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Psicologia e políticas públicas: violência e direitos humanos

Por:   •  25/11/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.678 Palavras (11 Páginas)  •  268 Visualizações

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Psicologia e políticas públicas: violência e direitos humanos

Ester arantes

No Brasil Colônia não existia a categoria universal de criança.

Não existiam as condições para se pensar que crianças indígenas, africanas e portuguesas compartilhassem uma mesma natureza humana. As crianças indígenas e escravas possuíam status inferior, não sendo consideradas propriamente humanas. Os órfãos e os expostos eram recolhidos em estabelecimentos apropriados.

Categorias de gente considerada problema e desqualificada, classe última da sociedade: Mendigos, Vagabundos,

 Ébrios, estrangeiros vadios, Prostitutas, Turbulentos, Jogadores.

O sistema caritativo só se ocupava dos órfãos e expostos. Só se utilizava o termo “menor” se uma infração era cometida por uma criança com discernimento. As prisões eram PUNITIVAS: Imundas, Fétidas, Insalubres.

Crueldade nas penas: degredo, galés, morte. Aguardavam a morte, a deportação ou trabalhos forçados.

Ao abolir a crueldade das penas e passar a ser privação de liberdade, os condenados poderiam ficar por 10, 30 anos ou pelo resto da vida  “Escola do crime”. Os menores criminosos ficavam separados dos adultos, bem como as mulheres dos homens. Os escravos recebiam quatrocentas chibatadas  praticamente era a pena de morte.

Existiam as crianças: Filhos de família  crianças livres, ricas. Indígenas  ficavam nas tribos ou nos colégios dos jesuítas. Negras escravas  tinham um dono. E as crianças livres, que não eram órfãs, nem criminosas, que eram, apenas pobres? O que fazer? Menores abandonados, pedintes  seriam criminosos.

Alfredo Wagner

Fanon, em 1960:

“Os dominados não têm direito ao ódio?  “Os dominados não têm direito à violência?”

Os colonizados só conseguem se libertar do jugo e da dominação se tiverem capacidade de odiar, de se contrapor à violência que é colocada sobre eles.

Bourdieu:

“Para quem?”O sujeito da ação deveria ser identificado. Ex.: A avó que coloca, em água fervente, a mão da neta que a roubou.

Foucault: Não se mata com a guilhotina, com a forca, mas se mata sempre com uma cápsula, uma forma que parece que não tem violência na morte e isso nos faz habituar com essa ideia de morte, é como se isso fosse retirar dela a violência e tudo fica sendo violência simbólica. Há uma eufemização da violência física, uma ilusão de que se não comete violência. A violência é um regulador da relação. O ódio é uma forma de defesa para que as identidades coletivas pudessem e possam continuar a ser mantidas até os dias de hoje.

Ednaldo Pereira - Objetivo: captar o entendimento dos profissionais sobre o significado e a importância dos direitos humanos em relação à formação do psicólogo. Há uma sensibilização para os direitos humanos, mas é uma sensibilização que não leva à ação. Os direitos humanos são para as pessoas e a Psicologia estuda os indivíduos. Se os direitos são negligenciados, pode haver consequências para os indivíduos.

Reflexões sobre a inclusão dos direitos humanos no curso de Psicologia.

Temas ligados aos Direitos Humanos: Abuso e exploração infanto-juvenil, Violência doméstica, Violência no campo, Homofobia, Pessoas com necessidades especiais, Lesbofobia, Pessoas com necessidades especiais, Racismos, Discriminação, Preconceito, Assédio sexual e moral, Violência contra a pessoas idosas, Tráfico de seres humanos, Acessibilidade e educação inclusiva, etc, Conclusão É importante o fortalecimento da luta pela inclusão da disciplina Direitos Humanos no curso de Psicologia.

CRISTIANE BARRETO NAPOLI - Ser adolescente, hoje, configura-se como uma arriscada travessia. A violência urbana é a maior causa de danos e perdas irreversíveis de vida adolescentes. Quais as ofertas políticas que são destinadas aos jovens no Brasil?

Sobre as prisões - Mistura de condenados constitui uma fábrica, um exército de inimigos. Atrai a delinquência. A prisão fabrica aqueles que a mesma justiça mandará prender. O Estatuto da Criança e do Adolescente contém ordem rígida ineficaz. Os Centros de Internação são reinos das precariedades absolutas, de situações e estruturas físicas, das superlotações, dos abusos e descasos, algumas vezes com propostas bem-intencionadas.

Atuação da Psicologia - Criar alguma coisa com os adolescentes que os fixe em algo..., pois a soltura pode ser, simplesmente, colocá-los na “boca do precipício”. Dar espaço ao aprendizado de alguma coisa com o adolescente.

Psicologia e políticas públicas voltadas ao uso de álcool e drogas

Rose da Rocha MayeR - Tomando a saúde como qualidade de vida, pode-se considerar que, nem todos os trabalhadores em Saúde estão na Saúde, mas contribuem com ela. “A pessoa que usa drogas não está necessariamente procurando tratamento quando faz contato com o trabalhador de saúde e é muito importante que os dois se deem conta disso”.

Diálogo infrutífero: Usuário: “Quero parar de usar drogas”. Profissional: “Vamos resolver seu problema”.

O que fazer: Processo de troca entre o trabalhador e a pessoa que usa drogas. Psicologias, a pluralidade.                                 Três principais teorias: a cognitivo-comportamental, a de base psicanalítica e a de base transpessoal. Essa figura foi retirada da gestalt que serve para muitas dimensões. Uma das dimensões é pensar na realidade, porque nunca se enxerga tudo.

Uso de drogas como sintoma social

Existe um contexto, um sujeito e um produto.

Contexto: questão da legalidade, da ilegalidade, da proibição, da liberação.

Relação: um sujeito que se sente impotente, incapaz e um produto cheio de força e poder.

Resultado: um recurso de alívio e de sentido de existir, um alívio do mal-estar.

O que fazer:

A criatividade, os outros prazeres, por exemplo, que a cultura nos oferece, a interinstitucionalidade e articulação em rede.

De uma organização do trabalho hierárquica e burocrática para uma organização mais horizontal entre equipes e entre saberes.

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