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Psicologia comparada consciência Homem x animais

Por:   •  13/6/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.469 Palavras (14 Páginas)  •  230 Visualizações

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CAMPUS: SÃO GONÇALO

CURSO: PSICOLOGIA

PSICOLOGIA COMPARADA

TEMA: Psicologia evolucionista de Darwin na questão da consciência animal x consciência humana

Professora: Márcia Oliveira

Alunas: Andreia Damas (600720564) e Marta Pacheco (600762507)

Introdução

O trabalho mais conhecido de Charles Darwin é a Origem das espécies (1859). No entanto, nesta obra ele não lidou com o homem. Ele fez isso em duas outras obras: The descent of man (1871) e The expression of emotions in man and animals (1872). O objetivo deste trabalho é fazer comparação do homem com animal à luz das teorias de Darwin entre outros, sobre a consciência do animal comparada a do homem.

A analise da origem das espécies mostra que Darwin apresentou como principal meio de modificações das espécies é a Seleção Natural, que nos leva a pensar na natureza humana e animal em suas adaptações e o uso da consciência principalmente para a sobrevivência, ou seja, tudo nos leva a sobreviver da melhor maneira possível.

Psicologia Evolucionista

Propõem-se uma etologia cognitiva que centra-se no estudo de que embora possa se dizer que os animais possuem consciência no sentido de que se dão conta de eventos internos e externos, não se tem como chegar ao exato conhecimento deste conteúdo. Os limites das tentativas de entendimentos da consciência têm como base traduções perceptuais, em analogias antropomórficas e em critérios comportamentais.

Segundo pesquisas sobre a psicologia evolucionista que surgiu na década de 1980, apresenta uma abordagem mais modular como motor e alicerce, que propõem noções de comportamentos de expansão adaptativas.

Os argumentos centrais da psicologia evolucionista são mecanismos mentais que possuem um substrato fisiológico (ativações neurais), comportamentos proporcionam maiores vantagens adaptativas, comportamentos ocorrem em função dos mecanismos mentais, e que a seleção natural proporciona modificações na fisiologia dos organismos ao longo do tempo, a seleção natural foi e é responsável por modular nossa mente. Assim os argumentos sugerem principalmente mecanismos mentais que em algum momento de nossa historia filogenética em funções adaptativas. ( Tooby & Cosmides, 1992).

Consciência Humana e Animal

Não há nada que seja tão claro quanto o fato de termos consciência. Köhler (1929/1947) propunha que a psicologia, como outras ciências, tomasse como ponto de partida “o mundo tal como o encontramos, ingenuamente e sem críticas.” (p.7). Mas no caso de Köhler (redigindo os primeiros parágrafos do seu livro Gestalt Psychology) a um mundo que interage com todos hora somos figura hora somos fundo.

O caráter indubitável de estar consciente fez com que, durante muito tempo a psicologia se definisse como a ciência dos fenômenos consciente e tornou natural que, ao considerar os animais como objeto de pesquisa, fosse efetuada a tentativa de entender-lhes a consciência, mais ainda quando a teoria darwinista trazer argumentos a favor da continuidade entre animais e o ser humano. Um olhar espontâneo dirigido aos animais pode mostrá-los semelhantes a nós, inclusive nas características subjetivas. Dawin (1871) escreve com certa paixão: “... o homem e os animais superiores têm todos os mesmos sentidos, as mesmas intuições e as mesmas sensações, têm paixões, afetos e emoções similares, até mesmo os mais complexos como ciúmes, a suspeita, a emulação, a gratidão e a magnanimidade: eles enganam e se vingam; têm às vezes o senso do ridículo e até um senso de humor; sente espanto e curiosidade; possuem as mesmas faculdades de imitação, atenção deliberação, escolha, memória, imaginação, associação de ideias e raciocínio, embora em graus muito diferentes.” (p.87).

Os animais que tinham sido “privados de sua mente” (Rollin, 1990) parece que a recebem agora de volta. No bojo da corrente cognitiva, talvez baseadas em seu sucesso, surgem propostas de se considerar que os animais têm pensamentos e sentimentos conscientes. Estamos de volta ao senso comum, mas também às ideias dos psicólogos comparativos da virada do século.

O retorno da mente deu-se, de maneira mais explicativa, através de proposta de Griffin (1976, 1984, 1986, 1991) conhecido pela sua descoberta dos mecanismos de localização de presa através da produção de vocalizações ultrassônicas (sonar) em morcegos (Griffin, 1958). A etologia cognitiva, designação dada por Griffin, vai além de postular a existência de cognição animal, defende que a consciência enquanto tal seja objeto de pesquisa.

Uma abordagem promissora para Griffin consiste em perguntar-se se animais podem ter pensamentos relativamente simples acerca das coisas que, para eles, têm importância. Diante da ameaça de um predador, será que um animal algo mais ou menos assim: se este bicho me pegar, vai me ferir? Ou será que o animal faminto pensa a respeito do gosto de um alimento particular? (1991,p.5).Bekoff e Jamieson (1990) colocam, mais explicitamente ainda, a possibilidade de um observador humano colocar-se no lugar do animal: “bons etologos tentam estudar os animais sem os vieses ideológicos do positivismo e do behaviorismo, duas perspectivas que têm por conseqüência reforçar a crença na singularidade da espécie humana. Dão este passo imaginando-se dentro da mente de seus animais, levando a sério perguntas sobre o que é ser um morcego, um coité ou um camundongos silvestre.”(p.157).

O que é ser um morcego? O morcego é um objeto instigante de reflexão por diferir tanto de nós, animais visuais, na maneira de orientar-se no espaço; através do eco, quando no escuro. O uso de um sistema sensorial tão exótico e especializado coloca a questão da discrepância entre consciência, a nossa, humana e a do morcego e a da possibilidade de transposição. O que é ser morcego (What is Like to be a bat?) também é título de um artigo clássico em que Nagel (1974) estuda a possibilidade de referir-se aos conteúdos de consciência em termos das ciências objetivas, como física. É uma convergência propicia que o morcego seja objeto de reflexão tanto para ecólogo quanto para o físico e o filosofo.

Examinado aqui o valor e os limites da consciência enquanto conceito para ciência do comportamento animal. Pode-se estudar a consciência animal? A resposta depende, é claro, do modo como se define consciência. Tomando a posição de Griffin a este respeito como ponto de partida. Tenta-se mostrar que, embora seja plausível que os animais possuam consciência, no sentido de dar-se conta de eventos no ambiente e seus afetos, não é possível chegar a um conhecimento dos conteúdos desta consciência. As tentativas de se “espiar dentro da consciência animal”, traduzindo suas possíveis percepções em percepções humanas, só levam a metáforas. A dificuldade em captarmos o que passa pela cabeça de um animal é análoga à que nos impede de conhecer a exata qualidade do pensamento ou emoções de outro ser humano. As características subjetivas da mente, as qualia, escapam ao conhecimento alheio, permanecem no foro intimo, num mistério tal que, alguns filósofos até acham mais cômodos dispensar com conceitos de vez.

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