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Processos De Ensinagem

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Por:   •  17/8/2013  •  1.564 Palavras (7 Páginas)  •  544 Visualizações

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1. ENSINAR, APRENDER, APREENDER E PROCESSOS DE ENSINAGEM1

1.1 ENSINAR

Um dos elementos básicos de discussão de ação docente refere-se ao ensinar, ao aprender e ao apreender. Essas ações são muitas vezes consideradas e executadas como ações disjuntas.

Isso advêm de uma idéia errônea de que ensinar é apresentar ou explicar um conteúdo, utilizando-se exposição ou oratória competente.

Sabe-se que no Brasil, desde o início da colonização pelos portugueses, já se utilizava o modelo Jesuítico de ensino, contemplando três passos básicos de uma aula:

a) preleção do conteúdo pelo professor;

b) levantamento de duvidas dos alunos e;

c) exercícios para fixação, cabendo ao aluno a memorização para a prova.

Neste modelo de ensino, o professor fala e o aluno anota e depois memoriza. Tal fato, constitui-se de simples transmissão de informação, elevando o professor como o mantenedor da verdade. Nesta forma de processo, excluem-se as historicidades, os determinantes, a rede teórica e aspectos científicos, sociais e históricos. Os conteúdos ficam soltos, fragmentados.

Ainda no Brasil, é o modelo adotado de ensino.

No entanto, deve-se compreender o que é ensinar.

O verbo ensinar significa marcar com um sinal, que deveria ser de vida, busca e despertar para o conhecimento. Na realidade, na sala de aula, pode ocorrer a compreensão ou não do assunto pretendido. Como outros verbos de ação, ensinar conteêm duas dimensões: a intenção de ensinar e a efetivação dessa meta pretendida. Ou seja, perguntas como: terei cumprido as duas dimensões pretendidas na ação de ensinar? -; devem ser sempre feitas pelo professor a si mesmo.

1.2 APRENDER A APREENDER

O apreender deriva-se do latim aprrehendere, que significa segura, prender, assimilar mentalmente, compreender, agarrar. Não significa em hipótese alguma passividade. É preciso exercitar. Por sua vez, o verbo aprender significa tomar conhecimento, reter na memória mediante estudo, receber a informação.

Com efeito, deve-se questionar qual é a meta que se deseja ao ensinar. Se for de receber a informação, certamente, uma simples exposição oral ou palestra servirá para a transmissão da informação. No entanto, se a meta predispõe apropriação do conhecimento, trata-se de apreender.

Como resultado, a revisão desses conceitos deve ser levada a cabo, pois assistir a uma aula não é apreender por si só, pois a ação de apreender não é passiva.

1.3 PROCESSO DE ENSINAGEM

Diante destas reflexões é que surgiu o termo ensinagem, usado para indicar uma pratica social complexa efetivada entre os sujeitos – professor e aluno; no qual engloba tanto a ação de ensinar quanto a de apreender. Assim, deve-se abandonar o conceito por parte dos professores de simplesmente dizer o conteúdo, e passa-se a estabelecer como meta a compreensão ativa – apreender.

Diz-se que na ensinagem, o processo de ensinar e apreender exige um clima cordial de trabalho entre os sujeitos, para que se possa saborear mais efetivamente o conhecimento em questão. É preciso envolvimento do professor e do aluno também.

Assim, foi proposto um processo no qual o professor é o condutor da auto-atividade do aluno (orientador), sendo desta maneira, um processo em mão dupla. Exigir-se-á tarefas obrigatórias aos dois sujeitos, continuadamente.

Cabe novamente ressaltar que compreender é apreender o significado de um objeto ou de um acontecimento. Exige esforço do aluno em refletir ativamente. Cabe ao professor, melhorar-se e utilizar-se das melhores estratégias para conseguir este intento. É claro, que o professor deve também adaptar-se ao projeto Político-pedagógico.

Ainda dentro deste contexto de aprendizagem, observa-se que a mesma depende tanto do sujeito quanto do objeto de apreensão. Por isso a apredizagem não é sempre igual em todos os casos. Muitos processos seguem por imitação de um modelo, por repetição, por ensaio e erro ou descoberta.

Existe uma relação entre o processo de apreensão e o tipo de conteúdo trabalhado. São eles:

a) os conteúdos factuais;

b) os conteúdos procedimentais;

c) os conteúdos atitudinais;

d) e a aprendizagem de conceitos.

1.4 PROCESSO DE ENSINAGEM: O MOVIMENTO NECESSÁRIO

Conforme citado anteriormente, o modelo Jesuítico baseava-se em processo de ensino estruturado em passos seguidos, visando ao alcance do conceito final, ou símbolo a ser abstraído. Esse símbolo, após memorizado pelo aluno, era verificado na hora da prova.

Pela proposta atual, no processo de ensinagem a ação de ensinar está diretamente relacionada à ação de apreender, tendo como meta a apropriação tanto do conteúdo quanto do processo

1.5 O MOVIMENTO E O METODO DIALETICO: BREVE INCURSÃO

A discussão do pensar humano precisa considerar uma diferenciação na lógica que vem fundamentando historicamente a ciência e seu avanço. Se a ciência é explicitada por uma teoria filosófica e se o conhecimento gerado é derivado dela, é preciso ter clara essa lógica. Ela vai fundamentar e direcionar o contudo que por sua vez ira interferir na organização u na forma de apropriação do conhecimento.

Observa-se que os filósofos gregos formularam certo numero de regras universais, que o pensamento devia seguir em todas as circunstancias, para evitar erros. O conjunto destas regras chamou-se lógica. Pode-se compreender que a lógica formal, sem ser falsa em sentido absoluto, é um atitude que apreende parcialmente a realidade efetiva dos processos objetivos, submetendo-os a condições restritivas, não aceitado a totalidade dos elementos cognoscitivos que constituem seu conteúdo, e impo-lhes distorções que os desfiguram.

Segundo descrições, a crise da lógica formal como única lógica possível para explicar a estrutura do raciocínio se deu não somente pelo pregresso da filosofia, ma também pelo próprio desenvolvimento da ciência, que incluindo conceitos de transformação, de organização crescente e a idéia de tempo, exigiu a construção de novos conceitos que extrapolaram a área da lógica tradicional.

Quando a lógica que fundamenta a visão do ensinar é a formal,

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