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RESENHA CRÍTICA DO FILME EXPERIMENTO DO MILGRAM

Por:   •  16/9/2021  •  Resenha  •  1.814 Palavras (8 Páginas)  •  3.463 Visualizações

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UNIVERSIDADE NILTON LINS

CURSO DE PSICOLOGIA

ELZANIRA CORREA GARCIA

RESENHA CRÍTICA DO FILME EXPERIMENTO DO MILGRAM

Manaus – AM

2021


ELZANIRA CORREA GARCIA

RESENHA CRÍTICA DO FILME EXPERIMENTO DO MILGRAM

Trabalho apresentado a Universidade Nilton Lins, para obtenção de nota parcial na disciplina de Psicologia e Análise do Comportamento, solicitado pela Prof.ª Nathália Garcez Galindo Brandão, ao curso de Psicologia do 2º período.

Manaus – AM

2021

INTRODUÇÃO

O filme “O Experimento de Milgram”, consiste em trazer à baila a obediência, a qual é um elemento tão básico, na estrutura da vida social como qualquer outro. Dessa forma, parte do sistema de autoridade é uma necessidade de toda vida comunitária e somente a pessoa que habita em isolamento não é forçada a responder, com desafio ou submissão, às ordens de outros.

Ocorre, que para muitos, a obediência é uma tendência comportamental profundamente enraizada, chegando mesmo a ser um forte impulso que sobrepõe o treinamento em ética, solidariedade e conduta moral, é importante frisar que os filósofos conservadores argumentam que a própria estrutura de sociedade é ameaçada pela desobediência, ao passo que os humanistas acentuam a primazia da consciência individual.

Assim, cabe destacar que a extrema disposição de adultos obedecerem totalmente ao comando de uma autoridade constitui o enredo do filme em estudo.   Além de se questionar até que ponto você estaria disposto a infligir dor em outra pessoa? Mesmo que você soubesse que essa outra pessoa está sofrendo, mas te ordenassem a continuar provocando esse sofrimento, você continuaria? Destacando-se de forma veemente o enredo principal do filme O experimento de Milgram.

Com isso, a história do filme gira em torno de tratamentos controversos do americano Stanley Milgram, cujo objetivo era provar que o comportamento humano obedece a certas regras. O psicólogo foi bastante censurado na época por sugerir que isso corroborava as defesas dos nazistas no Julgamento em Nuremberg, onde a maior justificativa era exatamente o cumprimento de ordens. Se você está cumprindo ordens, você possui cumplicidade? Você é tão culpado quanto quem lhe deu a missão? O experimento é profundo como o filme.

O Experimento de Milgram

Stanley Milgram foi um psicólogo graduado da Universidade de Yale que conduziu a experiência denominada de Experimento de Milgram sobre a obediência à autoridade.

O filme em estudo recebe o mesmo nome da experiência, qual seja, “O experimento de Milgram”, baseia-se especificamente em descobrir se as pessoas se submetem à ordens que fogem de uma conduta moral. Se, mesmo elas sabendo que poderiam infligir sofrimento à outro alguém, continuariam obedientes à um indivíduo, a um propósito.

 Vale mencionar que o teste que deu nome ao filme, foi criado em 1961 por Stanley Milgram, com a finalidade de ver se pessoas comuns dariam um choque elétrico mortal em um estranho em nome da ciência. Dessa forma, um total de doze voluntários participam do que eles acreditavam ser um teste de memória, logo foram apresentados a outra pessoa que eles pensavam ser outro voluntário, mas que na verdade era um ator, assim como o professor que conduziria o teste.

É mister esclarecer, que os voluntários realmente acreditavam que estavam realizando um teste de memória e para este, em caso de erros, haveria uma punição que eles mesmos iriam aplicar. A punição escolhida foi o choque elétrico. Cada pessoa tinha um papel específico: um seria o aprendiz, o outro, o instrutor. Intencionalmente o resultado foi alterado de forma que o voluntário seria sempre o instrutor (quem aplica os choques), e o ator, seria sempre o aprendiz (quem recebe os choques).

   Os voluntários veem o ator ser amarrado, então ele percebe as potenciais consequências do que vai acontecer. Então o voluntário recebe uma pequena descarga para perceber a veracidade da corrente elétrica. A cada resposta errada a voltagem aumentava, até chegar a uma que fatal.

   Durante a realização do teste algumas pessoas, a minoria, não concordavam em prosseguir até o fim, enquanto o restante mesmo se sentindo desconfortáveis, questionando, foram até o final aplicando 450 volts.

Vale destacar, que algumas pessoas sentiam-se mal, questionavam o professor, que por sua vez enfatizava a importância do estudo da memória para a ciência. É nítido que, o voluntário transferia a responsabilidade para o professor, visto que elas estavam ali, afinal com um propósito, e mesmo que isso ferisse, causasse sofrimento a outrem, esse propósito deveria ser cumprido. É importante mencionar que o filme traz à luz um dos estudos mais controversos já realizados, pois trata-se de tentar medir a violência, mostrar que ela pode ser justificadas,

O experimento de Milgram em paralelo à disciplina ministrada, consiste em demonstrar como pessoas podem ser cruéis ao receberem ordens de superiores. Nas palavras do próprio Milgram, é a desculpa dada por agentes nazistas, torturadores, policiais e outros, de que estão “recebendo ordens” ou “fazendo o seu trabalho”. A pergunta principal que Milgram faz no filme é “Por que as pessoas continuam infligindo dor em um desconhecido?”. Por que essas pessoas simplesmente não abandonam o experimento, uma vez que elas foram voluntariamente participar dele?

A disciplina de Psicologia e análise do comportamento atrelada ao enredo do filme traz à tona a questão do sadismo do ser humano e a falta de empatia. Os resultados foram os mesmos para mulheres, homens, várias faixas etárias e o experimento foi repetido em diversos países em diferentes momentos, trazendo sempre o mesmo resultado. Quando ordenado por alguém como parte de um trabalho, mesmo que hesite um pouco, quase todos os seres humanos continuam o seu trabalho de provocar sofrimento em outros.

Dessa forma, através dos estudos teóricos concatenados com a obra intitulada de “O Experimento de Milgram”, demonstram o quão facilmente pessoas comuns seriam capazes de cometer as maiores atrocidades. Como numa situação de submissão à autoridade, pessoas comuns seriam capazes de abandonarem seus princípios morais passando toda a responsabilidade por atos bárbaros a alguém hierarquicamente superior. Essa pessoa veria a si própria como um mero instrumento neutro das ordens de uma autoridade.

A essência da obediência quanto ao comportamento humano é que uma pessoa passa a se ver como o instrumento que executa os desejos de outra e que, portanto, deixa de se considerar responsável pelas suas ações. Uma vez que ocorre essa mudança crítica de ponto de vista, seguem-se todos os fatores essenciais da obediência.

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