Pedagogia Hospitalar

INTRODUÇÃO

Este trabalho pretende compreender,as possíveis funções do pedagogo, visto como um colaborador na aprendizagem das crianças internadas em enfermarias pediátricas assim como compreender a possibilidade de o hospital transformar-se em um ambiente educativo.

Quando a criança chega para ser internada, passa por um processo de adaptação a um ambiente novo e hostil, com o afastamento da família e a quebra de sua rotina diária. Para ela é uma experiência ameaçadora que gera angustia e medos.

Assim o pedagogo hospitalar pode ser um elemento que favoreça a permanência da criança durante seu tempo de internação, tornando-se o mediador entre o hospital e a escola. Compreender como se da essa mediação torna-se relevante na medida em que traz ao pedagogo novos conhecimentos, favorecendo o trabalho nestes espaços de atuação.

A fim de desenvolver o tema proposto, esse estudo teve como ponto de partida a seguinte questão: “É possível pensar o hospital como um espaçoeducacional para as crianças internadas em enfermariaspediátricas? Que formas de educar são possíveis?.”

HIPÓTESE

Tentar definir pedagogia hospitalar poderá nos trazer alguns esclarecimentos quanto à função e possíveis contribuições do professor no hospital. Poderá também nos ajudar a analisar sua formação e sua preparação para atuar com crianças nesse ambiente visivelmente diferente da sala de aula.

Podemos entender pedagogia hospitalar como uma proposta diferenciada da pedagogia tradicional, uma vez que se dá em âmbito hospitalar e que busca construir conhecimentos sobre esse novo contexto de aprendizagem que possam contribuir para o bem-estar da criança enferma.

OBJETIVO GERAL

Com base no exposto este estudo pretende atingir o seguinte objetivo geral:

- Compreenderas diferentes funções desenvolvidas pelo pedagogo hospitalar;

OBJETIVO ESPECÍFICO

Para analisar o objetivo geral, a pesquisa buscará também os seguintes objetivos específicos:

- Observas as práxis do Pedagogo hospitalar;

- Verificar a relevância do trabalho do Pedagogo na classe hospitalar;

- Promover o espaço prazeroso de interação social;

REVISÃO DA LITERATURA

O alunado das classes hospitalares é aquele composto por educandos cuja condição clínica ou cujas exigências de cuidado em saúde interferem na permanência escolar ou nas condições de construção do conhecimento ou, ainda, que impedem a frequência escolar, temporária ou permanente.

O Conselho Nacional de Educação, por meio da Resolução nos 02, de 11/09/2001, define, entre os educandos com necessidades educacionais especiais, aqueles que apresentam dificuldades de acompanhamento das atividades curriculares por condições e limitações específicas de saúde (art.13, §1o e 20o).

A adaptação do ambiente hospitalar para a escola e da escola para o ambiente hospitalar se constitui numa necessidade, bem como uma possibilidade emergente para interação pedagógica em ambiente diferenciado.

Assim, faz-se necessária uma clarificação desta disciplina ainda pouco conhecida. Simancas e Lorente (1990, p.126) fazem uma tentativa de conceituar, propondo:

[...] que se pode entender, por Pedagogia Hospitalar, aquele ramo da pedagogia,cujo objeto de estudo, investigação e dedicação é a situação do estudando hospitalizado, afim de que continue progredindo na aprendizagem cultural, formativa e, muito especialmente quanto ao modo de enfrentar a sua enfermidade, com vistas ao autocuidado e à prevenção de outras possíveis alterações na sua saúde.

De acordo com Verdi (2009) a Pedagogia Hospitalar: ...visa uma melhor compreensão ao atendimento pedagógico-educacional, a crianças e adolescentes hospitalizadas, dadas as suas condições especiais de saúde se encontram impossibilitadas de partilhar as experiências em contexto social, familiar e escolar. (p.165)

Para Paula (2007), a educação nos hospitais representa um “entre lugar”, pois apresenta características da educação formal e não formal: A escola no hospital localiza-se em uma espécie de “entre lugar” na educação, pois faz parte do sistema oficial de ensino e também é espaço de educação não formal, pois necessita de currículos flexíveis, abertos e adequados às necessidades dos alunos.

Ha Lei nº 11.104, de autoria da Deputada Luiza Erundina, que foi promulgada no dia 21 de março de 2005. Esta Lei “dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação”. (BRASIL, 2005). Também possibilita o relacionamento com crianças de várias idades e classes sociais e perceber o lúdico como forma de aprendizagem.

Todavia, essas articulações não estão muito claras para muitos dos professores que estão atuando, pois, ora predominam práticas tradicionais de educação e ora predominam os aspectos lúdicos nos currículos das escolas nos hospitais. (PAULA, 2007.p.1)

Desta maneira, a educação hospitalar abrange esses dois modos de educação. As classes hospitalares são um tipo de educação formal, visto que já