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Psicopedagogia

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Por:   •  23/7/2013  •  6.253 Palavras (26 Páginas)  •  1.673 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

PRÓ-REITORIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional

Clairton Rocha Barbosa

A INDISCIPLINA NAS SALAS DE AULAS SOB O PONTO DE VISTA DA PSICOPEDAGOGIA

FORTALEZA

2010

Clairton Rocha Barbosa

A INDISCIPLINA NAS SALAS DE AULAS SOB O PONTO DE VISTA DA PSICOPEDAGOGIA

Artigo Científico apresentado à Universidade Estadual Vale do Acaraú como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional.

Orientadora: Profa. Esp. Josefa Maria Rosendo Tavares Severiano.

Fortaleza, 2010

Artigo Científico apresentado à Universidade Estadual Vale do Acaraú como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional.

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Clairton Rocha Barbosa

Artigo Científico aprovado em ____ /11/2010.

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Orientadora: Professora Josefa Maria Rosendo Tavares Severiano (Especialista)

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1º Examinador

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2º Examinador

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3º Examinador

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Coordenadora

A INDISCIPLINA NAS SALAS DE AULAS SOB O PONTO DE VISTA DA PSICOPEDAGOGIA

Clairton Rocha Barbosa

Josefa Maria Rosendo Tavares Severiano

RESUMO

O presente artigo traz um tema bastante pertinente aos dias de hoje, tendo em vista que é corriqueiro ouvir reclamações por parte dos professores acerca da indisciplina de determinados alunos, e por não conseguirem contornar esse problema. Assim, tendo em vista esse problema que persiste durante toda a história escolar, sendo agravada nos dias de hoje, pergunta-se: Como a indisciplina nas salas de aulas pode ser reduzida, sob o ponto de vista da Psicopedagogia? Nesse contexto tem como objetivo geral analisar, sob o ponto de vista da Psicopedagogia, como a indisciplina em salas de aulas pode ser reduzida de forma a facilitar o cotidiano dos educadores, e assim, melhorar a aprendizagem dos alunos. E como objetivos específicos: verificar a diferença entre autoridade e autoritarismo; averiguar a importância de conhecer as perspectivas do aluno; estudar sobre a importância da relação professor x aluno x família. Para responder ao problema levantado e alcançar os objetivos traçados, utilizou-se como metodologia uma pesquisa bibliográfica em livros, revistas, artigos, e sites especializados no assunto. Ao final pode-se concluir que a melhor forma de lidar com a indisciplina escolar é a prevenção, desenvolvendo um espaço escolar harmônico, onde impere a democracia, cultivando-se o diálogo e a afetividade.

Palavras-Chave: Indisciplina. Escola. Aluno. Criança. Sala de aula.

1 INTRODUÇÃO

Os problemas com a indisciplina de alunos em sala de aula consistem em uma realidade do cotidiano de todas as escolas, seja ela pública ou privada, importunando todo o corpo docente da mesma.

É corriqueiro ouvir reclamações de professores quanto à indisciplina de alguns alunos, que são vistos como perturbadores e complicadores, fazendo com que muitos desistam da profissão. Para muitos, esse é o aspecto mais difícil para quem leciona mesmo os professores mais experientes possuem dificuldade em controlar uma sala de aula.

Desta forma, esta pesquisa terá a seguinte questão problema: como a indisciplina nas salas de aulas pode ser reduzida, sob o ponto de vista da Psicopedagogia?

Nesse contexto tem como objetivo geral analisar, sob o ponto de vista da Psicopedagogia, como a indisciplina em salas de aulas pode ser reduzida de forma a facilitar o cotidiano dos educadores, e assim, melhorar a aprendizagem dos alunos. E como objetivos específicos: verificar a diferença entre autoridade e autoritarismo; averiguar a importância de conhecer as perspectivas do aluno; estudar sobre a importância da relação professor x aluno x família.

É notável que a indisciplina em sala de aula, traz um misto de sentimentos aos professores, como preocupação, impaciência, indignação, incapacidade, entre outros. Muitos professores afirmam que o comportamento apresentado por certos alunos prejudica de forma excessiva o andamento do trabalho pedagógico desenvolvido em sala de aula. Os prejuízos expostos pela maioria consistem em barulhos excessivos, a não realização dos exercícios propostos para a sala ou casa, a desobediência, sem falar, que a indisciplina de um aluno, pode influenciar aos demais, criando um clima de total descontrole.

A sala de aula pode representar um local pouco reforçador para um aluno com maus resultados, com poucos amigos, ou que se sinta desprezado pelo educador. Se este fator for modificado, através de estímulos positivos, fará com que a vida do mesmo mude completamente.

