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Psicologia Institucional - Resumos De Focault E Bleger

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Por:   •  22/11/2014  •  5.327 Palavras (22 Páginas)  •  742 Visualizações

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> Os recursos para o bom adestramento

Disciplina para adestrar, para retirar e se apropriar ainda mais e melhor. O bom adestramento procura ligar e multiplicar as forças e utiliza-las num todo.

A disciplina fabrica indivíduos. É a técnica específica de um poder que toma os indivíduos ao mesmo tempo como objetos e como instrumentos de seu exercício.

O bom adestramento é um poder modesto, calculado e permanente. E são estes pequenos poderes que vão modificar os mecanismos e impor os seus processos nos majestosos poderes soberanos (formas maiores de poder).

O sucesso do poder disciplinar se deve ao uso de instrumentos simples: o exame.

Exame= olhar hierárquico + sansão normalizadora.

Vigilância hierárquica

Técnicas de vigilância múltiplas e entrecruzadas, dos olhares que devem ver sem ser vistos;

Arte obscura do visível que preparou um novo saber sobre o homem, através de técnicas para sujeitá-lo e processos para utilizá-lo.

O modelo quase ideal destes observatórios é o acampamento militar. Poder que deve ter mais intensidade, mas também mais discrição, por se exercer sobre homens de armas.

No acampamento perfeito todo o poder seria exercido somente pelo jogo de uma vigilância exata; e cada olhar seria uma peça no funcionamento global do poder (rede dos olhares que controlam uns aos outros).

Visibilidade geral, o encaixamento espacial das vigilâncias hierarquizadas. Para permitir um controle interior, articulado e detalhado para tornar visíveis os que nela se encontram.

O próprio edifício da escola devia ser um aparelho para vigiar, escola militar como um operador de adestramento.

As instituições disciplinares produziram uma maquinaria de controle que funcionou como um microscópio do comportamento, um aparelho de observação, de registros e de treinamento.

Edifícios dispostos em círculos, o aparelho disciplinar perfeito, um único olhar tudo veria permanentemente, estas arquiteturas exprimiam certa utopia política.

Olhar disciplinar teve necessidade de escala e melhor que o círculo seria a pirâmide que atenderia duas exigências: especificar a vigilância (formar uma rede sem lacuna para melhor controlar) e torná-la funcional (não pesando sobre ela).

A vigilância torna-se um operador econômico decisivo, na medida em que é ao mesmo tempo uma peça interna no aparelho de produção e uma engrenagem específica do poder disciplinar. Mesmo movimento na reorganização do ensino elementar; especificação da vigilância e integração à relação pedagógica (muito mais de fiscalização do que de função pedagógica).

"Os observadores faziam um papel de dedo duro"

Decuriões= fiscalizam e também orientam pedagogicamente, fiscalização definida e regulada.

Temos aí o esboço de uma instituição tipo escola mútua em que estão integrados no interior de um dispositivo único três procedimentos: o ensino, a aquisição de conhecimentos e uma observação recíproca e hierarquizada.

Uma relação de fiscalização, definida e regulada, está inserida na essência da prática do ensino como um mecanismo que lhe é inerente que multiplica sua eficiência.

O poder disciplinar torna-se um sistema integrado graças a vigilância hierarquizada ( do interior à economia a aos fins dos dispositivos onde é exercido).

> Organiza-se como um poder múltiplo, automático e anônimo. Seu funcionamento é de uma rede de relações de alto a baixo, mas de certa forma também de baixo para cima e lateralmente. Esta rede sustenta o conjunto, os efeitos de poder se apoiam uns sobre os outros ( fiscais perpetuamente fiscalizados).

> O poder na vigilância hierarquizada das disciplinas funciona como uma máquina.

> A organização piramidal conta chefe mas é o aparelho inteiro que produz poder e distribui os indivíduos neste campo permanente e contínuo. O que permite ao poder disciplinar ser absolutamente indiscreto porque está em toda parte e sempre alerta. Controla continuamente os que estão encarregados de controlar é absolutamente ”discreto" porque funciona permanentemente e em grande parte em silêncio.

> A disciplina faz funcionar um poder relacional que se auto sustenta por seus próprios mecanismos ( jogo ininterrupto dos olhares calculados).

> Graças as técnicas de vigência o poder é em aparência menos corporal por ser mais sabiamente físico ( o domínio sobre o corpo se efetuam segundo as leis da ótica e da mecânica).

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> SANÇÃO NORMALIZADORA

> Disciplina, reprodução sem questionamento do que está por trás.

> Na essência de todos os sistemas disciplinares, funciona um pequeno mecanismo penal. É beneficiado por uma espécie de privilégio de justiça, com suas leis próprias, seus delitos especificados, suas formas particulares de sanção, suas instâncias de julgamento.

> Na oficina, na escola, no exército funciona como repressora toda uma micropenalidade do tempo, da atividade, da maneira de ser, dos discursos, da sexualidade, do corpo. Ao mesmo tempo é utilizada como meio de punição, toda uma série de processos sutis, que vão do castigo físico leve a privações ligeiras e as pequenas humilhações. Levando ao extremo, que tudo possa servir para punir a mínima coisa que cada indivíduo se encontre preso numa universalidade punível - punidora.

O que pertence a à penalidade disciplinar é a inobservância, tudo o que está inadequado a regra, tudo o que se afasta dela, os desvios.

O castigo disciplinar tem a função de reduzir os desvios. Deve, portanto, ser essencialmente corretivo.

A punição, na disciplina não passa de um elemento de um sistema duplo: gratificação-sanção. E é este sistema que se torna operante no processo de treinamento e de correção (O professor deve evitar o castigo e aplicar mais recompensas para incitar os preguiçosos e não incitar o receio pelo o castigo).

A divisão segundo as classificações ou os graus tem um duplo papel: marcar os desvios, hierarquizar as qualidades, as competências a as aptidões, mas também castigar e recompensar. A disciplina recompensa unicamente pelo jogo das promoções que permitem hierarquias e lugares; pune rebaixando e degradando.

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