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RELATÓRIO DE DESENHOS INFANTIS

Por:   •  26/5/2018  •  Relatório de pesquisa  •  2.256 Palavras (10 Páginas)  •  1.230 Visualizações

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         UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP

CURSO DE PSICOLOGIA

ANA BEATRIZ BREGANTIN

ANA CAROLINA BARRICO

JOSY ELLERBROCK

PALOMA M. CARDOZO

RELÁTORIO DE DESENHOS INFANTIS

PROFESSORA: GISELI GOUVÊA

ARARAQUARA

                                             2018


                                         SUMÁRIO

Introdução        p.3

Procedimento....................................................................................... p.6

Análise        p.7

Conclusão        p.9

Referências Bibliográficas        p.10

Anexos        p.11        



INTRODUÇÃO

O desenho está presente na vida humana desde os primórdios como uma forma de comunicação e expressão, através do papel a criança consegue mostrar a sua realidade e criatividade, e desenvolve o pensamento, representação e sua intuição. Segundo Florence de Meredieu (2006) o desenho é modo de expressão próprio da criança, o desenho constitui uma linguagem que possui seu vocabulário e sua sintaxe; a criança utiliza um verdadeiro repertório de signos gráficos – sol, casa, boneco, nuvem e árvore.

Segundo Luquet (1969), o desenho é a representação do modelo interno do objeto que a criança vê. Ele definiu quatro estágios do desenvolvimento da criança e o grafismo. O primeiro estágio chama-se Realismo Fortuito e se inicia aos 2 anos:

                                      (...) subdivide-se em desenho involuntário e voluntário. No primeiro, a criança desenha linhas, uma vez que ainda não tem consciência de que o conjunto delas passa a representar objetos e não atribui significado a seus grafismos, mas o faz pelo prazer em repetir os gestos em função da atividade motora adquirida. No segundo, a criança desenha sem intenção, porém, percebe semelhanças entre seus traçados e um objeto real, considerando-o de acordo com sua semelhança. Em seguida surge a intenção, o desejo consciente de desenhar alguma coisa. Entretanto, a interpretação do desenho para a criança pode modificar-se de acordo com os significantes atribuídos por ela. (LUQUET, 1969).

O segundo estágio é denominado Realismo Falhado e se inicia aproximadamente aos 4 anos:

                                      (...) nesse estágio a criança se preocupa em representar cada objeto de forma diferenciada, não integra o que desenha num conjunto coerente e exagera ou omite partes, por considerar, apenas, o seu ponto de vista. É possível observar que as ações e os pensamentos da criança não se encontram coordenados, o que lhe impossibilita agrupar as partes de um desenho. (LUQUET, 1969)

O terceiro estágio é o chamado Realismo Intelectual e vai dos 4 aos 10 ou 12 anos de idade:

                                      (...) é a representação dos objetos pelo conhecimento intelectual. A criança, de forma deliberada e consciente, procura reproduzir o objeto, representando o que vê e também o que não está presente, isto é, torna transparentes partes de objetos que, a princípio, estariam encobertos, como órgãos sob a pele e móveis através da parede. (...) Observa-se, também, nessa etapa que a criança coordena os objetos no espaço, considerando suas posições, distâncias e proporções a partir de uma base de referência. (LUQUET, 1969)

O quarto e último estágio é o Realismo Visual que começa aos 12 anos e “trata-se da representação visual que a criança tem do objeto. Diferente da etapa anterior, a criança representa os elementos visíveis, abandonando a transparência.” (LUQUET, 1969)

Para Lowenfeld, o desenvolvimento do desenho nem sempre ocorre na mesma fase e da mesma maneira para todas as crianças. Assim como Luquet, ele definiu estágios para o desenvolvimento do grafismo da criança. O primeiro é o Estágio das Garatujas, que se inicia aos 2 anos. Nessa fase a criança ainda está explorando seu corpo e o ambiente, sendo assim, começa fazendo rabiscos e aos poucos vai controlando mais seu traçado, conseguindo criar formas.

O segundo é o Estágio Pré-Esquemático e vai dos 4 aos 7 anos aproximadamente. Nele a criança começa a tentar retratar a realidade em seus desenhos, mesmo eles ainda sendo desordenados e com suas formas em tamanhos diferentes.

O terceiro estágio é o Estágio Esquemático, que vai dos 7 aos 9 anos de idade. Nessa fase a criança já consegue fazer desenhos mais detalhados condizendo com sua realidade e seu meio.

O quarto e último estágio é o do Realismo, que vai dos 9 aos 12 anos. Há bastante simbologia, mas também há bastante representação do real, eles são bem autocríticos nessa fase, já não querendo tanto mostrar e explicar seus desenhos para os adultos como nas fases anteriores.

Piaget também desenvolveu seus estágios. O primeiro é o das Garatujas, que faz parte da fase sensório motora da criança e vai até a pré-operacional (dos 0 aos 7 anos). A criança usa muito a imaginação, ainda não há representação da figura humana, ela gosta de usar cores diferentes nos desenhos, mas sem intenção consciente. Não existe relação entre o objeto desenhado e a sua representação.

O segundo estágio é o do Pré-Esquematismo que ocorre na fase pré-operatória. Ocorre a descoberta da reação entre desenho, pensamento e realidade. Os desenhos ainda não tem relação entre si, nem relação das cores com a realidade, mas há relações espaciais.

O terceiro estágio é o do Esquematismo, no qual fazem parte as crianças de 7 a 10 anos, na fase operatória concreta. Começa a criar um conceito de espaço, fazendo uma linha de base para o desenho e já conseguem desenhar a figura humana, mas ainda bem negligenciada, com formas e tamanhos variados. Nessa fase a criança começa a descobrir a relação entre as cores.

O quarto estágio é o do Realismo, que ocorre no final da fase operatório concreta da criança. Aqui a criança começa a ser autocritica quando as suas representações. Ela também descobre o plano e a superposição no espaço. Quando a figura humana, ela consegue diferenciar os sexos e desenha com formas mais realistas, também abandonando os esquemas de cores dando enfoque emocional.

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