Assim, este estudo se faz relevante para que se entenda os motivos que levam à indisciplina em sala de aula, e como essa realidade das escolas brasileiras pode ser modificada através de uma perspectiva psicopedagoga.

O estudo contará com uma pesquisa bibliográfica realizada em livros, revistas, artigos e sites relacionados ao assunto, pretende-se ter um maior embasamento teórico sobre o tema em questão, para que assim, possa se responder à problematização levantada e alcançar aos objetivos traçados.

Para o melhor entendimento do leitor o referencial teórico deste artigo será dividido em quatro tópicos, sendo que o primeiro traz o desenvolvimento comportamental da criança, o segundo trará a importância da família na educação da criança, o terceiro traz os aspectos gerais da indisciplina em sala de aula, e o quarto, e último, traz meios para a redução desta indisciplina.

Logo após o referencial teórico é traçada a metodologia utilizada para a confecção deste artigo, bem como, é feita uma discussão acerca dos resultados encontrados. E por fim a conclusão a que se chegou sobre o assunto abordado.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 DESENVOLVIMENTO COMPORTAMENTAL DA CRIANÇA

As etapas do desenvolvimento emocional de uma criança representam momentos de passagem que levam à incorporação de experiências vividas e determinam a entrada e a saída de etapas, que se caracterizam por acontecimentos específicos que trazem na bagagem genética da célula, valores biofisiológicos, emocionais-afetivos e intelectivos, que serão transportados para todas as outras células durante todo o processo de desenvolvimento. (REICH, 1995 apud VOLPI; VOLPI, 2007).

Para Gesell (2002), comportamento é um termo adequado para todas as reações da criança, à medida que o sistema nervoso da criança sofre diferenciações ligadas ao crescimento, as formas de seu comportamento também se diferenciam. Desta forma, pode-se dizer que comportamento é o termo empregado para indicar a forma que as crianças se apresentam, é a reação do indivíduo ao ambiente.

Piaget (1984) ao observar o comportamento de crianças desenvolveu teorias indicando estágios do desenvolvimento psicológico infantil durante o qual, a cada fase, a criança apresenta um comportamento característico. Está dividido em 4 períodos: sensório-motor, pré-operacional, de operações concretas e de operações formais.

O período sensório-motor (do nascimento aos 2 anos de idade) consiste na atividade cognitiva, durante este estágio e baseia-se, principalmente, na experiência imediata através dos sentidos em que há interação com o meio, esta é uma atividade prática. Nesse período a criança limita-se à experiência imediata, pois a organização mental da criança está em estado bruto, assim o que a criança aprende e o modo como o faz, permanecerá como uma experiência imediata tão vivida como qualquer primeira experiência. A procura visual é de suma importância para o desenvolvimento da criança e para Piaget faz parte do comportamento sensório-motor, o autor ressalta que à medida que evoluem o sentido da visão estão também evoluindo intelectualmente, passando a compreender que mesmo quando um objeto some de vista, o mesmo continua a existir.

De acordo com Piaget (1984) após os 2 anos de idade inicia-se o que chama e período pré-operatório ou pensamento intuitivo. Este estágio consiste em um processo de assimilação, acomodação e adaptação. Piaget elucida que a criança durante essa fase já utiliza a inteligência e o pensamento, sendo capaz de representar suas experiências através diferentes significantes, como os jogos, os desenhos, a linguagem, a imagem e o pensamento, o animismo, o realismo, o finalismo e o artificialismo. Esse período se estende até os 7 anos de idade.

O período de operações concretas que se caracteriza dos 7 aos 12 anos de idade, é a partir deste estágio as crianças começam a ver o mundo com mais realismo, deixam de confundir o real com a fantasia. A criança adquire a capacidade de realizar operações, no entanto, precisa de realidade concreta para realizar as mesmas, ou seja, tem que ter a noção da realidade concreta para que seja possível efetuar as operações.

No período de operações formais (com início aos 11 anos de idade) a criança realiza raciocínios abstratos, não recorrendo ao contato com a realidade. A criança deixa o domínio do concreto para passar às representações abstratas. É nesta fase que a criança desenvolve a sua própria identidade, podendo haver, neste período problemas existências e dúvidas entre o certo e o errado.

Segundo Volpi e Volpi (2007, p. 2), o desenvolvimento da criança é dividido em cinco etapas:

• A primeira etapa (etapa de sustentação): inicia-se na fecundação e termina no momento do nascimento, pois é um período de íntimo contato corporal, emocional e energético entre a mãe e o bebê.

