostrando que o interesse mútuo permanece aceso. O ciúme, então, se configura como um conjunto de emoções desencadeadas por sentimentos de alguma ameaça à estabilidade ou qualidade de um relacionamento íntimo valorizado.

2 - AS DEFINIÇÕES DE CIÚME

As definições de ciúme são muitas, tendo em comum três elementos:

1) ser uma reação frente a uma ameaça percebida;

2) haver um rival real ou imaginário e;

3) a reação visa eliminar e/ou diminuir os riscos da perda do objeto amado.

Para muitos, teóricos da área e para as pessoas em geral, o ciúme é uma manifestação de afeto, zelo ou até mesmo de amor que uma pessoa sente por outra. Contudo, como este desvelo pode variar na interpretação de uma pessoa para a outra, de forma análoga, o ciúme também o variará.

Entre todos os tipos de ciúme citados na literatura científica, o ciúme romântico, isto é, aquele que ocorre em relacionamentos amorosos, é um dos que tem despertado maior atenção de psicólogos e leigos. Segundo alguns teóricos, ele seria constitutivo da natureza humana de maneira com que todos nós seríamos ciumentos em maior ou em menor grau. Ele pode ocorrer em quaisquer tipos de relacionamentos, mas está comumente associado aos relacionamentos amorosos. Portanto, desenvolve-se quando sentimos que nosso parceiro não está tão estreitamente conectado conosco como gostaríamos (ROSSET, 2004). Ainda no tocante ao ciúme, observa-se que a linha divisória entre imaginação, fantasia, crença e certeza freqüentemente se torna vaga e imprecisa. No ciúme as úvidas podem se transformar em idéias supervalorizadas ou francamente delirantes. Depois das idéias de ciúme, a pessoa é compelida à verificação compulsória de suas dúvidas (BALONE, 2004).

Muito tem sido cogitado a respeito desse fenômeno chamado ciúme, que tantas vezes se instala em nós e em quem amamos, e que priva a tranqüilidade, a concórdia e a confiança de nossos relacionamentos que nos são caros. É importante falarmos a respeito de um tema como este porque provavelmente, em algum momento da vida, ou por ele seremos afetados por sentirmos ciúme, ou ainda, porque seremos vitimizados como alvo de uma pessoa ciumenta. Dessa maneira, em algum momento da vida, por nos depararmos com esta possibilidade é necessário sabermos a diferença entre o ciúme considerado ‘normal’ e o ‘patológico’, dentre outras propriedades do ciúme.

3 - O CIÚME PATOLÓGICO (OU SÍNDROME DE OTELO).

O conceito de ciúme mórbido ou patológico, também chamado de Síndrome de Otelo, em referência ao drama shakeasperiano, escrito por volta do ano de 1603, compreende várias emoções e pensamentos irracionais e perturbadores, além de comportamentos inaceitáveis ou bizarros (LEONG et al, 1994). Envolveria muito medo de perder o parceiro para um rival, desconfiança excessiva e infundada, gerando significativo prejuízo no funcionamento pessoal e interpessoal (TODD; DEWHURST, 1955). Esses casos estão cada vez mais acorrendo à clínica, onde casais buscam suporte para sua dinâmica conturbada por esse fenômeno.

O que aparece no ciúme patológico é um grande desejo de controle total sobre os sentimentos e comportamentos do companheiro. Há ainda preocupações excessivas sobre relacionamentos anteriores, isto é, ciúme do passado dos parceiros, as quais podem ocorrer na forma de pensamentos repetitivos, imagens intrusivas e ruminações sem fim sobre fatos de outrora e seus detalhes (CAVALCANTE, 1997). Esses sentimentos envolveriam um medo desproporcional de perder o parceiro para um rival (real atual, ex-parceiros, ou mesmo, rivais

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