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Relatório de visita ao CAPS e São Camilo de Lellis

Por:   •  26/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.419 Palavras (18 Páginas)  •  1.643 Visualizações

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Relatório de visita ao CAPS e São Camilo de Lellis.

Introdução

No dia 18 de setembro de 2017 os estudantes de psicologia do 6º período e outros, sobre a orientação das professoras de Avaliação Psicológica II Iana Frendes e a professora de Psicologia Jurídica Carol Vidal,  em viagem a Mossoró Rio Grande do Norte fizeram uma visita ao Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS - AD) e o Hospital Psiquiátrico São Camilo de Lellis, com objetivo de conhecer as instalações e funcionamento dessas instituições e ver como se dar o trabalha dos profissionais que atuam nesses setores. Nesse ensejo avaliamos a atuação do CAPS mediante a reforma Psiquiátrico que vem por, termos ao antigo modelo manicomial, que de alguma forma é representado pelo o Hospital São Camilo de Lellis.

Com isso observamos estrutura, funcionamento e importância dessa instituição no acompanhamento, tratamento e reabilitação desses usuários, desde de sua forma de atuação mais humana a mais primitiva rememorando ao antigo modelo de desumanização de falta e inclusão social com a restrição de direitos básicos como os direitos humanos, o que muitas vezes se dar por um método mau utilizado na pratica do serviço prestado.

Com isso avaliamos o trabalho e atuação dos psicólogos e demais profissionais dentro desse serviço, e como eles estão preparados para lhe dar com essa situação e qual a percepção deles na conjuntura atual a respeito do modelo asilar de acompanhamento a pacientes com transtornos mentais e transtornos devido os vícios.

Um CAPS Centro de Atenção Psicossocial é um serviço do Sistema Único de Saúde, (SUS), um lugar de referência para quem sofre de transtornos mentais severos.

O CAPS surge no Brasil em 1986 sendo que seu primeiro centro foi em São Paulo e buscava implantar uma assistência que substituísse a precária situação dos hospitais psiquiátricos que eram únicos recursos para portadores de doenças e transtornos mentais; esse dispositivo, o CAPS, visava diminuir ou substituir as internações dos modelos assistencialista e asilar por um modelo assistencial com integração do indivíduo a meio social familiar e recuperação de direitos violados.

Os CAPS são criados pela Portaria GM 224/92 e definidos como unidades de saúde locais/regionais que contam com atendimento aos usuários adscritos.

O CAPS tem como missão atender pessoas com transtornos mentais severos e persistentes e transtornos mentais oriundos do uso de álcool e drogas, num dado território oferecendo atendimentos clínicos, reabilitação psicossocial evitando internações em substituição do modelo hospitalocentrico, e exercendo a cidadania e a inclusão social entre usuários e seus familiares, além de oferecer esporte lazer e cultura, com estratégias de enfrentamento de problemas, em ambientes propícios para desenvolvimento de suas atividades afim de potencializar seus serviços, preocupando-se com o indivíduo em sua  singularidade sua história cultural e vida social integrando a esse processo família e sociedade.

O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, (CAPS – AD) é para pacientes cujo o problema consiste no uso e abuso de álcool e drogas, esses serviços deve oferecer atendimento diário possibilitando a intervenção a pacientes limitados por estigmas e associado a sua condição ou a forma de tratamento; o CAPS-AD irá oferecer um atendimento de acordo com a necessidade do público alvo com práticas de psicoterápicas, atendimento médico e medicamentoso orientação entre outros, possibilitando a permanência temporária ou a internação por tempo determinado afim de que possa assegurar a eficácia da assistência.

Desenvolvimento de observação.

No CAPS AD em Mossoró fomos recebidos pela a Coordenadora Karinini Fernandes que nos deu uma explanação do funcionamento do serviço e nos levou ao interior das instalações; ao entrarmos, observamos que o CAPS-AD não disponha de ambiente adequado deixando a desejar quanto a área de lazer espaços para recreação, e ambiente de interação dos usuários, faltando principalmente uma estrutura para que  aqueles indivíduos pudesse realizar atividades ao ar livre; dentro dos limites o CAPS-AD ali disponha das salas para os profissionais como sala de enfermagem, sala de assistente social, consultórios para atendimentos individualizado, Serviço de Atendimento Médico e Estático (SAME), cantina e alguns quartos para repouso com um número de dez leitos para internação já que comtemplava uma instituição 24 horas, embora isso não condize com o programa já que esse reza que os usuários devem estar voltando ao convívio social para não perder o vínculo familiar, todavia esses pacientes que eram internados poderia permanecer ali por um período de no máximo 15 dias, embora alguns chegasse a passar meses naquele ambiente.

De acordo com as informações coletadas havia já uma demanda mensal de 150 pacientes, sendo que os atendimentos se distribuía em: intensivas, pacientes que vinham ao atendimento diariamente, semi-intensivo atendimento de duas vezes por semana e não-intensivo que vinham mensalmente ou quando necessário.  

O CAPS-AD em Mossoró era composto por uma equipe multiprofissional de dois Técnicos de Enfermagem, quatro Assistente Social, uma Pedagoga, um Educador Físico, um Terapeuta Ocupacional, um Psiquiátrica, um Clinico Geral, três Psicólogos; esses profissionais realizam atendimento individual e grupal orientados para atendimentos psicoterápicos ou medicamentoso, sempre com vistas a atendimentos interdisciplinar. Esses profissionais de acordo com o Ministério da Saúde e Secretaria de Atenção a Saúde e Departamento de Ações e Programáticas Estratégicas, devem realizar oficinas terapêuticas com frequência em grupos e com presença de um ou mais profissionais, oferecendo esse modelo de terapia de acordo com os usuários e a demanda tendo em vista um trabalho de integração social buscando manifestar sentimentos e problemas, e interação coletiva para o desenvolvimento da cidadania. Podendo ser oferecido: Pinturas, danças, ginastica, teatros, poesias, leituras, atividades musicais, culinárias, costuras e atividades de alfabetização para aqueles que não tiveram a oportunidade de aprender a ler e escrever, entre outras práticas terapêuticas para o desenvolvimento de habilidades que desperte no usuário o interesse por atividades produtivas.

Todavia o que observamos no CAPS – AD em Mossoró foi que os usuários encontrava-se ociosos, e detidos em jogos de asar sendo que segundo uma pesquisa realizada pela revista (Translational Psychiatry 2017), sugere que a mesma área do cérebro que desperta o interesse por drogas licitas ou ilícita é também afetada quando alguém se detém em jogos de asar, fatores que podem dificultar o processo de reabilitação, e também a ociosidade o que foi muito bem observado ali levando os usuários a um vazio intenso propondo uma fuga para o vício ao qual eles tentam combater. “O vício segundo a Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional –Sbie, é um, “mecanismo de fuga emocional em que o indivíduo foge de sua dor por meio do prazer”. Sendo assim se essa instituição não oferece atividades produtivas e dinâmicas para ocupar o tempo vago daquele público eles tende a se tornarem mais angustiados e propensos a buscarem aquilo que lhes dão prazer e sensação de saciedade.

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