• A segunda etapa (etapa de incorporação): inicia-se após o nascimento e termina com o desmame, que deverá ocorrer por volta do nono mês de vida, quando o bebê já tem dentes suficientes para triturar seu próprio alimento. Nessa etapa, o bebê abandona o útero para se ligar ao seio da mãe, assimilando tudo o que vier do mundo externo. O bebê já pode demonstrar fome através do choro ou agitação.

• A terceira etapa (etapa da produção) tem seu início com o desmame e se estende até o final do terceiro ano de vida. Nessa etapa, a energia da criança está inteiramente voltada à construção de pensamentos, gestos, brincadeiras, jogos, relacionamentos, etc. Ocorre o desenvolvimento da autoconsciência, o que lhe permite desenvolver a capacidade de antecipar os acontecimentos.

• A quarta etapa (etapa da identificação) se inicia a partir dos 4 anos, e se estende até o final do quinto ano de vida, a energia volta-se para a descoberta dos genitais e a criança passa a distinguir a diferença entre menino e menina e a ter uma idéia segura quanto ao sexo que pertence. Aos poucos vai saindo do campo familiar e voltando-se cada vez mais para o campo social.

• A quinta etapa tem início ao final dos cinco anos de idade e se estende até a puberdade. Aqui ocorre a identificação da criança com o pai do mesmo sexo e a masturbação fica mais evidente. Aos poucos a criança vai encontrando a sua própria identidade..

Durante a adolescência, o comportamento muda rapidamente, assim o indivíduo sente-se desprovido de equilíbrio, alternando o sentimento de temor e de esperança, com tendência a exagerar os problemas e a não se sentir seguro. Em decorrência do desejo de independência, o adolescente quebra os vínculos familiares, e, assim não pode recorrer a eles em busca de ajuda, nem contar com eles como o fazia quando era criança dependente da sua família. Nesta fase o indivíduo sente necessidade de compreender o seu comportamento, ter conhecimento de si mesmo para que consiga o domínio de si próprio. Necessita de apoio e para estabilizar a sua personalidade e para adequá-la a realidade externa e interna.

Em relação à autoestima da criança, Bastos (2005, p. 90) salienta que a criança desenvolverá durante sua vida com base nas relações que estabelece com os outros. São inúmeros fatores que contribuem para este desenvolvimento, sendo o meio social o principal destes fatores “os primeiros meios sociais que a criança tem acesso são as instituições família e a escola e nestes contextos que começará a ter e trocar as suas primeiras experiências positivas ou negativas”.

Cataneo (et al, 2005) diz ser importante a percepção que a criança tem de si mesma, pois o que a pessoa pensa sobre si mesma diz respeito à satisfação que extrai de sua vida e das atividades que realiza, sendo um fator de risco ou de suporte para sua saúde mental. A ansiedade é considerada como um estado emocional temporário caracterizada por sentimentos desagradáveis de tensão e apreensão, conscientemente percebidos.

Assim, entender o desenvolvimento comportamental da criança é essencial para se entender as causas da indisciplina em sala de aula.

2.2 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA

A família tem uma forte influencia no processo de aperfeiçoamento da criança dentro da sociedade, pois é com ela que ocorrem os primeiros contatos da criança. Os genitores têm uma sobrecarga adicional em vários aspectos de sua dinâmica individual e familiar, especialmente no que tange aos aspectos psicológicos, sociais, financeiros, e às atividades de cuidado da criança (SHAPIRO; BLACHER; LOPEZ, 1998).

A educação da criança é de fundamental importância principalmente por ser um fator fundamental na formação da sua personalidade, sendo a família, essencial no processo de educação, sua presença ajuda e esclarecer, modificar e estudar, o processo de adaptação social e cultural.

De acordo com Andery (2003), a relevância dos pais no desenvolvimento de uma criança, não se limita apenas ao vínculo que se estabelece entre eles, mas também, na maneira como interagem uns com os outros, pois é a partir dessa interação e, das experiências que proporcionarão aos filhos que os pais colaboram na formação das crianças como indivíduos.

A mídia exerce uma forte influencia nas pessoas, por isso é necessário que os pais sempre acompanhem e tenham um diálogo com os filhos, às vezes os pais estimulam os filhos a dançar e ouvir musica erotizadas e não percebem que estão estimulando a desenvolver a sexualidade precoce. Os pais precisam dar mais atenção até na roupa que compram para os filhos, estimulá-los a ouvir músicas adequadas, filmes e programas para a sua idade, entre muitas outras ações, não se esquecendo de sua importância na formação psicológica e cultural das crianças.

