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Psicologia Da Aprendizagem

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Por:   •  11/12/2013  •  2.456 Palavras (10 Páginas)  •  343 Visualizações

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Surgimento do Crioulo no Brasil

Tudo começou a partir do momento em que Cabral desviou sua esquadra que navegava pelo oceano Atlântico na costa da África a caminho das índias, no intuito de descobrir terras virgens e desconhecidas é que tudo se inicia.

O pau-brasil é que motivou os portugueses a explorar as novas terras, mas a primeira atividade econômica que de fato gerou lucro a Coroa Portuguesa foram os engenhos de açúcar, cenário este de grandes latifúndios, terras férteis que contribuíram muito para que a atividade açucareira ou o produto extraído dela se tornasse a principal mercadoria do comercio internacional.

A feição crioula nasce em torno da economia açucareira, rende muitos lucros, outras atividades econômicas menores paralelas a elas surgem, como tabaco, cachaça, rapadura, cacau, mais tráfico negreiros e escravização.

Por que os negros? Os negros já tinham um histórico de escravização, muitas tribos africanas escravizavam umas as outras, os índios nesse sentido levavam vantagem dos negros apesar de ingênuos foi mais fácil oferecer-lhe quinquilharias, ou seja, escambo, no entanto conheciam a mata muito bem, era trabalhoso capturá-lo, ao contrário do negro que tão logo o capitão do mato sabia da fuga de um escravo ele o encontrava nas imediações das casas de engenho, das senzalas ou próximo à casa grande, e para impor disciplina aos demais escravos o rebeldes eram levados ate o pelourinho eram amarrado ao tronco e chicoteados. Portanto essa era a principal relação senhores de engenho e escravos. A polaridade social básica dessa economia era o senhor de engenho que se abrasileirava em seus hábitos da mesma forma o negro e o índio sobre o seu domínio.

Mesmo com o surgimento das cidades, a economia permanecia agrária até o advento de uma nova tecnologia, surge à revolução industrial na Europa e meio que tardia no Brasil, as novas exigências do capital já não admitia uma sociedade escravocrata e um regime escravista, o novo regime econômico global capitalista exigia mão-de-obra livre, remunerada inclusive e mercado consumidor de seus produtos, no caso, a maior potencia industrial à época a Inglaterra. E assim colocando uma obsolescência na cultura crioula tradicional.

Novas concepções ideológicas surgem motivadas pela concentração e o declínio do sistema de colônia em meio a nova tecnologia e novos meios de produção, em virtude do êxodo rural, ocasionados pela revolução industrial, toda sorte de pobreza e miséria também, o desenvolvimento tecnológico das indústrias não se repetiram da mesma forma no crescimento das cidades, surgindo assim, guetos e favelas, a segregação espacial.

Assim se dá o processo de formação sócio histórica do crioulo no Brasil, inicialmente em torno de uma economia agrária exportadora escravista que influenciou todo um processo de formação da nossa língua portuguesa com certas diferenças, pois há também muita influência indígena, assim como no processo de miscigenação, o indígena e o europeu contribuíram para uma serie de outras características na formação do crioulo.

Crioulo era, originalmente, o filho do europeu ou africano nascido na América ou o filho de casamento inter-racial em que um dos pais era espanhol ou português(os filhos de casamentos entre portugueses não eram chamados crioulos).

No Brasil do século XIX e anterior, chamava-se de crioulos os escravos não-mestiços que tinham nascido na terra, diferenciando-os daqueles nascidos na África. Os escravos africanos que sabiam falar português e conheciam os costumes brasileiros, eram chamados de "negros ladinos" (derivado de latinos, mas já com a conotação de esperto). Escravos africanos que desconheciam a língua portuguesa e os costumes da nova terra eram denominados "negros boçais". Certamente, este tom pejorativo contaminou posteriormente o significado de crioulo. Em geral, os escravos mestiços eram apenas chamados de mulatos, já subentendendo-se que sabiam falar português ‘

Condições atuais do negro no Brasil

Fatos ocorridos há mais de 500 anos ainda têm reflexo na nossa sociedade nos dias de hoje. Ainda é possível ver os reflexos da história de desigualdade e exploração da população negra. Eles sofrem com o racismo e com frequência são vítimas de humilhações de várias formas na sociedade

De acordo com o IBGE, no ano de 2010"o Brasil contava com uma população de quase 191 milhões de habitantes, dos quais cerca de 15 milhões se declararam como pretos (7,6% do total) e 82 milhões como pardos (43,1% do total)". Somadas, essas duas parcelas da população representam aproximadamente metade do total dos brasileiros. Ou seja, não é exagero afirmar que metade dos habitantes do Brasil são, em alguma medida, descendentes de etnias africanas e possivelmente de antigos escravos.

No entanto, a necessidade atual de cotas raciais e outras ações afirmativas podem indicar que os melhores empregos, cargos públicos e oportunidades de formação ainda não são distribuídos de forma proporcional entre a população branca e negra. Por exemplo, ainda de acordo com dados do Censo 2010, os brancos dominam o mercado de trabalho qualificado e o acesso ao ensino superior: aproximadamente 31% da população branca frequentavam a universidade; para pardos e negros, os percentuais são de apenas 13,4% e 12,8%,respectivamente.

De certa forma, ainda que a escravidão já tenha sido abolida há muito tempo, seus reflexos ainda podem ser percebidos pelas diferenças sociais significativas em um país absolutamente miscigenado.

Os negros são a maioria dos analfabetos, dos menores salários, nas prisões, nas favelas e nos subempregos e sãoainda minoria nas faculdades, entre os empresários, os governantes, mídia e cargos superiores.

Existem ainda hoje comunidades quilombolas em pelo menos 24 estados do Brasil: Amazonas, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

As comunidades remanescentes de quilombos são espaços habitados secularmente por descendentes de mulheres e homens escravizados, exescravizados e também de negros livres. Contudo, só a partir da década de 1980, deixaram de ser vistas como comunidades pretéritas, devido a ações políticas dos movimentos sociais negros. O marco legal, relativo a essas comunidades, se estabeleceu na Constituição Federal de 1988, no Artigo 68, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. A presença legalmente instituída levou a

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