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Psicologia Da Aprendizagem

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Por:   •  11/11/2014  •  6.572 Palavras (27 Páginas)  •  417 Visualizações

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CURSO DE PEDAGOGIA

DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM

Profª. Dra. Lavínia L. S. Magolino

ROTEIRO DE ESTUDO: Emilia Ferreiro

Albert Bandura

Howard Gardner

Jerome Bruner

Michael Cole

São Paulo

Maio/2014

Emilia Ferreiro

Emília Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, cujo trabalho é epistemologia genética (desenvolvimento natural da criança). Em 1974 Emília desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças, que deu origem em Psicogênese da Língua Escrita, com parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky , publicado em 1979. Sua mais importante obra “ Psicogênese da Língua Escrita” não apresenta nenhum método pedagógico mas revela os processos de aprendizagem da criança, levando a entender que puseram em questão os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita. Emília tornou-se referência para o ensino brasileiro e seu nome passou a ser ligado ao construtivismo, modo em que a criança aprende. Emília chegou à conclusão de que as crianças têm um papel ativo de aprendizagem. Elas constroem seu próprio conhecimento. Segundo ela, a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, na escola ou fora dela. No processo de aprendizagem a criança passa por etapas com avanços e recuos, até dominar o código linguístico. O tempo para o aluno transpor cada uma das etapas é bem variado. Duas consequências importantes a serem respeitadas em sala de aula é respeitar a evolução de cada criança e compreender que o desempenho mais vagaroso não significa que a mesma seja menos inteligente. A aprendizagem não é provocada pela escola, mas pela própria mente das crianças, elas chegam a seu primeiro dia de aula com conhecimento. O processo inicial é considerado em função da relação entre método utilizado e o estado de maturidade ou de prontidão da criança. As dificuldades que a criança enfrenta, são dificuldades conceituadas a respeito da construção do sistema e pode-se dizer que as crianças reinventam esse sistema. Não é reinventar as letras ou números, mas compreende-se o processo de construção e suas regras de produção.

De acordo com a teoria exposta em Psicogênese da Língua Escrita, toda criança passa por quatro fases até sua alfabetização:

• pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;

• silábica: interpreta de sua maneira, atribuindo valor a cada sílaba;

• silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de cada silaba;

• alfabética: domina o valor das letras e sílabas.

O processo de conhecimento da criança deve ser gradual dependendo de sua assimilação e de uma re-acomodação dos esquemas internos, que necessariamente levam tempo. É por utilizar esse sistema e não repetir o que ouvem, que as crianças interpretam o ensino que recebem. Nada mais revelador do funcionamento da mente de um aluno do que seus supostos erros, porque evidenciam como ele releu o conteúdo aprendido. Emília critica a alfabetização tradicional, porque a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de avaliação de percepção e motricidade (coordenação) e o peso para o aspecto externo da escrita é excessivo, deixando de lado suas características como a compreensão da escrita e sua organização. Seguindo esse raciocínio o contato da criança com a organização da escrita é adiado para quando ela for capaz de ler as palavras isoladas, embora a relação com os textos inteiros sejam enriquecidas. Portanto a alfabetização também é uma forma de se apropriar das funções sociais da escrita. Segundo Emilia “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente social. Mas as práticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças.” Atualmente os professores definem o processo de alfabetização como sinônimo de uma técnica. Entretanto no processo de alfabetização inicial, nem sempre esses critérios são utilizados. Os professores ensinam da mesma maneira como aprenderam quando eram alunos, e não aceitam os erros que seus alunos cometem. A autora defende, que de todos os grupos as crianças são as mais fáceis de alfabetizar e estão em processo continuo de aprendizagem, enquanto os adultos já têm formas de conhecimento mais difíceis de modificar, ressalta. Tradicionalmente, as decisões a respeito da prática alfabetizadora tem como foco a polêmica sobre os métodos utilizados. A metodologia normalmente utilizado pelos professores parte daquilo que é mais simples, passando para o mais complexo. Para Ferreiro & Teberosky a preocupação dos educadores tem-se voltado para a busca do melhor ou do mais eficaz dos métodos, levando a uma polêmica entre dois tipos fundamentais: método sintético e método analítico. O método sintético preserva a correspondência entre o oral e o escrito, entre som e a grafia. O que se destaca é o processo que consiste em partir das partes do todo, sendo as letras os elementos mínimos da escrita. O método analítico insiste no reconhecimento global das palavras ou orações. Então para Emília Ferreiro, o que seria correto é interrogar: “ através de que tipo de prática a criança é introduzida na linguagem escrita, e como apresenta esse objeto no contexto escolar?” Existem práticas que levam a criança à convicção de que o conhecimento é algo que os outros possuem e que só se pode adquirir destes, deixando assim de ser participante da construção. Algumas práticas levam a pensar que o que existe para conhecer já foi estabelecido, como um conjunto de coisas que não serão modificadas e fazem com que a criança fique sem a prática do conhecimento, como receptor daquilo que o professor ensina. Ainda para Emilia ”nenhuma

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