A família é importante no processo de esclarecimento de dúvidas das crianças. Os meios de comunicação, que bombardeiam com programas de baixa qualidade são hoje um grande impasse na educação das crianças. Portanto, o importante é que os pais tenham claro o tipo de orientação que desejam para seus filhos, e que lhes ofereçam outras opções de entretenimento, para que a criança aproveite sua fase infantil da melhor forma possível.

Buscar programas interessantes que estejam de acordo com a sua faixa etária, comprar discos infantis e roupas que estejam de acordo com sua idade, são medidas que, se não evitam todo, uma vez que a criança vive entre outras, garantem o mínimo de proteção.

Weber (2007) propôs quatro padrões de interação entre pais e filhos: o estilo autoritário, o estilo permissivo, o estilo negligente, e o estilo participativo. O estilo autoritário se caracteriza por pais altamente exigentes, impõem regras e limites rígidos e inflexíveis, com o objetivo de conseguirem obediência e controle. A autora ressalta que esse padrão promove o desenvolvimento de crianças obedientes, mas muito submissas, com baixa auto-estima e, altos índices de depressão, ansiedade e estresse.

O estilo permissivo é aquele onde os pais têm um baixo nível de exigência, oferecem coisas materiais em excesso, consideram as vontades e sentimentos da criança e esquecem os próprios. De acordo com a autora este tipos de pais são aqueles que não conseguem dizer não, e estabelecem poucos limites e regras, tornando a criança dependente de coisas materiais, com baixa tolerância à frustrações e, não se acham capazes de realizar as coisas por si mesmas.

Os negligentes são aqueles que permitem tudo a seus filhos, mas não possuem papel de educadores, estabelecem poucos limites e oferece pouco afeto e com seus filhos desenvolvem baixo desempenho, e uma maior probabilidade de depressão, pessimismo, baixa auto-estima e estresse. Também podem desenvolver comportamentos anti-sociais e apresentar, além de desenvolvimento atrasado, grande sentimento de culpa em relação a isso. (WEBER, 2007).

Por fim, o estilo mais adequado que é o participativo, que se caracteriza por pais com alto nível de exigência, porém, estão sempre acessíveis para conversas e trocas. Este estilo de pais impõe bastantes limites, contudo, compensam com muito afeto. Seus filhos aprendem a respeitar o direito dos outros, sabem as consequências de seus comportamentos e, sentem-se amados e valorizados. São crianças com autoestima poucas possibilidades de estresse e depressão, e apresentam boas habilidades sociais. (WEBER, 2007).

Nesse contexto, a família é importante agente na construção do comportamento da criança, pois é onde se inicia a cultura do azul e do rosa determinando atitudes e papéis sociais que diferenciam meninos e meninas, homens e mulheres.

Convém ressaltar que a tarefa de cuidar adequadamente de um ser em formação é extremamente difícil, pois exige dos educadores capacidade de lidar com os conflitos gerados pelos impulsos dos jovens em direção ao prazer imediato.

2.3 ASPECTOS GERAIS DA INDISCIPLINA ESCOLAR

Antes de conhecer os aspectos gerais da indisciplina, é necessário que primeiro se entenda sobre a disciplina. A disciplina é vista, geralmente, como o comportamento adequado por parte do aluno ao que o professor deseja, ou seja, para ser disciplinado o aluno deve está dentro dos parâmetros desejados pelo professor.

A forma tradicional de perceber a disciplina é vê–la como forma de manter a ordem, não há permissão para conflitos e questionamento. Em contra partida, a indisciplina é percebida como caos e desordem.

Uma segunda concepção mais profunda é aquela que tenta ampliar os conceitos disciplina / indisciplina, onde o aluno seja aquele que se organiza a partir de sua realidade, buscando atender suas necessidades. É preciso mostrar ao aluno que ele deve resolver os problemas. O conflito não é indisciplina, mas faz parte da realidade, do dia a dia. Para Guimarães (1988, p.28), “as disciplinas são métodos que permitem o controle das operações do corpo, que realizam a sujeição constante de suas forças e lhes impõe uma reação de docilidade”.

O aluno é um ser em pleno período evolutivo e as normas de conduta têm importância fundamental nesse processo de transformação gradual e progressiva para a conduta desejável. Portanto, o conjunto dessas normas de comportamento, estímulos e recursos se põe em jogo, para contribuir na evolução do aluno e do seu justamente social.

A disciplina de sala de aula tem sido uma preocupação crescente nos educadores. O aluno ao contrario do que o professor deseja, tem se mostrado bastante indisciplinado. É muito difícil conseguir a disciplina na escola, os educadores na sua maioria estão angustiados, perplexos, pois além de baixos salários, do desprestigio social, têm que suportar a rebeldia do aluno, que por sua vez não respeita mais o educador.

De acordo com Rego (1996)

O próprio conceito de indisciplina, como toda a criação cultural, não é estático, uniforme, nem tampouco universal. Ele se relaciona com o conjunto de valores e expectativas que variam (...) entre as diferentes culturas e numa mesma sociedade.

No âmbito individual, a indisciplina pode ter diferentes sentidos, estes que dependerão das vivências de cada indivíduo e do contexto em que forem aplicados. Baseando-se no Dicionário Aurélio pode-se dizer que um indivíduo disciplinável é aquele que se deixa submeter, que se sujeita de modo passivo, ao conjunto de prescrições normativas geralmente estabelecidas por outrem e relacionadas a necessidades externas a este. Disciplinado, é, portanto, aquele que obedece que cede sem questionar, as regras e preceitos vigentes em determinada organização. Já o indisciplinado é o que se rebela, que não acatar e não se submete, nem tampouco se acomoda, e, agindo assim, provoca rupturas e questionamentos.

O modo como o indisciplinado é interpretado, sem dúvida, acarreta uma série de implicações á pratica pedagógica, já que fornece elementos capazes de interferir não somente nos tipos de interações estabelecidas com os alunos e nas definições de critérios para avaliar seus desempenhos na escola, como também, no estabelecimento dos objetivos que se quer alcançar. (REGO, 1996).

De acordo com Aquino (1996, p. 85):

No meio educacional esta visão é bastante difundida. Costuma-se compreender a indisciplina, (...) como uma espécie de incapacidade do aluno (ou de um grupo) em se ajustar às normas e padrões de comportamento esperados. A disciplina parece ser vista como um pré-requisito para o bom aproveitamento do que é oferecido na escola.

Por muitas vezes, a indisciplina é vista como um reflexo da educação recebida pela criança por parte da família, bem como, da pobreza e da violência presente na sociedade de um modo geral, e promovida pelos meios de comunicação de massa. Assim, a responsabilidade pelo comportamento do aluno na escola parece ser única e exclusivamente da família, pensamento errôneo, pois a mesma é responsabilidade de todos os envolvidos.

Outras pessoas também acreditam que a indisciplina já faz parte da personalidade do próprio aluno, ou seja, atribuem a questão da indisciplina apropria criança ou adolescente. É comum se ouvir, também, que a indisciplina faz parte da infância e adolescência, sendo um traço inerente a essas fases. Assim, nessa visão, a indisciplina é dita como uma condição pura em que o aluno se encontra, característico da idade.

Como se pode perceber, não há um consenso sobre as causas da indisciplina, porém, entende-se que essas visões devem ser revistas, já que as explicações, mitos e crenças sobre o fenômeno da indisciplina em sala de aula, além de acarretarem preocupantes implicações a pratica pedagógica, se embasam em pressupostos preconceituosos, superados e equivocados sobre as bases psicológicas do desenvolvimento e aprendizagem do ser humano, sobre as dimensões biológica e cultural envolvidas na formação de cada pessoa.

2.4 POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA A REDUÇÃO DA INDISCIPLINA

A indisciplina escolar não é um fenômeno que manteve suas características ao longo do tempo, assim, não existem fórmulas prontas para que esta seja reduzida no contexto escolar, trata-se de um fenômeno relacional e circunstancial, desta forma, é necessário conhecer o aluno, tentado identificar os condicionamentos do aluno que podem vir a provocar a indisciplina.

As escolas que buscam caminhos disciplinares preventivos têm alcançado um bom resultado, de acordo com Aquino (1996) que a prevenção é o melhor posicionamento a ser adquirido pela escola para garantir a disciplina. Antunes (2002, p. 25) complementa destacando que “ensinar não é fácil e educar mais difícil ainda; mas não ensina quem não constrói democraticamente as linhas do que é e do que não é permitido”.

Para se ter alunos disciplinados se faz de grande importância compartilhar com os mesmos expectativas da escola para com eles, fazendo-os refletir sobre suas próprias responsabilidades junto a escola. Outro elemento que pode prevenir a indisciplina é a adoção por parte do professor de um tutor por sala de aula, o tutor no caso seria um dos alunos, havendo uma circulação de das responsabilidades, seja diariamente, semanalmente, enfim, sendo um dos próprios alunos a fiscalizar a disciplina, passando a responsabilidade do professor para os próprios alunos, que também, passam a se sentir parte importante do sistema escolar. De acordo com Gotzen (2003, p. 66):

As tutorias são aplicadas mediante a ação coletiva e individual dirigida aos alunos ao longo da sua escolaridade, que incumbe logicamente a eles e a seu tutor, sendo que este último deve zelar pela harmonia entre alunos, professores e pais.

O importante, é que a escola seja um espaço de harmonia, onde impere a democracia, cultivando-se o diálogo e a afetividade, garantindo os direitos humanos, das crianças e dos adolescentes.

Deve-se ter sempre em mente que a escola é vista como um instrumento para desenvolver competências, aguçar sensibilidades e transformar o ser humano, desenvolvendo não somente o seu intelecto, mas também, o seu caráter. Assim, é essencial que haja um envolvimento de todo o corpo docente, apresentando interesse pelas metas, realizações e problemas dos estudantes.

Mantoan (2003, p. 16) destaca que “nosso modelo educacional mostra há algum tempo sinais de esgotamento e nesse vazio de idéias que acompanha a crise paradigmática é que surge o momento oportuno das transformações”. Essas transformações devem ser vistas como sendo necessárias, a participação de todo o corpo docente, das famílias e da comunidade em geral.

Outro fator de grande relevância é o apoio por parte da direção para professores e alunos, devendo haver uma presença constante dessa figura nos diversos espaços escolares, mantendo um relacionamento informal com professores e alunos, devendo saber a hora de elogiar, ou de repreender.

Castro e Carvalho (2005, p. 41) elucidam que:

[...] Uma escola, diferentemente de uma empresa comercial, não pode se contentar apenas com um administrador, mas precisa de um educador que lidere e crie liderança no percurso de realizações do projeto. Se assim forem conduzidas a definição e a realização de um projeto pedagógico, então, ele será sempre coletivo. Ou o projeto pedagógico será coletivo ou ele não será pedagógico. Neste caso a força para a sua realização estará enfraquecida. [...] Um projeto pedagógico bem definido, com as prioridades colocadas de forma consensual, facilitará sua partilha para além dos profissionais da educação, envolvendo os alunos, os pais e mesmo a comunidade local.

É de grande importância, também, buscar melhorias no clima e na imagem da escola, por de atividades extracurriculares que valorizem o papel da escola frente aos alunos e seus familiares.

Não se pode deixar de salientar a autonomia que o professor deve possuir para lidar com a indisciplina na sala de aula, assim, o professor deve buscar sempre desenvolver e conquistar essa autonomia, baseado em responsabilidade definidas de forma clara, contando com o apoio de toda a equipe pedagógico, nos momentos e que se necessita intervenção. Segundo Gómez (2000, p. 81):

O ensino é uma atividade prática que se propõe dirigir as trocas educativas para orientar num sentido determinado as influências que se exercem sobre as novas gerações. Compreender a vida da sala de aula é um requisito necessário para evitar a arbitrariedade na intervenção. Mas nesta atividade, como noutras práticas sociais, como a medicina, a justiça, a política, a economia, etc., não se pode evitar o compromisso com a ação, a dimensão projetiva e normativa deste âmbito do conhecimento e atuação.

Por fim, pode-se dizer que o controle da indisciplina em sala de aula depende não só do professor que está à frente da sala, mas sim de um trabalho em conjunto de todo o corpo docente, envolvendo direção, coordenação, professores, bem como, os próprios alunos que devem ser sempre levados a refletir sobre seu comportamento. Não se deve deixar de lado que tratam-se de crianças e adolescentes que precisam de atenção e amor, onde o corpo docente deve sempre buscar mostrar a importância de cada um deles, sabendo o momento exato da repreensão.

3 METODOLOGIA

Em relação aos aspectos metodológicos, no que tange à tipologia da pesquisa, será buscado responder à problematização levantada e os objetivos traçados através de uma pesquisa bibliográfica em livros, revistas, artigos e sites especializados no assunto. A pesquisa bibliográfica tem em vista analisar tudo o que foi escrito, dito, ou filmado sobre determinado assunto. Markoni e Lakatos (2006, p. 14) a pesquisa bibliográfica tem como finalidade posicionar o leitor, o colocando em contato com tudo que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto.

Segundo a abordagem, ela será qualitativa, à medida que se aprofundará na compreensão das ações e relações humanas e nas condições e frequências de determinadas situações sociais. O estudo se utiliza da realidade das escolas brasileiras, onde é corriqueiro se ouvir reclamações por parte dos professores acerca da indisciplina escolar, e de não conseguirem contorná-la.

De acordo com Richardson (1999, p. 80) “os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais”. Beuren (2003, p. 92) complementa afirmando que com a pesquisa qualitativa pode-se ter análises mais profundas em relação ao fenômeno observado.

Quanto aos objetivos, a pesquisa será descritiva, pois buscará descrever, explicar, classificar, esclarecer e interpretar o fenômeno observado, e exploratório, já que objetivará aprimorar as idéias através de informações sobre o tema em foco. De acordo com Gil (2002) a pesquisa Exploratória proporciona maior familiaridade com o problema, tendo em vista torná-lo mais explícito.

4 ANÁLISE DAS DISCUSSÕES

Através da pesquisa realizada pode-se perceber que a indisciplina escolar de fato faz parte da realidade de inúmeras escolas brasileiras. O quadro abaixo demonstra os tipos comportamento de alunos indisciplinados, de acordo com Macedo (2005):

COMPORTAMENTO DO ALUNO DESCRIÇÃO

HIPERATIVO Aquele que não pára sentado, que tem necessidade de falar o tempo todo, de brincar, de jogar bolinhas de papel, de mexer – se na carteira. Ele não precisa ser necessariamente um mau aluno, pois pode conseguir certa concentração na aula em curtos períodos. No entanto, logo se desconcentra, se desinteressa, voltando a agitar – se e a atrapalhar colegas que, mesmo não sendo agitados como ele, tendem a dispersar – se provocados por seu mau comportamento. Esse aluno tende a ser o "palhacinho" da classe e, como tal, recebe dos colegas um reforço de ajuda a perpetuar sua inadequação.

DISPERSO/ DISTRAÍDO Esse é o aluno que não atrapalha a aula. Mas você percebe que ele está "viajando" em seus pensamentos, muito distante do que ocorre em classe. Por sua postura e por seu caderno, você percebe que ele não está ligado na aula.

CONVERSADOR Diferentemente dos hiperativos há alunos que conversam o tempo todo com os colegas do lado, sem que haja nesse comportamento uma intenção de perturbar a aula. Só os compulsivamente conversadores, aqueles que não agüentam ficar um minuto inteiro sem comentar alguma coisa até mesmo sobre o que está ocorrendo na aula, sem cochichar, sem ter que sempre alguma coisa urgente para "combinar" com o colega do lado, ainda que esse colega não seja o seu melhor amigo nem um conversador como ele.

POLEMIZADOR

Toda classe tem sempre aquele aluno do "contra". Se você diz que um trabalho deve ser feito por escrito, ele reclama, achando melhor fazê–lo oralmente. Se você passa uma lição para ser feita em classe, ele pergunta por que não fazê–la em casa. Se você propõe uma tarefa em grupo, ele palpita que seria melhor fazê-la individualmente. Se você determina que os grupos devem ser compostos por quatro alunos, ele quer que sejam de cinco e assim por diante. Ele na verdade, está se exibindo. Quer mostrar aos colegas que tem o poder de impedir que a aula siga seu curso normal.

APÁTICO É o aluno que fica sentado, quietinho nunca fala e geralmente apresenta um rendimento muito baixo. Você pode ameaçar até punição coletiva para classe, que ele não reclama. Pode até deixar de corrigir uma questão da prova dele sem que ele proteste. Esse caso é um dos mais complicados de lidar.

Como se pode perceber, cada aluno pode apresentar um tipo de indisciplina, sendo essencial que se conheça, somando às características pessoais, para que assim se possa tomar a melhor posição sobre o problema.

Dificilmente, um professor sabe lidar com a situação, encontram-se em extremos, alguns são autoritários demais causando medo no aluno e não disciplina, outros já não conseguem impor nenhuma autoridade, ficando a sala tomada pela indisciplina, que por muitas vezes, contamina toda a sala

O professor precisa educar sem culpa. O aluno não se forma sozinho. Precisa interagir com o outro para vir a ser pessoa. Construir a disciplina em sala de aula e na escola implica em dialogar com todas as grandes questões da humanidade: o amor, a fraternidade, a compreensão e outras.

O professor deverá ter transparência no seu papel, ser firme quanto à postura em relação à disciplina. O professor precisa conquistar a confiança e o respeito da turma para se tornar o seu legítimo organizador. Necessita-se chegar a um novo senso comum pedagógico; não se aceita mais a educação tradicional de cunho autoritarista, mas também não se deseja a educação moderna de cunho espontaneísta. Diante desta clareza a questão que está colocada para muitos é como chegar ao meio-termo.

A partir da Direção da instituição escolar, tem que haver convicção da proposta que estará sendo levada para os alunos; considerar que tal proposta é muito importante e significativa para os educandos, sentir que tem algo relevante a trabalhar com aquela turma e a proposta deve estar bem preparada para atender às verdadeiras necessidades dos alunos. Se um dos professores demonstrar-se não tão convicto, este deve ser orientado a procurar estudar, resgatar o sentido daquilo que deve construir nos alunos.

Ter respeito para com o aluno é uma das necessidades de postura de um educador consciente. Portanto, o professor não deveria se preocupar demais com as exigências do aluno em relação à disciplina, é normal que alguns alunos não gostem de determinadas disciplinas; por terem dificuldades nelas. Para que o professor não se torne mais um fator de indisciplina, deve entender que o silêncio e a ordem das carteiras não são sinônimos de aprendizagem.

Muitas vezes as crianças não conseguem verbalizar o que estão sentindo, mas sinalizam com seu corpo, com seu comportamento. O fato de o aluno querer ir constantemente ao banheiro, sair para falar com alguém, deveria significar algo para o professor. O educador deveria ajudar a construir a disciplina na sala de aula e na escola, e não alienar alunos que demonstram desinteresse em sua aula.

Os dirigentes escolares devem motivar seus professores a uma constante reavaliação da proposta de trabalho, visando o vinculo à realidade e às necessidades dos alunos. Devem também, verificar a metodologia de trabalho dos professores, pois ainda há aquela que é essencialmente expositiva, em que a única disciplina admissível é o silêncio dos alunos. O gestor deve orientar seus professores quanto à atualização e conhecimento da matéria que vai trabalhar, sem esquecer, que conheçam a realidade dos seus alunos.

Acredita-se que as recomendações por parte da gestão devem estar voltadas para:

• O cuidado em não produzir o desinteresse pela matéria, pelo fato do conteúdo estar muito além ou muito abaixo do nível do aluno, sob pena de perturbar o comportamento de alguns alunos;

• O cuidado em não utilizar o fator nota como redutor da indisciplina;

• O cuidado de ter a sala de aula sob um domínio consciente e construtivo evitando que algum aluno de sua turma seja vítima de vitupérios na sala de aula, ao sofrer gozações quando faz uma pergunta. Essas gozações provocam uma distorção no relacionamento com os outros e com a cultura, de forma que apenas certos alunos terão direito à dúvida. O professor deve cultivar este espirito de participação dos alunos sem nenhum vestígio de traumas.

Enfim, todo o corpo docente da escola, deve despir-se de eventuais preconceitos em relação à classe ou a determinado aluno. Rotular significa não acreditar na possibilidade de mudança. No fundo, é não acreditar no próprio trabalho e no determinado aluno.

Fica claro, que os educadores devem dar atenção geral na sala de aula, não demonstrando preferências a certos alunos. Devem entender que o trabalho na escola não transcorre baseado apenas na cognição; se assim fosse, grandes problemas estariam resolvidos. Ocorre que, na realidade, há uma grande carga afetiva envolvida, podendo passar por agressão, busca de afeto ou aceitação. A dialética afetividade/cognição pode atuar sobre o afetivo e cognitivo quando o aluno se auto-avalia e o professor fortalece as condições afetivas do grupo facilitando a aprendizagem com disciplina.

Todos envolvidos no processo escolar devem rever os seus planos, recolocar seus objetivos e rever a sua postura diante dos alunos. A idéia de que a disciplina é importante na escola, não apenas como um conjunto que organiza o ambiente escolar, mas também, como um objetivo educacional que leva o aluno à construção do conhecimento, da liberdade e principalmente da autonomia.

CONCLUSÃO

Ao final deste artigo, pode-se concluir que de fato a indisciplina escolar é um problema complexo, que apesar de, dificilmente, ser erradicada por completo, pode-se buscar formas para a sua redução.

Este estudo se preocupou em colocar a problemática que envolve a indisciplina em sala de aula e no contexto escolar, assim como, discutir e tentar encaminhar o problema, entendendo que a disciplina gera um clima favorável ao desenvolvimento das atividades escolares.

São inúmeros os caminhos que podem levar a uma disciplina que resulta em construção de aprendizagem, através dos dirigentes e professores que devem se destacar pela competência, responsabilidade, sensibilidade e afeto no relacionamento com os alunos. Uma autoridade que emerge de sua coerência e não do título que possui ou cargo que ocupa.

O que se deseja é disciplina. Uma disciplina onde o aluno é chamado a cumprir suas tarefas sob um ambiente harmonioso, um chamamento que deve ocorrer baseado na prática coletiva de escola e não algo simplesmente impresso em regulamentos escritos e que não se sabe por quem.

Enfim, uma disciplina orientada pela vontade de formar cidadãos conscientes e autônomos, prontos para interferirem na sua realidade. Instrumentalizados para o exercício da cidadania e capazes de colaborar na construção de um mundo mais humano e mais fraterno

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